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sábado, 28 de abril de 2018

Direito Trabalhista de Deficientes

Direitos trabalhistas de deficientes

De acordo com a CLT (Consolidação das leis de Trabalho) que regulamenta as leis trabalhistas, não existe nenhuma regra especial para profissionais deficientes. Portanto, as normas trabalhistas de profissionais com deficiências e sem deficiências são as mesmas e precisam ser aplicadas de forma igualitária, caso contrário podem caracterizar tratamento discriminatório, passível de responsabilização. Desse modo, um profissional com deficiência física, contratado para trabalhar como auxiliar de recursos humanos, por exemplo, tem os mesmos direitos e deveres que um profissional sem deficiência.

Igualdade salarial

A lei garante aos trabalhadores com deficiência a inexistência de desigualdade no salário a ser pago, desde que a função realizada seja compatível com a dos outros colaboradores da empresa. Por exemplo, se uma empresa contrata dois trabalhadores, um com deficiência e outro sem, que vão exercer a função de assistente administrativo, com carga horária, funções e responsabilidades iguais, não pode haver diferença salarial entre esses profissionais. Entretanto, nesse caso havendo diferença na remuneração é caracterizada uma prática ilícita e discriminatória. Daí a importância da terceirização na admissão de trabalhadores.


Benefícios

Estão entre os direitos trabalhistas de deficientes físicos: o direito ao vale transporte, caso não disponha de passe livre no que se refere ao trajeto de sua residência e o seu local de trabalho. Outro direito importante é a estabilidade desses profissionais. O trabalhador com deficiência ou reabilitado não poderá ser dispensado sem justa causa, quando tratar-se de contrato por tempo indeterminado, além de ser necessária a prévia contratação de um substituto. Em se tratando de contrato por tempo determinado, esse não poderá ser inferior a 90 (noventa) dias. Assim sendo, dadas as peculiaridades existentes nas contrações em geral, notadamente, ao que se refere aos trabalhadores com deficiência, torna-se imperioso a terceirização dessas contratações de forma a realizá-las dentro da mais perfeita legalidade.

Feliz aniversário minha mãe que Deus te conceda tudo aquilo que o seu coração almeja, nesse dia seja o novo círculo de vitória para a Senhora que nesses 365 dias sejam abençoados...
Eu te amo muito

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Dia Nacional de Educação dos Surdos

O Dia Nacional de Educação de Surdos tem lugar todos os anos a 23 de abril.

Este dia, também conhecido como Dia Nacional do Deficiente Auditivo, tem como finalidade sensibilizar as pessoas para a situação das pessoas surdas e da sua linguagem em específico, sublinhando a necessidade de lutar por condições de vida, trabalho e educação mais apropriadas.

As atividades desde dia consistem em fóruns comemorativos, exposições, encontros de adultos e jovens surdos com partilha de experiências, entre outras. As atividades visam a inclusão e a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência auditiva e ainda a afirmação da linguagem gestual.

Língua Gestual Portuguesa

A comunidade falante de Língua Gestual Portuguesa (LGP) é composta por mais de 30 mil pessoas. O número de intérpretes, que são obrigados a ter um curso superior, é de cerca de 150. Em Portugal não existem escolas exclusivas para alunos surdos, sendo os estudantes incorporados em instituições, com turmas constituídas por jovens surdos.


domingo, 22 de abril de 2018

Síndrome de Guillian Barré

Casos recentes de uma doença rara têm colocado as autoridades de saúde de alguns estados do Nordeste brasileiro em alerta. Trata-se da síndrome de Guillain-Barré (SGB), uma doença neurológica, de origem autoimune, que provoca fraqueza muscular generalizada e que, em casos mais graves, pode até paralisar a musculatura respiratória, impedindo o paciente de respirar, levando-o à morte.

De acordo com o último boletim da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), divulgado na última terça-feira (21), foram confirmados 50 casos da doença neste ano. Também foram registrados 14 casos no Maranhão e seis na Paraíba, onde uma pessoa morreu.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que não dispõe do número total de casos no país em razão da doença não ser de notificação compulsória, mas afirmou que no ano passado foram registrados 65.884 procedimentos ambulatoriais e hospitalares no SUS em decorrência de Guillain-Barré. O ministério também informou que está acompanhando, junto às Secretarias de Saúde estaduais, as investigações dos fatores associados à ocorrência da síndrome e que não há, até o momento, estudos que indiquem a relação entre a doença e casos de zika ou de dengue ou chikungunya.

