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sábado, 31 de março de 2018

Agressão física

 ```O Preconceito Contra As Pessoas Com Deficiência É A Principal Barreira Para Uma Inclusão De Qualidade

Posted on6 de julho de 2017 Authori.social Comment(1)

O preconceito contra as pessoas com deficiência é a origem de muitos problemas encontrados no mercado de trabalho e na falha tentativa de inclusão das empresas. Nada menos do que 70% dos entrevistados na pesquisa realizada pela i.Social anualmente¹ acreditam que as pessoas com deficiência sofrem preconceito no ambiente de trabalho, seja ele por colegas, gestores ou até mesmo clientes.

A contratação apenas para o cumprimento da Lei de Cotas não deixa de ser preconceito. Faz com que o profissional seja praticamente invisível na empresa, deixando-o desmotivado com as práticas diárias. São destinadas funções simples, que geralmente outros profissionais não desejam fazer, assegurando cargos aos PcD’s que os impossibilite de crescer, conseguir uma promoção e contribuir para a empresa como deveriam fazer.

Isso se torna ainda pior quando a qualificação do profissional é descartada em razão do que se acredita que o mesmo pode ou não exercer por conta de sua deficiência.

Como já vimos no texto em que são abordadas as vantagens na contratação de pessoas com deficiência, uma boa empresa para pessoas com deficiência é uma boa empresa para todos. A inclusão torna a empresa mais produtiva quando são oferecidas as condições necessárias para que uma pessoa com deficiência possa trabalhar e exercer por completo o que pode, há uma maior valorização de todos os funcionários, pois a convivência entre pessoas diferentes ajuda o ambiente de trabalho a se tornar mais rico, possibilitando a troca de experiências diversas, o que humaniza a empresa e permite crescimento profissional e pessoal.


E com a oportunidade de crescer pessoalmente e profissionalmente, a empresa também diminui os turnovers porque, quando o profissional com deficiência se encontra nas mesmas condições que os demais colaboradores, a tendência é que ele se sinta valorizado e permaneça por mais tempo na organização influenciando positivamente os demais colaboradores.

Ou seja: apenas empregar/estar empregado não é sinônimo de solução. É preciso constantemente insistir em práticas como campanhas de valorização das pessoas com deficiência no ambiente de trabalho, palestras sobre inclusão para o público interno da empresa, treinamentos inclusivos para os gestores e específicos para o RH, recrutamento e seleção de pessoas com deficiência para vagas mais qualificadas e investir/ampliar em canais de busca de candidatos com deficiência.

Prova da importância de um bom banco de profissionais com deficiência para uma inclusão de qualidade é o trabalho que a i.Social faz há 18 anos. Com o maior e mais qualificado banco de currículos de pessoas com deficiência do Brasil, com cerca de 100 mil profissionais com deficiência cadastrados e ativos, a i.Social conta com uma equipe de 15 psicólogas especialistas em recrutamento e seleção de pessoas com deficiência, já tendo auxiliado a contratação de cerca de 12.000 profissionais com deficiência em mais de 500 empresas no Brasil.

Diminuir o espaço do preconceito e expandir a inclusão e as oportunidades igualitárias, como se deve ser, é preciso em uma sociedade moderna com tanta diversidade como a nossa.

¹ Profissionais de Recursos Humanos – expectativas e percepções sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

Ausência de políticas públicas e rejeição familiar violam direitos humanos

Em fevereiro de 2015, o mundo conheceu a história de Leo, o recém-nascido portador de Síndrome de Down na Armênia que foi rejeitado pela mãe após o parto.  O pai se recusou a abandona-lo e a mãe pediu o divórcio. A história foi divulgada no Brasil pelo senador Romário Faria, um dos principais ativistas pela inclusão de pessoas com deficiência no País. Em novembro de 2014, um episódio ainda mais dramático chegou aos noticiários mundiais: crianças em uma instituição pública para pessoas com deficiência na Grécia eram mantidas trancafiadas em jaulas. Jaulas, como se fossem animais! Essa sequência de acontecimentos em países europeus colocou em pauta uma questão de enorme importância que, contudo, é frequentemente esquecida: a proteção de direitos humanos de pessoas com deficiência.

Leia também:
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Recapitulando visões sobre deficiência


Durante séculos, mesmo em países desenvolvidos, a deficiência era vista como algo degradante e motivo de vergonha. Em 1913, o Reino Unido aprovou uma lei conhecida como Ato de Incapacidade Mental, que autorizava que pessoas com problemas mentais fossem mantidas em instituições questionáveis. O Ato resultou na internação de mais de 40 mil homens e mulheres. Na Alemanha Nazista, Hitler pregou o extermínio não somente de judeus, como também de pessoas com deficiência. Até a década de 1970 na Europa e Estados Unidos, a deficiência era vista como problema (impairment, em inglês) físico ou mental. Esta visão é conhecida atualmente como o “Modelo Médico” (Medical Model), que significa, por exemplo, que se uma pessoa é surda, sua deficiência é a surdez.

