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sábado, 28 de março de 2020

Aluno com autismo: Como vencer os desafios na escola


Vocês, quando em fase escolar, já passaram por algum desafio na sala de aula? Seja na superação de uma timidez, no aprendizado de uma matéria, entre outros; todos nós, um dia, enfrentamos um determinado obstáculo na vida estudantil, sobretudo na infância. Com as crianças e adolescentes que convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) também é assim, mas com uma intensidade maior.

Quais fatores tornam essa experiência mais marcante para aluno com autismo?

É importante que se saiba o quanto a vida de quem vive comautismo pode ter muitas barreiras. Algumas características, por exemplo, costumam ser notadas nessas pessoas, embora o TEA não tenha uma fórmula única. Vejam quais são os fatores que influenciam no relacionamento do pequeno consigo mesmo, com o ambiente em que está e com seus colegas de classe:

Interação social comprometida;Comunicação que nem sempre apresenta efetividade;Estereotipias;Hipersensibilidade;Interesse profundo a um determinado assunto;

Imaginem agora o quanto pode ser difícil para essas crianças a adaptação em um espaço como a sala de aula. Portanto, torna-se mais que necessária a busca por estratégias que visem ao desenvolvimento de habilidades desses alunos.

Qual a primeira coisa deve ser feita para proporcionar o bem-estar da criança?

O que é primordial nesse processo é estabelecer uma comunicação entre os pais e os professores, considerando que nesse estágio o acompanhamento médico já deva ter sido feito. Somente com a orientação de um especialista é que a relação família-escola ganha fundamentos para a promoção de uma ligação eficaz entre essas partes. Há que se ressaltar que a visita aos médicos deve ser rotineira.

Conhecendo e adaptando a escola ao pequeno

Os responsáveis pelo aluno podem e devem levá-lo antes do início das aulas ao prédio da instituição para que a criança tenha oportunidade de se familiarizar gradualmente ao espaço em questão.

O próximo passo é adaptar as instalações para que o estudante se sinta menos distante e arredio. Confiram abaixo algumas dicas:

– sala de aula que não tenha muitos estímulos visuais;
– identificar os objetos e as tarefas que mais despertem interesse ao pequeno;
– colocá-lo em um local que tenha o mínimo de ruídos externos (se possível).

Relação professor-aluno: estabelecendo a confiança

Conquistar o laço de confiança em uma criança com autismo é um desafio, mas é possível. O processo consiste no preparo que o educador tem, além dos relatos dos pais do estudante. Comece de forma sutil, mostre que você está ali para ajudá-lo em todos os desafios.

Um dos segredos para o sucesso nesse quesito é a comunicação utilizada. É aconselhável que o professor utilize uma linguagem que seja clara, objetiva e sem conotações. Pessoas com TEA não compreendem piadas e expressões de sentido figurado.

Em busca da autonomia

A utilização de materiais pedagógicos é uma ótima forma de proporcionar aos pequenos com autismo o desenvolvimento de sua coordenação motora. No entanto, é importante que uma equipe de especialistas esteja sempre por dentro do cotidiano do aluno.