A suspeita da ligação da SGB a essas doenças transmitidas pelo Aedes Aegypt existe em decorrência de que muitas das pessoas diagnosticadas com a doença apresentavam histórico de doença exantemática. Dos 50 casos registrados na Bahia, por exemplo, 48 apresentavam suspeita de zika vírus

A síndrome

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença rara - atinge em média uma pessoa a cada 100 mil habitantes – e que pode surgir após infecções por vários tipos de vírus ou bactérias. De origem autoimune, ela ocorre por causa a produção inapropriada de anticorpos que passam a atacar a bainha de mielina, que é uma substância que recobre e protege os nervos periféricos.

Como alguns vírus e bactérias podem possuir proteínas semelhantes às presentes na bainha de mielina, em alguns casos eles podem levar o sistema imunológico a criar anticorpos contra essas proteínas, passando a atacar não só o vírus invasor, mas também a bainha de mielina.

O ataque dos anticorpos cria um intenso processo inflamatório que leva à destruição da bainha de mielina, que bloqueia a passagem dos estímulos nos nervos motores, ocasionando, assim, paralisia muscular com pouca ou nenhuma diminuição da sensibilidade.

Em alguns casos, a manifestação da SGB ocorre após a ocorrência de cirurgias, vacinas, traumas, linfomas, HIV, entre outros.


Sintomas

A fraqueza muscular é o principal sintoma da síndrome de Guillain-Barré. A fraqueza, que pode apresentar diferentes graus de agressividade, geralmente acomete as pernas e se espalha para outros grupos musculares, em direção aos braços, tronco e face. Nos casos mais graves, pode ocorrer a paralisia total dos membros, além de comprometimento dos músculos respiratórios e da face.

Além da fraqueza ou paralisia muscular, sintomas como taquicardia, queda ou amento da pressão arterial, retenção urinária ou constipação intestinal e dor nos membros acometidos também são relatados nos quadros de SGB.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da síndrome de Guillain-Barré é feito, primariamente, de forma clínica, a partir da observação e análise dos sintomas, com a complementação de exames laboratoriais que comprovem a impressão médica e exclua outras causas possíveis para a fraqueza ou paralisia muscular.

Ainda não há cura específica para a doença. O tratamento é focado no combate aos sintomas e minimização dos danos motores, com injeção de imunoglobinas (anticorpos contra os auto-anticorpos que estão atacando a bainha de mielina) e plasmaférese (uma espécie de hemodiálise na qual é possível filtrar os auto-anticorpos que estão atacando a bainha de mielina).

Em geral, há uma progressão dos sintomas da doença nas duas primeiras semanas, quando ocorre a estabilização do quadro nas duas semanas seguintes. A partir daí, começa um processo de regressão da SGB, que pode durar várias semanas ou meses até a recuperação total.

Graças à capacidade de regeneração da bainha de mielina dos nervos periféricos, a grande maioria dos pacientes consegue recuperar todos os movimentos após um ano da doença. Entretanto, cerca de 30% das pessoas com síndrome de Guillain-Barré apresentam fraqueza residual após três anos e aproximadamente 3% podem sofrer uma recaída da fraqueza muscular e formigamento muitos anos depois do ataque inicial, de acordo com estudos do National Institute of Neurological Disorders and Stroke – Ninds (Instituto Nacional de Desordens Neurológicas e Derrame, em livre tradução do inglês), dos Estados Unidos.

A mortalidade da síndrome de Guillain-Barré é considerada baixa, aproximadamente 5%. E entre 5 a 10% dos pacientes permanecem com sintomas motores ou sensitivos incapacitantes que lhes impedirá de voltar a andar sem ajuda.