Em 1975, o Modelo Médico foi questionado pelo movimento inglês Union of the Physically Impaired Against Segregation (UPIAS), cujo objetivo era mudar o pensamento da sociedade britânica sobre deficiência. O UPIAS propôs uma diferenciação entre os termos impairment e disability, argumentando que o primeiro é “falta ou falha de um membro, órgão ou mecanismo do corpo humano” e disability (deficiência) é a “restrição em uma atividade causada por organizações contemporâneas que não levam em consideração pessoas com problemas físicos ou mentais e, assim, os excluem da vida social”.

Esta definição ficou conhecida como o “Modelo Social de Deficiência” e tornou-se a forma oficial de abordar o assunto no Reino Unido e, posteriormente, em outros países desenvolvidos. O Modelo Social gerou uma série de políticas e projetos que tinham como principal objetivo melhorar provisão de serviços públicos sociais. Apesar de ter sido uma evolução, atualmente o modelo é criticado por focar exclusivamente na parte social de inclusão, deixando de lado aspectos importantes como programas de prevenção e reabilitação.

Tais críticas levaram ao desenvolvimento de abordagens mais multidimensionais, nas quais a deficiência é vista como o mal infligido às capacidades dos indivíduos, resultantes de restrições do ambiente social e de problemas oriundos de seuimpairment. Essa visão abre espaço para programas e políticas públicas mais humanas, que priorizem não apenas as necessidades do grupo como um todo, mas também atentam para o preconceito e outras necessidades do dia-a-dia provocadas por cadaimpairment. Deve-se notar que em português, assim como em muitas línguas, ainda não há diferença entre deficiência e impairment.

Tily adora nadar. Foto: Andreas Photography / Creative Commons / Flickr

O papel do preconceito na vida de pessoas com deficiência

Em muitos países em desenvolvimento, deficiências são encaradas como algo vergonhoso, como uma maldição ou até mesmo uma punição de Deus. É comum pessoas esconderem familiares com deficiência em casa, impedindo-os de ter uma vida em sociedade. De acordo com o especialista Modjeh Bayat, “na maioria dos países africanos, crianças com deficiência são praticamente invisíveis na sociedade e existe pouca ou nenhuma informação oficial sobre elas”. Uma vez que muitas destas pessoas são mantidas em casa, não há dados confiáveis nem mesmo em Censos nacionais. Ou seja, quase nada se sabe sobre como vivem indivíduos com deficiência em muitos países.

Mesmo quando não há vergonha, existe um senso comum de que pessoas com deficiência são incapazes de viver uma vida normal. O problema começa porque, segundo a especialista Sarah Irwin, a “independência [financeira e social]é altamente valorizada, enquanto dependência é vista como algo bastante problemático”. Portanto, devido à falta de estrutura em países em desenvolvimento, pessoas com deficiência são altamente dependentes de suas famílias. Adultos que não são financeiramente independentes acabam normalmente marginalizados, reforçando o sentimento de vergonha e da noção de incapacidade.

Estas noções geram uma série de problemas. O primeiro é o impacto do preconceito na formação da personalidade de pessoas com deficiência. A vergonha da família acaba gerando um processo dialético, no qual a ideia de incapacidade (ou maldição) é internalizada pela pessoa. Tendo ouvido durante toda sua vida que são incapazes e um fardo aos familiares próximos, indivíduos com deficiência internalizam esse sentimento de inferioridade e, consequentemente, estão mais suscetíveis a problemas de baixa autoestima.

Atualmente, em muitos países da África e Ásia (ou em países europeus), o pior preconceito vem da própria família, que considera uma vergonha ter um parente com deficiência. A personalidade das crianças com deficiência, que contam com parentes adultos para quase tudo em seu cotidiano, é significativamente influenciada pelo preconceito destes parentes. Dado que crianças em seus primeiros anos de vida são altamente influenciadas pelo ambiente familiar, elas em geral desenvolvem baixa autoestima e questionam suas capacidades. Ademais, o preconceito contribui para que estas crianças não frequentem escolas, não recebam tratamento médico adequado (o que muitas vezes acaba piorando seu quadro médico) e gera um ciclo vicioso entre vergonha, sentimento de inferioridade e exclusão social.