sábado, 21 de março de 2020

Prevenção de doença COVID19

"Em geral, pessoas com doenças crônicas estão em maior risco por causa do comprometimento da resposta imune. A possibilidade da intensidade da replicação viral, acaba deflagrando uma lesão pulmonar que vai agravar o quadro do paciente", explica Luciana Costa, diretora adjunta do Instituto de Microbiologia da UFRJ e do Laboratório de Genética e Imunologia das Infecções Virais. Por isso é muito importante estar com a imunidade em dia e sempre usar álcool em gel ou lavar as mãos frequentemente. Abaixo, explicamos quais e por que alguns grupos de riscos estão mais vulneráveis à doença e como se prevenir.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Hipertensos Pacientes com problemas no coração estão mais expostos ao problema porque algumas substâncias que o órgão produz para combater a infecção podem deixar o coração mais fraco. Segundo Bruno Valdigem, do Instituto Dante Pazzanese e do hospital Vila Nova Star (Rede Dor/ São Luiz), o vírus ainda pode afetar o músculo cardíaco, caso o coração já esteja sobrecarregado, e causar inflamação no miocárdio. Além disso, aumenta o risco de arritmias e parada cardíaca. O especialista explica que o vírus usa o mesmo receptor que os remédios para hipertensão da classe inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensinogenio) para invadir as células, facilitando uma infecção mais grav... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Asmáticos A asma é uma doença que provoca deficiência respiratória e deixa os pulmões mais sensíveis, favorecendo o aumento da falta de ar e secreção nos pulmões. Segundo Renato Grinbaum, infectologista da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), o vírus aumenta os sintomas respiratórios, além de contribuir para o aumento de crises de asma. Por causa disso, o paciente fica extremamente debilitado e com mais sintomas do quadro respiratório.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Diabéticos O diabetes é um fator de risco para várias infecções. João Prats, infectologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que a doença mexe com o sistema de defesa do paciente e, por isso, ele fica mais suscetível a pegar coronavírus e desenvolver a covid-19.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Fumantes Os tabagistas já possuem a capacidade pulmonar prejudicada pela exposição a substâncias nocivas do cigarro, o que favorece o aumento de doenças pulmonares como enfisema pulmonar e bronquite crônica. Como o pulmão já está debilitado, as chances de desenvolver a covid-19 é bem maior do que uma pessoa que não fuma ou não possui doenças pulmonares.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Quais cuidados devo tomar? O principal é fazer um acompanhamento médico dessas doenças crônicas constantemente. No caso de hipertensos, o ideal é controlar a pressão arterial. Já os asmáticos, devem se atentar às crises respiratórias e verificar com que frequência elas surgem. "Se um paciente tem asma, mas não tem crise há uns cinco anos, não precisa se preocupar", afirma Grinbaum. Os especialistas também recomendam estar com as vacinas em dia. Caso a pessoa não tenha tomado a vacina contra influenza/gripe, o ideal é procurar um posto ou rede privada para se vacinar. Em pacientes que sofrem com asma ou outros problemas respiratórios, é aconselhado tomar a vacina pneumocócica, que... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

quarta-feira, 18 de março de 2020

Em nota oficial de governo de São Paulo

NOTA OFICIAL DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SOBRE O CONVID19 LEIA COM ATENÇÃO: O Governo do Estado de São Paulo acaba de fazer uma coletiva transmitida pela TV Cultura e faz uma mudança drástica no estado pelo caso do Coronavírus veja quais são : A partir de agora estão suspensas aulas em todas as escolas Publicas e faculdades publicas, foi pedido ás escolas particulares, Faculdades particulares para que fechassem também. Foi determinado para que todos os Shoppings, Cinemas, teatros e casa de shows para que fossem fechado e grandes eventos cancelados a partir de hoje. Foi determinado todos os Funcionários públicos acima de 60 anos para que trabalhem em casa. Todos exames de mama que é aquela carreta que vai a todos municípios contra o câncer de mama foram cancelados. Pode durar até 5 meses essa epidemia e os próprios médicos da coletiva já deixaram registrado que vai ter perdas sim, mas já estão fazendo isso para que diminua o numero de mortes. Foi deliberado para que igrejas suspendam cultos e missas. Estão sendo contratado médicos e alongando os horários de funcionamento dos postos de Saúde em todas as cidades, inclusive a suspensão de férias na área da saúde. Se houver abuso de preço em partes dos produtos de higienização como álcool gel e máscara é para denunciar. Diminuição de transporte público. Proibição de auditórios na televisão. Proibido Viagens a não ser se for por extrema Urgência incluindo as internacionais, as fronteiras serão fechadas. A infecção pelo vírus Corona não causa um resfriado com o nariz pingando ou tosse com catarro, mas uma tosse seca: esta é a coisa mais fácil de se saber. O vírus não resiste ao calor e morre se exposto a temperaturas de 26 a 27 graus: portanto, consuma, frequentemente, bebidas quentes, como chá, chá de ervas e caldo durante o dia ou simplesmente água quente: líquidos quentes neutralizam o vírus e não é difícil de beber. Evite beber água gelada ou comer cubos de gelo ou neve para quem estiver nas montanhas principalmente crianças! Para quem pode fazê-lo, exponha-se ao sol:
1. A coroa do vírus é bastante grande (diâmetro de cerca de 400 a 500 nanômetros), portanto qualquer tipo de máscara pode detê-la: na vida normal, não são necessárias máscaras especiais.