Entre os critérios que estão associados a um maior risco de sequelas estão a idade acima de 50 anos, o rápido avanço da fraqueza e paralisia (em menos de uma semana), a necessidade de ventilação mecânica e o quadro de diarreia prévio ao surgimento dos sintomas da síndrome.

De acordo com o Ministério da Saúde, a rede pública (SUS) oferece gratuitamente 35 procedimentos para tratamento de Guillain-Barré, entre procedimentos diagnósticos, clínicos, cirúrgicos, de reabilitação e medicamentos.



* Com informações do Ministério da Saúde e do National Institute of Neurological Disorders and Stroke – Ninds (EUA)


sábado, 14 de abril de 2018

Deficiência visual relacionamento com a Família e namoro

Gostaria que pudéssemos falar mais sobre o relacionamento de cegos e amblíopes com familiares normovisuais e sobre a interacção familiar entre os próprios deficientes dentro da família ou mesmo no namoro. Muitos de nós, senão todos, vivemos no meio de familiares normovisuais. Esposas, Maridos, Namorados,Filhos, Etc. Essa interacção traz questões específicas que podem ser analizadas por cada um de nós. Seja na perspectiva de se pedir uma opinião; seja na perspectiva de se dar uma ajuda, talvez a conversação sobre este tipo de questão pudesse auxiliar, tanto aos dificientes visuais, quanto aos que com eles compartilham a vida mais de perto.

Longe de mim a ideia de se iniciar aqui algum consultório sentimental! Penso, porém, que talvez pudéssemos ir conversando, para proveito de todos, sobre temas como este: Será que uma pessoa cega ou amblíope deve encarar a possibilidade de uma relação sentimental com alguém normovisual de modo negativo, ou verificar-se-á que as relações entre pessoas com o mesmo tipo de deficiência se revelariam menos aconselháveis? Que sujestões poderiam dar os cegos e amblíopes com mais experiência de vida aos jovens deficientes que começam agora a preparar o seu futuro?

Que tipo de problemas costumam surgir nas relações entre pessoas com a mesma classe de deficiência? Que classe de dificuldades costumam vir ao de cima em relacionamentos entre uma pessoa deficiente visual ou cega com outra que não o seja? Como resolver ou prevenir tais situações difíceis que possam ecludir? Que vos parece, valerá a pena falar destes temas? Valerá a pena criar um novo forum no ler para ver sobre este assunto?

Jorge TeixeiraRealmente, os problemas de relacionamento em ligações onde existe deficiência visual são, em muito, comparáveis aos que se verificam em relacionamentos entre normovisuais. E, concordo, se o amor que une as pessoas é suficientemente estável e profundo, tudo pode ser resolvido. Quanto ao paternalismo dos amblíopes sobre os cegos totais, também já o testemunhei, mas tenho visto cegos saberem, tranquilamente, ocupar o seu lugar, quer numa relação, quer num contexto profissional ou em outros. Há, todavia, obstáculos para que isto aconteça, quer no campo das relações inter-pessoais, quer em outros. Que poderão fazer os cegos e os amblíopes para se tornarem parceiros cada vez mais equivalentes em cenários onde poderiam, à luz da interpretação do senço comum, estar em desvantagem? Haverá algum tipo de forma de agir, de pensar, de falar, de estar, que possa auxiliar um deficiente a ser cada vez mais bem aceite?


Bom, na verdade há sempre um pouco de tudo em cada história que li.
Eu mesmo ano passado, passei por isso na parte amorosa.
Em 2008, fui a um passeio no
Ceará, pois minha família é de lá.
Aí comecei a namorar uma moça, ficamos juntos lá e quando eu voltei, falei para ela que iria-mos manter contato e consequentemente o namoro.
Mas, logo logo, começaram os impedimentos, tanto do lado de minha família e do lado da família dela...
Ela veio no final de 2008 para São Paulo, que é onde eu moro.
Foram 20 dias de muito amor e promessas, que infelizmente depois se arruinaram devido tantas coisas...
Uma delas, foi a preocupação tanto de minha família quanto da dela, de como seria nossa convivência, uma vez que ela tem um garotinho de 8 anos.
Para resumir a história, nosso namoro terminou, como eu temia que acontecesse...
Sei que a decisão de acabar partiu dela, mas tenho a plena certeza de que não faltaram comentários infelizes e desgraçados, com relação ao nosso relacionamento...
A família, superproteje, e tem sempre o conseito de que seus filhos deficientes, tem de arranjarem não uma esposa, e sim uma santa....
Pois, querem que a gente seja bem cuidado como se fôssemos eternas crianças....
É difícil, mas bola para a frente!