Na Costa do Marfim, pais escondem crianças com deficiência em casa por acreditarem que “qualquer morte, doença ou desastre natural pode ocorrer por conta de uma maldição infligida naquela comunidade, resultado do espírito maléfico de seu filho”. Na Tanzânia em 2013, 70 crianças foram encontradas escondidas em casa por seus pais na região norte de Kilimajaro. Os pais confessaram que, por vergonha, as crianças eram trancadas desde o nascimento e seus movimentos eram restringidos para que vizinhos não soubessem de sua existência.

Em Uganda, Martha de 16 anos, abandonou a escola porque outras crianças recusavam-se a falar com ela e até mesmo a humilhavam por conta de sua deficiência visual. O comportamento dos alunos era incentivado por professores e familiares, que acreditavam que Martha era amaldiçoada. Portanto, estas crianças escutam durante grande parte de suas vidas que são incapazes ou amaldiçoadas. Logo, acabam reproduzindo esse sentimento em suas vidas, como Martha, que abandonou a escola.

O segundo problema é a ausência de políticas públicas específicas. Uma vez que há vergonha, não há incentivos da população para que o governo desenvolva programas sociais voltados a este grupo populacional. O resultado é visto em indicadores sociais:dois terços das crianças que estão hoje fora da escola em países em desenvolvimento possuem alguma deficiência. A situação é ainda mais problemática para meninas, que precisam lidar também com o preconceito de gênero.

Mesmo em casos menos extremos, pais ainda consideram que garantir a educação de filhos com deficiência não gera benefício, uma vez que não se crê que estes conseguirão arrumar emprego mesmo tendo frequentado a escola. Como educação é, em geral, tida como a única forma de se atingir independência financeira e dado que a maioria das pessoas com deficiência é dependente de parentes, as famílias tendem a acreditar que educar crianças com deficiência é inútil. Nota-se uma tentativa de reverter esse quadro por parte das próprias crianças. Em estudo conduzido em Ghana e na Tanzânia, crianças declararam querer estudar “para demonstrar capacidade e conquista numa sociedade que esnoba seu potencial”.

Nesse sentido, a educação é a chave para mudanças. Garantir educação para meninos e meninas com deficiência promove a noção de cidadania e um senso de compartilhamento de direitos com pessoas não deficientes. Da mesma forma que existe um ciclo vicioso entre preconceito e dependência, também pode haver um ente educação e autonomia. Como defendido pelo ganhador do Prêmio Nobel, Amartya Sen, promover educação de qualidade para crianças com deficiência é um mecanismo para garantir sua liberdade de viver uma vida autônoma, para ser visto por outras pessoas como iguais e para verem a eles próprios como cidadãos e indivíduos plenamente capazes.


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segunda-feira, 26 de março de 2018

Lei Cão-Guia

As pessoas com deficiência poderão ter o direito de se fazer acompanhar de cão de assistência, em locais públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo, a exemplo do que já é permitido a cegos com cão-guia. É o que determina o projeto de lei do Senado (PLS) 411/2015, do senador Ciro Nogueira (PP-PI). O texto está em análise na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).

A proposta estende o direito já garantido pela Lei 11.126/2005 (Lei dos Cães-Guias), para contemplar as demais categorias de cães de assistência, como cães ouvintes, que alertam pessoas com deficiência auditiva sobre sinais sonoros; cães de alerta, cujos sentidos aguçados percebem quando alguém pode ter uma crise diabética, alérgica ou epilética; cães para autistas, que ajudam a confortar o usuário durante eventuais crises; e cães para cadeirantes, que abrem e fecham portas, pegam objetos pouco acessíveis ou caídos no chão e apertam botões de elevadores.

Segundo a relatora do PLS 411/2015, senadora Fátima Bezerra (PT-RN), a Lei 11.126/2005 não incluiu essas categorias à época da aprovação devido ao pouco conhecimento sobre a importância do cão em outras atividades. Em sua opinião, o uso dos cães de serviço e a permanência dos usuários com eles em quaisquer locais devem ser integralmente amparados em lei, como já acontece com os cães-guia. A parlamentar ressalta, no entanto, não ser adequado listar em lei quais deficiências devem ser contempladas.

“É mais prudente e conveniente deixar essa listagem a cargo da regulamentação infralegal, que dispõe sobre a identificação dos cães de serviço, principalmente para evitar fraudes, como a apresentação de um animal de companhia como sendo de serviço”, pondera.

De acordo com o texto, serão objeto de regulamento os requisitos mínimos para identificação do cão de assistência, a forma de comprovação de treinamento do usuário, o valor da multa e o tempo de interdição impostos à empresa de transporte ou ao estabelecimento público ou privado responsável pela discriminação ou impedimento da entrada do cão.