Por outro lado, a situação é diferente para médicos e profissionais de saúde expostos a fortes cargas de vírus e que precisam usar equipamentos especiais.

Se uma pessoa infectada espirrar na sua frente, a três metros de distância, ela jogará o vírus no chão e impedirá que ele caia sobre você.

2. Quando o vírus é encontrado em superfícies metálicas, ele sobrevive por cerca de 12 horas. Portanto, quando tocar em superfícies metálicas, como puxadores, portas, eletrodomésticos, suportes em bondes, etc., lave bem as mãos e desinfecte-as cuidadosamente.

3. O vírus pode viver aninhado em roupas e tecidos por cerca de 6/12 horas. Detergentes normais podem matá-lo. Para roupas que não podem ser lavadas todos os dias, se você puder expô-las ao sol o vírus morrerá. Como se manifesta:

1. O vírus primeiro se instala na garganta, causando inflamação e sensação de garganta seca. Este sintoma pode durar 3/4 dias.

2. O vírus viaja através da umidade presente nas vias aéreas, desce para a traquéia e instala-se no pulmão, causando pneumonia. Esta etapa leva cerca de 5/6 dias.

3. A pneumonia ocorre com febre alta e dificuldade em respirar, não é acompanhada pelo frio clássico. Mas você pode ter a sensação de se afogar. Neste caso, entre em contato com seu médico imediatamente. Como você pode evitá-lo:

1. A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por contato direto, tocando tecidos ou materiais nos quais o vírus está presente: lavar as mãos com frequência é essencial. O vírus sobrevive apenas em suas mãos por cerca de dez minutos, mas em dez minutos muitas coisas podem acontecer: esfregar os olhos ou coçar o nariz, por exemplo, e permitir que o vírus entre na garganta. Portanto, para o seu próprio bem e para o bem dos outros, lave as mãos com muita frequência e desinfecte-as!

2. Você pode gargarejar com uma solução desinfetante que elimina ou minimiza a quantidade de vírus que pode entrar na sua garganta: ao fazê-lo, você o elimina antes que ele desça na traquéia e depois nos pulmões.

3. desinfete o teclado do PC e os telefones celulares.

O novo NCP do coronavírus pode não mostrar sinais de infecção por muitos dias, antes dos quais não se sabe se uma pessoa está infectada. Mas, quando você está com febre e/ou tosse e vai ao hospital, seus pulmões já estão com 50% de fibrose e é tarde demais!

Os especialistas de Taiwan sugerem fazer uma verificação simples que podemos fazer sozinhos todas as manhãs: respire fundo e prenda a respiração por mais de 10 segundos. Se você completá-la com sucesso, sem tossir, sem desconforto, uma sensação de opressão, etc., isto mostra que não há fibrose nos pulmões, indicando, essencialmente, nenhuma infecção. Em momentos tão críticos, faça essa verificação todas as manhãs em um ambiente com ar limpo! Estes são conselhos sérios e excelentes de médicos japoneses que tratam casos de COVID-19. Todos devem garantir que a boca e a garganta estejam úmidas, nunca SECA. Beba alguns goles de água pelo menos a cada 15 minutos. POR QUE? Mesmo que o vírus entre na sua boca, a água ou outros líquidos o varrerão pelo esôfago e pelo estômago. Uma vez no estômago, o ácido gástrico mata todo o vírus. Se você não beber água suficiente com mais regularidade, o vírus pode entrar em seus brônquios e pulmões, o que é muito perigoso.