não sei se é negativismo ou pura realidade, queiram ou não, mas infelizmente a maioria das pessoas são preconceituosasinhas. Quando preciso de tratar de documentos ou quando vou comprar 2 bilhetes para viajar, perguntam sempre: Olhe, o seu marido também é cego, não é? Hello!!! Será que para o caso, têm alguma coisa a ver com isso? Mas as pessoas não deficientes apreciam muito os portadores de deficiência não pela sua personalidade ou maneira de ser, mas sim porque são deficientes e ("coitadinhos") até sabem viver normalmente... Mas quanto a escolherem para seu cônjuge alguém "assim"... E depois? O que é que os "sogros" diriam? E as tias mais conservadoras? Há tanto para dizer sobre isso, mas sejam quais forem as opiniões, são sempre pessoais e por vezes muito diversas.....

Bom dia, não é meu hábito entrar em foruns e comentar, mas este tema diz-me muito e por isso...
Sou cega desde muito pequena é há algumas coisas que eu gostava de partilhar.
Sim é verdade, os sogros, as tias e também muito importante os amigos condicionam bastante uma pessoa a assumir uma relação com uma pessoa cega, especialmente se for mulher, e depois quém faz as coisas lá em casa? É que na óptica dos preconceitoosos a mulher cega não serve para criada, que aé a visão que essas pessoas tão inteligentes têm de uma esposa.
No entanto nem se preocupam em conhecer a pessoa e as suas capacidades.
Isso aconteceu-m algumas vezes ao longo da minha vida.
Agora tenho uma pessoa que me aceita sem reservas nem vergonhas, mas... é bem mais novo que eu. E lá vem outra vez o preconceito, desta vez da parte da minha família e amigos, que não entendem que eu já fui vítima disso mesmo.
O preconceito existe, temos é de saber se conseguimos lidar com ele ou não. Eu sempre achei que sim, mas agora como são os meus próximos que me atacam, já não sei. r

responder

Obrigada António pelo seu apoio e pelo humor com que o demonstrou.
Vivo em Elvas, cidade com cerca de 30 mil habitantes, na qual todos se conhecem e todos falam de todos e o argomento que me deita a baixo é quando a minha mãe me diz "Somos uma família humilde mas que sempre foi respeitada e nunca ninguém falou de nós e agora as pessoas comentam que tu andas com um rapaz mais novo".
E eu sinto-me um monstro que mancha a honra da família.
Só tenho pena e já o disse à minha mãe que quando as pessoas diziam "Coitadinha é ceguinha" ela nunca se importou.
Não sei o que vou fazer, se vou aguentar mas por enquanto não penso desistir de quem quer estar comigo, é raro o dia que não choro por causa disso, mas vamos ver.
Obrigada pelo apoio

Quando se ama alguém, vive-se algo muito significativo nas nossas vidas e não é por causa de diferenças de idade que se deve romper um namoro, nem por imposição familiar ou de amigos, pois os amigos que o são de facto importar-se-ão exclusivamente com a sua felicidade e irão respeitar e apoiar incondicionalmente as suas decisões. Comigo assim tem sucedido. Por outro lado, deve pensar que qualquer família quer o melhor para os seus filhos e, nessa medida, só lhes pode fazer entender, que o melhor para si não tem que ser o melhor para eles e se eles escolheram ter a vida que têm, a Isabel tem todo o direito a fazer o mesmo. Mas nunca se esqueça de dizer, algo importante: "Aos olhos de Deus, todos são iguais e nunca foi preconceituoso". Já agora, se os seus familiares são religiosos (crentes), pergunte o que aprendem na Missão quando lá vão... pois o que se trás de lá e ensinamento para se colocar em prática na vida diária e diante seja de quem for. Não se trata de rezar diante de um altar e debaixo do telhado ou nas costas do vizinho dizer o que quer que lhes venha à cabeça, verdade? Mais.... quem ama cuida, protege e defende de tudo, contra tudo e contra todos. A convicção está lá e não se deixa corromper por nada. Mais, ainda, a felicidade reside dentro de nós e em cada momento em que fazemos alguém feliz. Se os seus pais a querem fazer feliz, demonstrem-no diante de quaisquer adversidades. A Isabel terá sempre o apoio incondicional do alto, que saberá escutar no seu coração sempre que lhe der atenção. Sim, oiça sempre aquela vozinha mais profunda que fala dentro de si, pois ela acerta sempre e não se importe com mais nada. Quem a verá feliz só poderá ficar com inveja mas isso sempre passa.
Seja convicta nesse amor e felicidades para ambos! Em frente...