A senadora apresentou emenda para evitar embaraços ao ingresso e à permanência com cães de serviço em locais de uso individual, como guichês de atendimento e cabines de banheiros. Desse modo, o texto passaria a mencionar “locais públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo” em vez de “veículos e estabelecimentos públicos e privados de uso coletivo”.

O relatório de Fátima Bezerra foi lido em reunião da CDH pela senadora Regina Sousa (PT-PI). A proposta terá decisão terminativa na comissão. Se for aprovada e não houver recurso para votação do texto pelo Plenário, poderá seguir para a Câmara dos Deputados.


sábado, 24 de março de 2018

Diga não para Racismo

Farei a seguir, um resumido relato das leis brasileiras que visam combater as condutas racistas em nosso país, dando destaque para o racismo contra pessoas negras.

O Brasil é signatário, junto à ONU, da Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial, desde o ano de 1969 e, por isso, adota os princípios ali estabelecidos, entre os quais o significado da expressão “discriminação racial qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseadas em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tem por objetivo ou efeito anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício num mesmo plano (em igualdade de condição), de direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio de vida pública.” Leia o texto integral clicando aqui:

O racismo – não só contra as pessoas de pele negra – constitui-se num crime contra a igualdade de todos, assegurada em nossa Constituição Federal. A Constituição considera a prática do racismo, crime inafiançável e imprescritível (artigo 5o., inciso XLII). Portanto, não cabe fiança (depósito em dinheiro como garantia) e a possibilidade de processar o réu não termina em data pré-determinada. É a lei no. 7.716/89 – a Lei Caó – que define os crimes por discriminação ou preconceitos de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. Essa lei, cujo projeto é de autoria do deputado Carlos Alberto de Oliveira, conhecido como Caó, já sofreu inúmeras alterações desde sua promulgação há 25 anos, sendo a ultima delas datada de novembro de 2012. Caso queira conhecê-la integralmente, clique aqui:

Ao lado dessa lei federal, nosso Código Penal, no artigo 140 – § 3º, prevê o crime de injúria: Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: […] § 3º. Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.

Há, por outro lado, a Lei 10.639/2003, que alterou nossa LDB (Educação) para incluir nela “o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil “, e acrescentar ao calendário escolar a celebração do “Dia Nacional da Consciência Negra “, no dia 20 de novembro. Foi nesse dia que morreu Zumbi, líder negro do Quilombo de Palmares, localizado na Serra da Barriga, no atual estado de Alagoas, à época – século XVII- capitania de Pernambuco. Posteriormente, uma nova lei, a de nº 11.645/2008, modificou parcialmente a lei 10.639/2003, acrescentando ao artigo 26-A da LDB, a obrigatoriedade do estudo da influência cultural dos povos indígenas no Brasil.

Depois de intensos e longos anos de debates, conquistamos, enfim, a Lei nº 12.288/2010, o Estatuto da Igualdade Racial – cujo projeto foi apresentado no ano 2000 pelo, então deputado, Paulo Paim – e que se destina “a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica” :

E, no ano de 2012, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a Lei de Cotas no âmbito do ensino federal, Lei nº 12.711, cujo texto integral poderá ser acessado clicando-se no link a seguir:

É preciso estar atento para o significado da palavra preconceito – referente ao campo da opinião pessoal ou pensamento e não de conduta – pois é diferente do significado de discriminação que se situa no campo da ação.

Embora nosso admirável escritor paulista Monteiro Lobato (1882-1948), esteja sendo muito criticado por profissionais e ativistas do movimento negro brasileiro, notadamente por vislumbrarem nas suas obras infantis “Caçadas de Pedrinho   conotações raciais negativas, eu, pessoalmente, não concordo com essas observações. Há, entretanto,

Eu até mesmo costumo mencionar parte de seu conto “Negrinha “, como exemplo apropriado para explicar o preconceito e a injúria. Veja caro (a) leitor (a), o preconceito está contido nas palavras que usamos, como podemos bem observar num trecho dessa obra de Monteiro Lobato, onde ele aponta:

“Que idéia faria de si essa criança que nunca ouvira uma palavra de carinho? Pestinha, diabo, coruja, barata descascada, bruxa, pata choca, pinto gorado, mosca morta, sujeira, bisca, trapo, cachorrinha, coisa ruim, lixo – não tinha conta o número de apelidos com que a mimoseavam.”