Compartilhe estas informações com sua família, amigos e conhecidos, por solidariedade e senso cívico.

sexta-feira, 13 de março de 2020

As pessoas com deficiência tem segurança nas grandes cidades?

Uma luta muito importante é para dar qualidade de vida a pessoas com necessidades especiais. É sempre bom lembrar que ações simples como estudar, trabalhar e até mesmo andar pelas ruas não são fáceis para quem é surdo, cego ou depende de cadeira de rodas.
Ainda falta muito a conquistar nas cidades brasileiras.

A maioria das calçadas ainda não tem rampa de acesso. Por isso, a jornalista Aline Maziero precisa da ajuda da mãe. “A gente levou muito tombo em rampa mal feita, coisas mal estruturadas e mal planejadas para cadeirantes ou qualquer deficiente físico”, diz a jornalista Aline Maziero.

Eu teria dificuldade de entrar na loja, porque não tem corrimão. É uma coisa simples e de fácil instalação”, acrescenta o estudante Flávio Marques.

Poucas cidades têm o piso tátil, que ajuda a orientar os cegos. Mesmo onde existe o recurso, falta infraestrutura.

“Na pista onde estou, ela tem de estar com a calçada bem arrumadinha, porque tem lugares em que a calçada está tão quebrada que você confunde a pista com o quebrado. Quer dizer, você perde a referência e não tem aquela segurança”, afirma o aposentado Mauro Eder.

Silvana Aguirre nasceu surda. Por meio da intérprete da língua de sinais, ela diz quais dificuldades enfrenta todos os dias. “Você vai ao médico e não tem comunicação, você tem de levar a mãe ou alguém da família”, conta Suliane, que é coordenadora do centro de atendimento ao surdo.

Pela estimativa do IBGE, o Brasil tem 28 milhões de pessoas com deficiência. Uma lei federal de 2004 determina que todos os locais devem promover a facilidade de acesso para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Uma escola estadual em Campo Grande (MS) tem três andares. Por causa do projeto arquitetônico do prédio, foi impossível construir rampas. O jeito foi colocar elevador para que os alunos tivessem acesso entre um andar e outro.

O estudante Flávio Marques não entende por que em muitos lugares a lei da acessibilidade ainda não é respeitada.

As pessoas precisam entender que estamos falando de violação de direitos. Quando eu violo o direito de alguém ou permito que isso aconteça, eu abro precedente para que violem outros direitos meus ou dos outros”, comenta Flávio.



sábado, 7 de março de 2020

Feliz dia das Mulheres

Aos seis meses de vida, eu Ivone de Oliveira, fui diagnosticada com poliomielite, popularmente conhecida como paralisia infantil.

O meu primeiro episódio de preconceito veio de onde menos se espera: da família e diretora da escola onde estudava, que se recusou a mudar a sala de aula para o térreo, fazendo com que abandonasse os estudos.

Apesar das dificuldades, me formei em contabilidade, sou uma mulher divertida, bem resolvida e a autora do blog “Gata de Rodas”. Acho que todo mundo deveria saber sobre a invisibilidade dos deficientes físicos, no mês da inclusão.

Amigos ótimos, mas exclusão na escola.

“Tive uma infância comum a qualquer criança. Fui muito moleca. Como não conhecia pessoas com deficiência, gostava mesmo era de brincar na rua. Empinar pipa fazia a minha alegria. As crianças me tratavam com a maior naturalidade. A cadeira era só mais um brinquedo curioso, diferente e divertido.

O primeiro episódio de preconceito enfrentei justamente nessa fase. Mas ele não veio de um coleguinha desavisado, veio de um adulto, a diretora da escola. Ela se recusou a transferir a turma para uma sala no térreo. Isso me rendeu um distanciamento absoluto dos estudos. Sem nenhuma alternativa, deixei a escola.

Só voltei quatro anos depois, quando a direção mudou. Fiz até a oitava série. Com tantas responsabilidades familiares, minha mãe já não podia mais me acompanhar no colegial. Só consigo movimentar uma das minhas mãos e precisava de um acompanhante.