sábado, 7 de abril de 2018

COMO CONVERSAR COM UM AUTISTA EM SALA DE AULA?



A comunicação é essencial na vida de todos nós. Por meio dela, podemos trocar informações que fazem a diferença nas relações sociais. Na sala de aula, essa habilidade é a base para o aprendizado. Sendo assim, o ensino para autistas depende muito desse aspecto para fazer valer a didática utilizada. Veja a seguir algumas dicas que podem ajudar nessa nobre missão.

Fale sobre o assunto que interesse à criança

Como muitos de vocês já sabem, a pessoa que tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA)costuma ter predileção a um determinado tema (personagem de desenho/filme, aviões, mapas, etc.). Então, a melhor maneira de estabelecer um primeiro contato com o aluno é através dessa atenção que você dará àquilo que o interessa. Cria-se um vínculo importante para estimulá-lo nas próximas conversas.

Use frases específicas e curtas

O ensino para autistas depende muito da forma que os educadores utilizam para se comunicar. Frases mais curtas e objetivas tendem a ser eficazes para a compreensão da criança/adolescente diante de algum novo conceito ou explicação. Isso porque a forma de processar uma informação é diferente no estudante com autismo.


Mostre paciência e disponibilidade ao ensinar

Como dito acima, o processamento de uma informação para a criança/adolescente com TEA tem suas peculiaridades e apresenta a sua própria dinâmica. É interessante que você demonstre paciência para explicar um conceito. Pergunte sempre se há dúvida, procure esclarecer algum conceito que não ficou claro, etc.

Fuja do sentido figurado

É importante não utilizar construções frasais com sentido figurado. Isso tende a confundir a criança. Ela não entende tais aplicações. Então, não diga que você está ‘morrendo de frio’, ‘caindo de sono’, ‘derretendo de calor’, entre outras frases que costumamos falar no dia a dia. É preciso estar sempre atento a isso.

Utilize recursos visuais

Um dos itens mais eficazes ao ensino para autistas é a utilização de elementos imagéticos como complemento às explicações. Uma pessoa com autismo tende a ser muito ligada a esses detalhes. Imagine o quanto suas aulas podem ser ricas com essas imagens.

Atenção para os sinais sociais

Estar atento aos sinais sociais é importante, principalmente no ensino para autistas. Isso porque a criança/adolescente com TEA pode ser alheio a esses indicativos. Portanto, é interessante ficar de olho em alguma situação caso o aluno demonstre pouco ou nenhum entendimento acerca de um cumprimento, um gesto, etc.

Caso a criança demonstre muita dificuldade, o que pode ser feito?

Se a situação ficar difícil para o entendimento da criança e sua comunicação, a melhor maneira de contornar esse problema é solicitar um auxílio maior de um profissional de fonoaudiologia e psicopedagogia. É sempre válido lembrar que o acompanhamento interdisciplinar funciona de forma eficaz, pois abrange todo o conjunto de habilidades que permeia a vida da pessoa, impulsionando o desenvolvimento cognitivo, comportamental e social.

Torne a sala de aula um ambiente convidativo

Nada melhor que proporcionar um local onde os pequenos encontrem um ambiente que desperte sua atenção e o prazer de estarem ali. Isso contribui para a socialização de todos.



