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domingo, 30 de junho de 2019

Bebida Alcoólica na Adolescência

A Adolescência, que acontece dos 12 aos 18 anos de acordo com o Estatuto da criança e do Adolescente (ECA), é uma fase marcada por inúmeras mudanças, questionamentos, alterações hormonais e inquietações emocionais, justamente pelo fato de que neste período a personalidade do indivíduo está sendo definida e os lutos da infância vivenciados. Os adolescentes enfrentam decisões sociais e psicológicas para toda a vida, e muitas vezes apresentam comportamentos extemos, imediatistas, opositores e podem até, em alguns momentos, negligenciar os cuidados com sua saúde.

O consumo de bebidas alcoólicas é um problema de saúde pública cada vez mais agravante, particularmente no que se refere aos adolescentes, que é quando, na maioria das vezes, se inicia a ingestão do álcool.

Algumas pesquisas revelam que entre todas as substâncias avaliadas, o álcool foi a que apresentou a menor média de idade para o início do consumo, sendo um pouco mais de 12 anos. Dado este bastante preocupante, já que quanto mais precoce for a iniciação, piores as consequências e riscos para desenvolver a dependência ou futuros abusos no consumo.

O álcool na adolescência é extremamente desaconselhável porque o sistema nervoso central do jovem ainda está se desenvolvendo, também pela possibilidade de atrapalhar seu amadurecimento normal, causar alterações no desenvolvimento da personalidade e prejudicar funções como memória e atenção. Por sua vez, estes prejuízos podem levar a dificuldade de aprendizagem e piora no desempenho escolar.

De acordo com um recente estudo realizado da Finlândia, adolescentes que bebem em excesso tendem a ter menos massa cinzenta no cérebro, que é a estrutura responsável pela memória, tomada de decisões e autocontrole.

Sendo assim, o consumo de bebidas alcoólicas pode acarretar uma série de problemas sociais e de saúde e contribuir para a vulnerabilidade dos jovens a acidentes de trânsito, violência, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada, uma vez que o sentimento de onipotência marcante nessa etapa do desenvolvimento é intensificado pelo uso do álcool, possibilitando que os adolescentes acreditem que podem se expor aos riscos sem que lhe ocorram maiores danos..

A naturalização atribuída às bebidas alcoólicas é um dos fatores de risco ao consumo, já que em diversos contextos culturais a cerveja e a cachaça estão presentes nas comemorações e festividades brasileiras e são incessantemente expostas e divulgadas pela mídia. A bebida é associada então à busca de prazer que os jovens atribuem a bebida, à desinibição, à sociabilidade e autoafirmação.

As pesquisas têm mostrado muitos outros fatores de risco para o abuso de substâncias psicoativas. No entanto, alguns autores acreditam que as condições familiares são cruciais, já que a família é a base da estruturação emocional e psíquica do ser humano.

Como fatores protetores podemos destacar a família bem estruturada; com o envolvimento afetivo dos pais na vida dos filhos e determinando regras de conduta e limites claros; o desempenho escolar satisfatório; e as relações com outras referências da comunidade como igreja, ações sociais e esportivas.

Portanto, os riscos imediatos e de longo prazo provenientes do consumo do álcool pelos jovens reforçam a necessidade do desenvolvimento de programas de prevenção e de tratamento. O conhecimento e a compreensão dos fatores sociais, pessoais e ambientais que contribuem para a iniciação e o aumento no consumo é essencial para a iniciativa de ações eficazes de combate ao problema.

Por Fabrícia Ramos de Freitas


sábado, 29 de junho de 2019

Um jovem com Deficiência que queria ser Bombeiro

Recentemente, o Hospital de Base Rio Preto, em São José do Rio Preto, no interior de SP, fez uma publicação no Facebook que emocionou muita gente. A postagem mostrou o sonho de um jovem paciente sendo realizado graças à equipe do hospital. Ele quer ser bombeiro.

Luiz Figueiredo Neto, de 22 anos, faz tratamento em uma das unidades do hospital, o Lucy Montoro –a unidade de reabilitação física. O jovem possui tetraparesia, uma deficiência física que compromete os movimentos do pescoço para baixo, de acordo com informações do site Razões para Acreditar.

Eles decidiram entrar em contato com o Corpo de Bombeiros da cidade e conversar a respeito. Os integrantes da corporação não pensaram duas vezes e fizeram uma visita ao hospital.