Isto tudo é preconceito e não discriminação. Discriminar , por exemplo, é não permitir a entrada em restaurante, clube, escola, salão de beleza, transporte público, hotel, elevadores, ou, então, deixar de dar emprego, a alguém porque é negro, índio, cigano, judeu, muçulmano, romeno, nordestino etc. Será também considerado crime a fabricação ou distribuição de símbolos (cruz suástica ou gamada) que divulguem o nazismo. Se o crime for cometido por intermédio de rádio, jornal ou canal de TV, por exemplo, a pena será maior.

Aqui eu gostaria de apontar um fato bastante interessante. Consta em nossa história, que o primeiro município brasileiro a libertar os escravos, no início do ano de 1883, foi Redenção – que recebeu esse nome exatamente por esse fato histórico – , no estado do Ceará:

Pois bem, no ano de 2010, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou uma lei criando a Universidade Federal da Integração Luso-Afro Brasileira, a Unilab, que hoje já está em funcionamento exatamente no referido município de Redenção, e atua em cooperação com os países de língua portuguesa da África. Clique aqui para saber mais sobre ela:

http://www.unilab.edu.br/

O Brasil foi o último país das Américas a abolir, legalmente, a escravidão de pessoas negras trazidas do continente africano. Era, então, o ano de 1888. Atente-se para o fato de que já éramos nós, os brasileiros, e não os portugueses, que movíamos o tráfico dessas pessoas.

A escravidão deixou marcas profundas em nossa cultura. Nós, os brasileiros, não vivemos ainda hoje numa real democracia racial. Essa é apenas uma ilusão de muitos, tal qual nossa tão lembrada cordialidade, palavra derivada de coração. O preconceito racial está inoculado nos corações e mentes dos brasileiros: não o vemos, mas sentimos sua presença em nossa vida cotidiana, em casa, na mídia, no comércio, no trabalho, nos ambientes de lazer, nas escolas, nas igrejas, nos meios de transporte etc. Identificá-lo e denunciá-lo é dever diário que cabe a cada um de nós.

As leis acima referidas só surgiram porque o preconceito e a discriminação são fatos, e devem ser eliminados na sociedade brasileira. Se, de fato e de direito, respeitássemos nossas diferenças, essas leis penais não precisariam ser invocadas.

Como bem registra nosso escritor e pesquisador, o polimata Gilberto Freire (1900-1987) em sua obra “Casa Grande e Senzala “, publicada em 1933, nossa miscigenação iniciou-se na base de brutal violência sexual cometida por homens europeus, contra as mulheres indígenas e negras escravizadas. Até hoje, o racismo mais pesa é sobre as mulheres, pois numa sociedade patriarcal/machista como é a nossa, todas as mulheres são socialmente subestimadas, e no caso das mulheres negras ou indígenas, o preconceito e a discriminação pesam duplamente.

Neste momento está para ser sancionada uma nova lei que criará o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza foi uma líder no Quilombo Quariterê, localizado no estado do Mato Grosso do Sul. Ela ali viveu nos idos de 1770. A data escolhida será 25 de julho, dia em que na América Latina já se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra. ATUALIZANDO: a Presidenta da República Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.987, em 02/06/2014: http://

Recomendarei a você caro (a) leitor (a), três filmes brasileiros da última década, com temática do povo negro, e que considero muito bons. Um deles é “Besouro“, dirigido por João Daniel Tikromiroff, lançado em 2009, e cujo tema central é história da capoeira no início do Século XX no estado da Bahia. Talvez você possa assisti-lo clicando aqui: http://www.youtube.com/watch?v=6rz6WTLLFWk

Há, ainda, um outro filme: “Quanto vale ou é por quilo “, dirigido por Sérgio Bianchi, lançado em 2005. O filme é uma livre adaptação do conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis, entremeada com pequenas crônicas do pesquisador Nireu Cavalcanti sobre escravidão no Brasil, e revela as mazelas e contradições de um país em permanente crise de valores. Assista-o clicando aqui:


sábado, 17 de março de 2018

Graus de Autismo

O diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem acompanhado de muitas dúvidas. Os pais se questionam após a confirmação: “Existem graus de autismo?”. Antes de responder vou explicar, de modo resumido, as principais mudanças que ocorreram após a publicação do DSM-V (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders).

Para quem ainda não conhece o DSM-V é uma publicação da Associação Psiquiátrica Americana que está em sua quinta edição. Trata-se de um manual usado por médicos com objetivo de fornecer critérios precisos na elaboração diagnostica no campo da saúde mental.

A primeira mudança se refere à nomenclatura, ou seja, o Autismo até o DSM-IV fazia parte de um grande grupo chamado Transtornos Globais do Desenvolvimento, haviam os subgrupos Transtorno Autista, Transtorno de Asperger, Transtorno Desintegrativo da Infância, entre outros.