SINTOMAS E DIAGNÓSTICO DO AUTISMO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta uma grande variação dependente de cada paciente. Esse aspecto que existe deve-se, portanto, às diferentes camadas que se manifestam nas pessoas que convivem com o espectro. Isso significa que é impossível resumir os sintomas do Autismo em três ou quatro tópicos. Eles são muitos e se apresentam com maior ou menor intensidade de acordo com cada pessoa.

Quais são os sintomas mais relatados pelos pais?

Embora o TEA conte com uma diversificação sintomática, é inegável que alguns sinais podem começar logo cedo, sobretudo antes dos 3 anos de idade. Os pais devem ficar atentos a esses indicativos e procurar auxílio médico. Saiba quais são os sintomas mais comuns:

– Ausência de comunicação verbal (mesmo que a criança ainda não consiga formar palavras, é comum que ela comece a demonstrar interesse em estabelecer contato com sílabas soltas: mã, pa, lá, aí, dá);

– Pouco ou nenhum contato visual: o pequeno costuma não responder aos estímulos (há casos que podem ser percebidos já na amamentação; ou seja, o bebê não se comunica com a mãe nem mesmo pelo olhar);

– Tendência ao isolamento: a maioria das crianças gosta de socializar, mesmo as mais tímidas. No caso daquelas que manifestam sintomas do Autismo a situação é diferente (elas se isolam não por serem indelicadas, mas por algum objeto chamar a sua atenção; muito mais que qualquer outra presença. No entanto, essa situação não se aplica a todos);

– Aspecto sensorial acima ou abaixo do normal: o pequeno pode se incomodar bastante quando exposta a determinados barulhos, aromas, texturas, gostos, etc.; por outro lado, ele pode não ‘sentir’ algum corte, por exemplo. Em compensação, um simples toque pode irritá-lo bastante (por isso é extremamente importante estar sempre de olho); sensação de aperto também costuma deixá-lo inquieto;

– Crises além do normal: a diferença entre uma pirraça e uma crise que seja reflexo dos sintomas de autismo está na intensidade. Imaginemos que uma criança sem o espectro consiga chorar e falar o que sente. No autismo isso nem sempre é possível. O pequeno então encontra no choro excessivo (seguido de berro, em muitos casos) a maneira de expressar seu descontentamento. A melhor maneira para lidar com isso é tentar acalmá-la e jamais pegá-la forte pelos braços ou balançá-la.



*Os sintomas do Autismo citados acima não resumem a lista enorme de características percebidas por pais e profissionais, mas são os mais notados. O aspecto comportamental é geralmente o mais afetado.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico do TEA é clínico. Ele só é possível por meio da observação direta do comportamento. O especialista realiza uma entrevista com os pais a fim de colher mais informações, que serão geralmente confrontadas de acordo com os parâmetros do DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).

Os sintomas de Autismo e as comorbidades

As crianças que convivem com o espectro podem apresentar comorbidades como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH; Transtorno Opositor-Desafiador TOD; Transtorno Bipolar, entre outros.

Já pensou aprender profundamente sobre o Autismo para melhorar seus atendimentos clínicos, entender melhor seu filho e saber por que seu aluno apresenta determinado comportamento e como trabalhar o processo de inclusão? Em um curso online completo o Dr. Clay Brites te ensina tudo sobre TEA com fundamentação científica e de forma prática e simplificada.




COMO DIAGNOSTICAR O AUTISMO?

Todos nós sabemos que o Transtorno do Espectro Autista é objeto de estudo de pesquisadores espalhados ao redor do mundo. A complexidade que o assunto envolve tornava o diagnóstico do Autismo em algo absolutamente difícil de compreender, até mesmo para os pais das crianças que conviviam com o espectro em si.

O que aconteceu na nova edição do DSM?

Uma modificação no DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), no entanto, estabeleceu alguns critérios que podem favorecer o esclarecimento na hora em que um profissional precisar diagnosticar o transtorno com mais precisão.

A quinta edição do Manual apresentou uma nova estrutura de sintomas, cuja diferença está em um modelo de dois domínios compostos, sendo um referente ao déficit de comunicação social e outro voltado aos comportamentos ou interesses restritos.