Em 2007, cansada de me ver só em casa em meio ao artesanato que me distraia, tomei a decisão de começar o supletivo e tirar a carteira profissional. Na mesma época, ganhei meu primeiro computador. Para melhorar minhas habilidades motoras, passava horas papeando em bate-papos on-line. Segura da minha capacidade, me cadastrei em um site de ofertas de emprego e saí disparando currículo para tudo quanto era vaga.

As empresas não estão preparadas para nos receber

Logo veio a primeira dificuldade. A Lei de Cotas, que obriga as empresas privadas a preencherem entre 2% e 5% de seu quadro com funcionários portadores de algum tipo de portadores de algum tipo de deficiência, ainda não promoveu de fato um avanço. Foram seis entrevistas, que me renderam seis negativas. Todos estavam preparados para receber deficientes auditivos e visuais, nenhum cadeirante.

A acessibilidade é um direito nosso.
Quem a coloca em prática está respeitando a lei, não fazendo favor. Como não desisto fácil, segui para a minha sétima tentativa, uma vaga home office de telemarketing. Era tudo o que eu precisava. Há dez anos, trabalho de segunda a sexta, das 9h às 15h, da minha casa, com carteira assinada. Em um ano, minha vida mudo

Fiz ainda uma superamiga nas redes sociais, que foi ‘as minhas pernas’ durante quatro anos. Graças a essa ajuda, pude realizar o sonho de fazer faculdade. Entrei em 2008 no curso de ciências contáveis. Confesso que meu maior desejo era ser psicóloga, mas como cresci em uma família de contadores, decidi que essa seria também a minha profissão. Eu me formei aos 43 anos.

Fiz ainda uma superamiga nas redes sociais, que foi ‘as minhas pernas’ durante quatro anos. Graças a essa ajuda, pude realizar o sonho de fazer faculdade. Entrei em 2008 no curso de ciências contáveis. Confesso que meu maior desejo era ser psicóloga, mas como cresci em uma família de contadores, decidi que essa seria também a minha profissão. Eu me formei aos 43 anos.


O pior preconceito é o que vem de casa

Não me sinto limitada, posso tudo o que quero, mas nem sempre foi assim. Nunca vou esquecer do dia que ouvi do meu pai: “Por que você quer usar sapatos se não anda?”.Eu era adolescente e isso me marcou profundamente. Fique deprimida, revoltada. Ser era ele quem deveria me colocar para frente, o que esperar das pessoas na rua? Naquele momento, veio a certeza: minha vida só dependeria de mim mesma. Em vez de me fechar em casa, decidi me abrir para o mundo. Sempre digo que o que me define é a loucura.

Adoro ir para balada, me jogar na pista de dança. No Carnaval, curti os blocos de rua, e fui até para a Parada LGBT. Só não me digam que sou exemplo de superação. Gosto apenas de fugir das regras.

Saibam: somos mulheres, temos desejo, sentimos prazer. Se gostar e se permitir sexualmente é bom e saudável. Sou a favor de todas as formas de amor, não me oponho nem ao fetichismo que ainda nos cerca. Sou a Gata de Rodas e faço disso o combustível da minha autoestima. Sem dúvida, o melhor elogio que já ouvi.

Parem de nos tratar como crianças


Entre tantas invisibilidades, a da moda é uma das que mais me incomoda e reforça um dos pontos mais problemáticos que ainda temos que enfrentar, a infantilização. Calço 30 e não aguento mais sapatos da Frozen ou da Mônica. Aliás, por que mesmo acham que precisamos só de roupa de velcro? Essa é a prova maior de que falta deficiente físico nas linhas de produção.

Na rua, falam comigo como se tivessem diante de uma criança no carrinho. Já ouvi mais de uma vez: ‘Ai que bonitinha, pena que não anda’. Já passou da hora de sermos tratados como adultos que somos. A infantilização da pessoa com deficiência vem acompanhada de um rótulo terrível, o de incapaz. Isso, sim, é limitante.”