Durante o encontro, o jovem teve a oportunidade de vestir a farda, fazer poses militares e até andar no carro dos bombeiros. Veja as imagens:

domingo, 23 de junho de 2019

A esclerose lateral amiotrofica ELA

A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença do neurônio motor ou doença de Lou Gehrig, é uma grave patologia neurodegenerativa (doença que provoca degeneração dos neurônios) de causa ainda desconhecida e sem tratamento curativo.

A esclerose lateral amiotrófica é uma doença que causa perda progressiva da força e atrofia dos músculos, levando à morte em cerca de 3 a 5 anos. Há casos, porém, com tempo sobrevida maior. Carca de 10% dos pacientes com ELA conseguem viver mais de 10 anos, e um percentual bem pequeno consegue viver por mais de 20 anos, caso a doença poupe a musculatura responsável pela respiração e o paciente tenha condições de receber tratamento intensivo.

O caso mais famoso de longevidade com a esclerose lateral amiotrófica é o do físico inglês, Stephen Hawking, que teve a doença diagnosticada aos 21 anos e sobreviveu, apesar das inúmeras deficiências, até aos 76 anos de idade. Infelizmente, casos como os dele são muito raros e não representam evolução habitual da ELA.

Neste artigo vamos explicar o que é a esclerose lateral amiotrófica, quais são suas causas e fatores de risco, os seus sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamentos existentes até o momento.

O que é o neurônio motor

Para entender o que é a esclerose lateral amiotrófica, que, como já referido, também é chamada de doença do neurônio motor, é preciso antes conhecer como funciona a interação entre nervos e músculos. Vamos explicar a seguir, de forma bem resumida e didática, esta relação.

Qualquer contração muscular voluntária é realizada graças à ativação de uma grupo de neurônios chamados de “neurônio motor”. Se você mexe as penas, levanta os braços, abaixa a cabeça ou resolve sentar, todas esses movimentos nasceram dentro do seu cérebro, que, através de estímulos elétricos, fez a mensagem chegar aos grupamentos musculares que você pretende usar.

Existem 2 tipos de neurônio motor: neurônio motor superior, também chamado de primeiro neurônio motor, e o neurônio motor inferior, conhecido como segundo neurônio motor.

O primeiro neurônio motor fica dentro do cérebro, em uma área chamada córtex cerebral. Para que qualquer músculo de contração voluntária se mova, o primeiro neurônio emite um impulso elétrico que viaja pelo cérebro, passa pelo tronco cerebral e chega à medula espinhal localizada na coluna vertebral. Na medula espinhal encontra-se o segundo neurônio motor, que é estimulado ao receber o impulso elétrico vindo do primeiro neurônio. O segundo neurônio motor dá origem aos nervos periféricos que se distribuem pelo corpo de forma a inervar os músculos.


A medula espinhal ocupa todo o canal central da coluna vertebral, indo da região cervical (pescoço) até o início da coluna lombar. As regiões do corpo são inervadas de cima para baixo, ou seja, os segundos neurônios motores que inervam os membros superiores se localizam na região da coluna cervical, enquanto que os segundos neurônios motores que inervam os membros inferiores localizam-se mais embaixo, na altura das primeiras vértebras lombares.

Obs: no caso dos nervos cranianos, que inervam os músculos da face, como olhos e boca, o segundo neurônio motor fica no tronco cerebral, região logo abaixo do cérebro.

Quando uma pessoa sofre um acidente com grave injúria da medula espinhal, ela perde exatamente esse contato entre o primeiro neurônio motor do cérebro e do segundo neurônio motor na medula. Se a lesão medular for na altura da coluna cervical, o paciente perde os movimentos do pescoço para baixo. Se a lesão for mais baixa, no final da coluna torácica ou na coluna lombar, ele perde apenas os movimentos dos membros inferiores.

O que é a esclerose lateral amiotrófica

A esclerose lateral amiotrófica é uma doença rara, que acomete cerca de 0,002% da população. No Brasil existem cerca de 6000 pessoas portadoras desta doença.

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A ELA ocorre devido à degeneração do primeiro neurônio motor e/ou do segundo neurônio motor. O paciente apresenta perda progressiva da força em todos os grupamentos musculares cujos neurônios inervadores estão a sofrer degeneração.