Além disso, o DSM-V eliminou o seguinte critério: o atraso ou ausência de desenvolvimento de linguagem expressiva como ponto determinante para o diagnóstico do Autismo. Esta decisão foi tomada baseada em estudos realizados que comprovaram o fato de tal característica não ser exclusivamente notada em crianças com o espectro.

Como e quais são os critérios a partir de então?

Após a mudança trazida pelo DSM-V, mencionada acima, os critérios restabelecidos para o diagnóstico do Autismo foram os seguintes:

Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes.

a. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
b. Falta de reciprocidade social;
c. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.

Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:

a. Comportamentos motores ou verbais estereotipados ou comportamentos sensoriais incomuns;
b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
c. Interesses restritos, fixos e intensos.

Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades.



O que são os Transtornos do Espectro Autista?

É muito importante relembrarmos o que são os TEA’s. Eles se referem a um grupo de transtornos que são caracterizados por um espectro, compartilhado de prejuízos qualitativos na interação social. Além disso, os Transtornos do Espectro Autista são também associados a comportamentos repetitivos e interesses restritos pronunciados. A complexidade do TEA está na variação de prejuízos que podem ser causados na vida das crianças. A grande heterogeneidade no fenótipo das pessoas que convivem com o Autismo também é considerável.

Quais são os processos para o diagnóstico do Autismo?

Na verdade, o diagnóstico do Autismo é clínico. Ele só é possível por meio da observação direta do comportamento. Logo depois, o especialista realiza uma entrevista com os pais a fim de colher mais informações que serão confrontadas de acordo com os parâmetros do DSM-V.

A partir do momento em que o profissional diagnostica a existência do Autismo, o passo seguinte é a proposição de uma intervenção interdisciplinar que possa oferecer ao pequeno melhores condições para o seu desenvolvimento.

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O QUE DESENCADEIA O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA?

Ao longo das décadas a comunidade científica tem voltado parte de suas atenções para os casos de Transtorno do Espectro Autista. Segundo dados do último levantamento feito pela OMS – Organização Mundial da Saúde –, a incidência do autismo é de 1 em cada 160 crianças no mundo. Estima-se que no Brasil existam 2 milhões de pessoas que convivem com o espectro. Os dados podem oscilar, considerando os casos que ainda são subnotificados, além daqueles que serão diagnosticados.

No entanto, as pesquisas evoluem graças ao empenho de especialistas e estudiosos que se debruçam sobre o assunto para encontrarem respostas e soluções. Para complementar, pode-se afirmar que existem muitas informações a respeito do que seria a causa; o que desencadeia o Transtorno do Espectro Autista. Vejam abaixo quais são elas.

Fatores genéticos influenciam a existência do autismo

Muitos estudos sugerem que o Transtorno do Espectro Autista pode ser influenciado pelo aspecto da herança genética. Essa hipótese é reforçada quando um paciente com autismo tem algum parente próximo também diagnosticado com TEA ou algum traço que pertença ao espectro.

Os mesmos levantamentos apontam que em determinados casos, cujo mais de um membro da mesma família apresente sinais de autismo, pode haver algum padrão de autismo ou deficiência que seja relacionado. Isso  reforça a ligação genética que tende a existir.

Fatores ambientais também podem estar relacionados ao TEA

Além do aspecto genético, a questão ambiental pode responder por uma parcela considerável na incidência do Transtorno do Espectro Autista ainda na fase fetal. Pesquisas afirmam que situações como estresse, exposição a substâncias químicas e tóxicas; infecções, desequilíbrios metabólicos e problemas durante a gravidez podem ser causadores de autismo. Além disso, outros estudos não descartam o uso de alguns medicamentos durante a gestação como possíveis aspectos para a ocorrência do TEA em crianças.

Aspectos genéticos e ambientais respondem podem por grande parte dos casos

Um artigo publicado no respeitado The Journal of the American Medical Association (JAMA) divulgou o resultado de uma pesquisa feita pelo Instituto Karolinksa, em Estocolmo (Suécia), onde mais de 2 milhões de crianças suecas, nascidas entre 1982 e 2006, foram analisadas.  Constatou-se que embora a hereditariedade seja um fator relevante, tal aspecto só corresponde à metade dos casos. A outra parte ficou por conta dos fatores ambientais.