De acordo com a nova revisão, o DSM-V, a classificação Transtornos Globais do Desenvolvimento foi substituída pelo novo termo Transtorno do Espectro Autista (TEA). O objetivo foi acabar com as inúmeras subdivisões existentes e inclui-las dentro de um único grupo. Na prática clínica muitos profissionais não se baseavam nas diferenças entre os vários subtipos, mas sim utilizavam os graus de severidade do transtorno como principal critério. Agora, segundo o DSM-V, o TEA pode ser classificado em:

Grau leve (Nível 1)

Grau moderado (Nível 2)

Grau severo (Nível 3)

Você pode estar se questionando: esses níveis de gravidade estão baseados em quais critérios? A resposta está relacionada a quantidade de apoio necessária para contemplar as necessidades de cada um, considerando as dificuldades na comunicação, nos interesses restritos e comportamentos repetitivos. Assim, como foi apresentado existem graus e quando o diagnóstico é confirmado com Transtorno do Espectro Autista a criança pode estar no Nível 1, 2 ou 3.

Nível 1 – Necessidade de pouco apoioA criança necessita de apoio contínuo para que as dificuldades na comunicação social não causem maiores prejuízos;Apresenta dificuldade em iniciar interações com outras pessoas, sejam adultos ou crianças, ocasionalmente oferecem respostas inconsistentes as tentativas de interação por parte do outro;Aparentemente demonstram não ter interesse em se relacionar com outras pessoas.

Comportamentos repetitivos e restritosEsse padrão de comportamento repetitivo e restrito ocasiona uma inflexibilidade comportamental na criança, gerando assim dificuldade em um ou mais ambientes;A criança fica por muito tempo em uma única atividade (hiperfoco) e apresenta resistência quando necessita mudar para outra;Alterações na organização e planejamento podem atrapalhar o trabalho pela busca da independência e autonomia da pessoa.

Nível 2 – Necessidade de apoio substancialA criança apresenta um déficit notável nas habilidades de comunicação tanto verbais como não-verbais;Percebe-se acentuado prejuízo social devido pouca tentativa de iniciar uma interação social com outras pessoas;Quando o outro inicia o diálogo as respostas, geralmente, mostram-se reduzidas ou atípicas.Comportamentos repetitivos e restritosApresenta inflexibilidade comportamental e evita a mudança na rotina, pois tem dificuldade em lidar com ela;Essas características podem ser notadas por um parente ou amigo que raramente visita a casa da família;A criança se estressa com facilidade e tem dificuldade de modificar o foco e a atividade que realiza.

Nível 3 – Necessidade de apoio muito substancialHá severos prejuízos na comunicação verbal e não- verbal;Apresenta grande limitação em iniciar uma interação com novas pessoas e quase nenhuma resposta as tentativas dos outros.Comportamentos repetitivos e restritosHá presença de inflexibilidade no comportamento;Extrema dificuldade em lidar com mudanças na rotina e apresentam comportamentos restritos/repetitivos que interferem diretamente em vários contextos;Alto nível de estresse e resistência para mudar de foco ou atividade.E o que eu faço com o diagnóstico do Grau de Autismo?

É importante salientar que independente do grau (leve, moderado e severo) a criança necessita de apoios específicos, pois geralmente o que diferencia são os sintomas que em alguns são mais sutis do que em outros. Como também a quantidade de terapias e o longo período dispendido aos tratamentos, outro fator considerável é a necessidade do uso da medicação, lembrando que não existe remédio para o autismo e sim para minimizar os seus sintomas, estes, variam de acordo com o grau, como você já pôde observar.

O mais importante é compreender que não importa o nível que seu filho esteja, lembre-se sempre de proporcionar os cuidados de acordo com suas necessidades específicas. Busque sempre o melhor para ele e não desista no caminho apenas porque seus sintomas são moderados e/ou severos. A caminhada é longa, mas foque sempre nos avanços e potencialize cada um deles. Eu escrevi um outro post que vai te ajudar caso tenha acabado de receber o diagnóstico.



sábado, 10 de março de 2018

Como se comunicar as pessoas com deficiência auditiva



Como se Comunicar com Pessoas Surdas

Pessoas surdas se comunicam visualmente e fisicamente, ao invés de audivelmente. Existem vários níveis de surdez: dificuldades de escuta, surdez profunda e surdez completa. [1] Você pode facilmente reconhecer pessoas com dificuldades de escuta pelos seus aparelhos auditivos (embora, é claro, algumas pessoas se recusem a usá-los, ou são incapazes, e eles estão ficando cada vez menores e mais difíceis de ver). Pessoas surdas ou profundamente surdas podem ainda não usar qualquer tipo de aparelho. Alguns indivíduos serão capazes de fazer leitura labial e lhe entender quase perfeitamente. Entretanto, muitos irão se comunicar com linguagem de sinais, ao invés de palavras. Este tipo visual de comunicação pode ser intimidador e parecer estranho a princípio, mas estas orientações irão ajudar.

Obtenha a atenção da outra pessoa antes de tentar falar ou se comunicar. Fazer contato visual é uma boa forma. Se necessário, você pode fazer um pequeno aceno ou dar um leve toque para chamar a atenção. Embora você deva ter consideração com a pessoa e não ficar cutucando-a, geralmente não é considerado rude, em comunidades de surdos, tocar levemente pessoas desconhecidas para obter sua atenção. O ombro é um bom local para tocar alguém que você não conhece bem; dê dois tapinhas curtos.

Fique em seu campo de visão. Tente manter seus olhos no mesmo nível dos olhos delas. Sente-se se ela estiver sentada, fique de pé se ele estiver em pé, compense grandes diferenças de altura, etc. Você deve se posicionar um pouco mais longe do que a distância normal para a fala (de 1 a 2 metros). Isso ajuda a garantir que elas verão todos os seus gestos. Se vocês estão em um ambiente fechado, certifique-se de que há luz o suficiente para que elas te vejam claramente. Se você está a céu aberto, fique virado para o sol para que não haja sombra em seu rosto e para que o sol não ofusque a visão deles.

Faça suas saudações em tom normal de voz. Sussurrar ou gritar irá distorcer seus movimentos labiais, tornando difícil para uma pessoa surda acompanhar suas palavras. Muitas pessoas surdas só conseguem fazer leitura labial até certo ponto. Da mesma forma, se você exagerar em seus movimentos labiais você será mais difícil de compreender do que se falar normalmente. Aumentar o volume da voz só ajuda se a pessoa tem somente dificuldades de audição, além de ter o efeito negativo de chamar a atenção das outras pessoas ao redor, fazendo com que seu interlocutor fique inibido. Se a pessoa não parecer ser capaz de leitura labial, você pode precisar se comunicar com papel e caneta. Escreva seu nome, saudação e apresentação.Se você possui barba muito volumosa, pode ser mais difícil para uma pessoa surda fazer leitura labial.Muitas pessoas com dificuldades auditivas que podem lhe entender perfeitamente em um cômodo sossegado não serão capazes de fazer isso em, digamos, um restaurante barulhento ou em qualquer lugar com elevado ruído de fundo.Não coloque nada dentro ou ao redor de sua boca (chicletes, suas mãos, etc).

Estabeleça a essência do que será conversado. Quando elas tiverem ciência do tópico geral, terão mais facilidade de acompanhar a conversa. Não mude bruscamente o assunto; mesmo os melhores leitores labiais só conseguem entender cerca de 35% do que você fala e precisam adivinhar o restante de acordo com o contexto do assunto.

Faça contato visual. Você provavelmente não tem noção do quanto se comunica através de seus olhos e de suas expressões faciais. Se você estiver usando óculos escuros, tire-os. Se você puder acrescentar expressões faciais para dar ênfase a um assunto (sorrir, rolar os olhos, erguer as sobrancelhas), faça.


Use gestos e dicas visuais. Aponte ou segure qualquer objeto do qual está falando, e aguarde até que voltem a olhar para você para continuar falando. Você também pode fazer mímicas de ações, como beber, pular ou comer, de forma a ilustrar suas palavras. Use dedos para indicar números, escreva no ar para demonstrar que você está escrevendo uma carta, e assim por diante.


Seja educado. Se houver alguma interrupção que a pessoa surda não perceba, como um telefone tocando ou uma batida na porta, explique o porquê de você estar se distanciando. Não faça piadas sobre a audição (ou falta de audição) delas. Não se recuse a se comunicar abruptamente (como dizendo “deixa para lá”) após descobrir que são surdas. Não se mostre irritado quando houver a necessidade de repetir o que disse. Permita opiniões divergentes, da mesma forma que faria com um amigo que escuta. Assim como há pessoas boas e más que escutam, há pessoas boas e más surdas. Trate-as com cortesia e você estará bem na fita.

Aprenda a linguagem de sinais. Para se comunicar plenamente com pessoas surdas que se sentem mais confortáveis com gestos do que com a fala, aprenda a linguagem de sinais. As linguagens de sinais são idiomas naturais, com sua própria gramática e sintaxe. Muitos países têm sua própria linguagem nacional de sinais. Elas são bem distintas das linguagens faladas e geralmente não seguem a mesma distribuição geográfica. Muitas escolas, universidades e organizações oferecem aulas para todos os níveis de alunos.