Os mesmos pesquisadores chegaram aos 50% como a taxa responsável  pelo desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista nas crianças. No entanto, essa porcentagem já chegou a ser considerada em 80% ou a 90%. O levantamento mostrou, então, que o ambiente pode influenciar mais do que se imaginava.

Como chegar ao diagnóstico?

Os especialistas chegam ao diagnóstico do autismo por meio da observação direta e de entrevistas, realizadas com os pais do pequeno, a fim de se obter informações que possam reforçar a análise do médico.

A partir do diagnóstico, qual o próximo passo?

Contar com auxílio de uma equipe profissional que seja formada por médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psiquiatras, psicólogos, analistas comportamentais,fisioterapeutas, psicopedagogos e outros especialistas que possam contribuir com o desenvolvimento da criança.

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BRINCADEIRAS NA ESTIMULAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO

Toda criança merece e deve se divertir. Existem atividades lúdicas e outras brincadeiras para autistas, cujo poder que elas exercem sobre os pequenos é bastante importante para a socialização e pelo estímulo. O grande barato disso tudo é o fato de os materiais para essas tarefas não exigirem alto custo, o que significa acessibilidade.

Seja na escola ou em casa, seus filhos podem ter momentos diários de distração por meio de brinquedos e objetos que promovam essas situações. Além disso, o próprio ato de brincar permite que a criança também exerça alguma habilidade, cujas intervenções trabalham com mais riqueza de detalhes.

Há que se ressaltar que o auxílio de especialistas, de uma equipe interdisciplinar, é imprescindível para a diminuição de muitos efeitos que o Autismo traz para a vida do pequeno. No entanto, as atividades que envolvem brincadeiras servem como um complemento e tanto para todos eles.

Posso chamar outras crianças?

Pode e deve, pois a socialização de seu filho é uma prática que precisa ser sempre otimizada. É verdade que existem casos distintos. Todo mundo tem uma diferença; com autistas também é assim.

Existe a possibilidade de o pequeno não se sentir muito à vontade com outras pessoas que gritam muito ou com sensação de aperto (toque excessivo, abraços, etc.). Nessas situações, o melhor a se fazer é tentar identificar alguma tarefa que não exija tanta agitação.

Vale lembrar, porém, que isso não se aplica a todas as crianças. Há aquelas que conseguem participar de brincadeiras que pedem mais ânimo e sem nenhum problema. O importante é incluir o pequeno naquilo que mais combine com seu perfil.

O que fazer para entreter na escola?

Brincadeiras para autistas também são usadas no ambiente escolar. Nesse espaço, por exemplo, há grandes chances de o pequeno trabalhar sua socialização. Os educadores têm um papel de extrema importância na condução das atividades a fim de proporcionar à criança uma interatividade proveitosa.

Dentro da sala de aula pode haver tarefas mais interessantes, tanto para a diversão do aluno como seu desenvolvimento pedagógico:

– Argilas e massinhas;

– Conteúdos folclóricos que estimulem a criatividade;

– Pintura;

– Quebra-cabeça;

– Desenhar e colorir;

– Outros.

Atenção para algumas informações

É muito importante que pais e educadores fiquem atentos quanto ao uso de alguns objetos que podem oferecer riscos nas brincadeiras para autistas. Isso porque muitas crianças com Autismo não têm aquela sensibilidade de sentir um corte ou alguma lesão, por exemplo. A questão sensorial delas é peculiar e requer cuidados.

Dicas de brinquedos/brincadeiras

– Jogos de memorização;

– Dedoches ou fantoches (a empolgação das demais pessoas é crucial no estímulo do pequeno. Sendo assim, não economize nas caras e bocas; vozes diferentes);

– Brincar de faz-de-conta: comidinhas, bolos e pães;

– Danças;

– Cirandas;

– Jogos eletrônicos;

– Outros.

Conselho com especialistas

Em caso de dúvida, procure profissionais que podem auxiliar na orientação da melhor alternativa ao pequeno. É sempre válido contar com quem entende do assunto para ajudar nossas crianças.