sábado, 3 de março de 2018

Como evita a Cegueira na infância

Estima-se que 1,4 milhão de crianças são cegas e que 500.000 novos casos surgem a cada ano. Os dados divulgados pelo Lions Club International Foundation nortearam o Projeto de Erradicação da Cegueira infantilda instituição em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O estudo vai além afirmando que, desses novos casos, 50% das crianças morrem em um ou dois anos. Obviamente, muitas doenças e suas causas estão intimamente ligadas às condições econômicas e de desenvolvimento dos países onde nasceram. Porém, muitas dessas doenças que causam a cegueira infantilpoderiam ser prevenidas, curadas e até erradicadas. Entenda sobre o assunto:


Causas da cegueira infantil

Segundo estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o Brasil tem mais de 27 mil crianças cegas e 83 mil com baixa visão. Desse total, é possível afirmar metade desse número foi causado por doenças evitáveis, entre preveníveis (rubéola, toxoplasmose, deficiência de vitamina A) ou tratáveis (etinopatia da prematuridade, catarata, glaucoma).

Comparado aos números de países subdesenvolvidos, o Brasil apresenta poucos casos, no entanto, cuidados no pré-natal e a constante observação e exames na primeira infância podem eliminar as causas.


Sintomas da cegueira infantil

O primeiro teste a ser feito para excluir qualquer possibilidade de doença congênita, é o teste do olhinho, obrigatório em todo território nacional. O teste é feito com um aparelho chamado oftalmoscópio. A luz atravessa a córnea, pupila, cristalino, corpo vítreo e reflete-se na retina sem causar qualquer dano aos olhos do bebê. Em crianças sem qualquer problema, o reflexo tem cor avermelhada e contínua nos olhos saudáveis. Na ausência de reflexo ou em casos de assimetria, a criança deve ser encaminhada ao oftalmologista para fazer novos exames.

Em bebês com até dois anos de idade, é preciso observar sintomas como fotofobia, lacrimejamento constante, vermelhidão e olhos com cores acinzentadas e opacas. Em geral, demonstram pouco interesse pelo ambiente e pelas pessoas que o cercam. Nesses casos, é possível que a criança sofra com glaucoma.

Entre os três e sete anos de idade, é possível perceber os primeiros sinais do estrabismo e da ambliopia. Se não corrigido a tempo, a criança pode perder a função do olho comprometido com a ambliopia, levando a cegueira. Os sintomas são tombos e esbarrões com frequência, dores de cabeça, necessidade de assistir TV próxima à tela, ter o hábito de esfregar os olhos após esforços visuais e o mais evidente deles: ter um ou os dois olhos desviados. O ideal é detectar e buscar tratamento para o problema antes da idade escolar.

Nos casos de catarata infantil e retinopatia da prematuridade, os primeiros sinais podem ser percebidos logo no teste do olhinho, por isso sua importância para a detecção precoce de doenças e prevenção da cegueira infantil.


Como prevenir a cegueira infantil

Dentre as doenças preveníveis, está a rubéola. No Brasil, ela é a maior responsável por casos de cegueira em recém-nascidos, enquanto em países de Primeiro Mundo, a causa é genética. Para prevenção, é preciso que a mãe e o pai da criança tenham recebido vacina da doença antes da gestação. Quando adquirida nos três primeiros meses da gravidez, a rubéola pode causar má-formação e catarata congênita no recém-nascido.

Outro fator que pode ser a causa da cegueira infantil é a deficiência de vitamina A. Estima-se que 10 a 20% das gestantes sejam acometidas pela cegueira noturna, sintoma da deficiência de vitamina A, e que ela esteja associada com o risco cinco vezes maior de mortalidade materna nos dois anos pós-parto. Além disso, sua deficiência pode causar nas crianças a queratose – pele áspera e seca – e pode evoluir para a xeroftalmia, que é a cegueira noturna por meio da qual a criança não consegue boa adaptação visual em ambientes de baixa luminosidade. Outra manifestação é a Mancha de Bitot. Se não tratada, pode levar à cegueira irreversível.

A maioria dessas doenças é tratável com um bom acompanhamento pré-natal e após o nascimento da criança. Um médico oftalmologista sempre deve ser consultado. Manter uma rotina de consultas, assim como acontece com o pediatra, pode determinar no diagnóstico precoce e no sucesso de tratamentos que previnem acegueira infantil.

Fique por dentro de outras dicas para manter a saúde ocular de seus filhos em dia e como prevenir a cegueira infantil.