A ELA acomete somente os músculos de contração voluntária, ou seja, aqueles músculos que só se mexem quando queremos. Os músculos do coração e dos intestinos, por exemplo, são de contração involuntária e, portanto, são poupados na esclerose lateral amiotrófica. A respiração apesar de ser realizada de forma involuntária na maior parte do tempo é auxiliada por músculos de contração voluntária, motivo pelo qual conseguimos prender a respiração por alguns segundos. Por isso, a paralisia dos músculos respiratórios é um sinal comum na ELA, sendo este o fator que costuma determinar a morte do paciente.

O termo “amiotrófica” significa atrofia do músculo, que é uma das consequências da falta de contração por ausência de estímulo nervoso. As regiões musculares acometidas pela doença sofrem atrofia. O termo esclerose vem do fato da degeneração dos neurônios  levar à sua destruição, sendo estas células nervosas substituídas por uma especie de tecido cicatricial. Para completar, a doença é chamada esclerose lateral amiotrófica porque o segundo neurônio motor costuma ficar na região

Apesar de ser frequentemente chamada de doença do neurônio motor, a verdade é que a esclerose lateral amiotrófica é apenas uma das 4 formas existentes deste tipo de doença neurológica. A ELA é forma mais comum, correspondendo a cerca de 70% dos casos de doença do neurônio motor. Além da ELA, também existem as seguintes doenças:

Atrofia muscular progressiva – que é a forma que acomete somente o segundo neurônio motor e corresponde a cerca de 10% dos casos.Paralisia bulbar progressiva – corresponde a 20% dos casos e costuma ficar restrita aos nervos motores cranianos. Esta forma acomete o primeiro e segundo nervo motor.Esclerose lateral primária – é a forma mais rara, porém mais benigna de doença do neurônio motor. Costuma ficar restrita ao primeiro neurônio motor e tem progressão muito lenta.

As 4 formas de doença do neurônio motor não devem ser encaradas como doenças distintas, mas sim variações de apresentação de uma doença só. O paciente pode, por exemplo, inicialmente ter um quadro mais sugestivo de paralisia bulbar progressiva e, tempos depois, desenvolver um quadro típico de ELA.


sábado, 22 de junho de 2019

Amor sem Limites

É inevitável um casal formado por duas pessoas com características diferentes, seja de raça, idade ou aparência física, chamar a atenção, nunca escapa dos olhares curiosos, de admiração dos mais românticos e de preconceito dos mais conservadores, o difícil mesmo é passar despercebido em algum lugar. De fato não é o mais comum, por esse simples motivo já chama a atenção, e cá entre nós as pessoas sentem certo prazer em julgar e tirar conclusões precipitadas. Mas quem se importa com isso? Quando se encontra o verdadeiro amor, acredito que seja um encontro de almas, em que os corações se entregam e nada mais pode deter os dois se envolvem de tal maneira que todo o resto fica em segundo, terceiro ou quarto plano.

Sinceramente não podemos dizer que namorar uma pessoa com qualquer tipo de dificuldade de locomoção, não tenha as suas peculiaridades, em um país onde a preocupação com a acessibilidade é relativamente nova, a cadeira de rodas pode ocasionar sim alguns dissabores, como a impossibilidade de entrar em um lugar da mesma forma que os outros, pela entrada principal, ou ainda pior ser necessário dar um jeitinho ou ocasionar uma certa “confusãozinha” no intuito de fazer valer os seus direitos, protestando e reivindicando quem sabe um dia a inclusão seja uma realidade natural e não imposta. Mas sem duvida alguma os momentos divertidos e engraçados superam e muito qualquer tipo de dificuldade e barreira que se encontre no caminho.

Deficiências graves mesmo e insuperáveis são a moral e de espírito, para esses casos sinto muito, mas não vejo solução, agora as deficiências de locomoção e motora são perfeitamente adaptáveis e superáveis. Tudo pode ser feito do jeitinho do casal, da forma que a convivência e o tempo vão mostrando as inúmeras formas de solucionar e superar cada dificuldade, onde uma coisa simples pode virar uma superação com um resultado muito mais gratificante, e uma coisa mais complexa, uma grande vitória e prova de que nada é impossível para um casal determinado.

Com determinação e coragem uma atividade que parece ser absolutamente inviável, pode se tornar uma realização pessoal fascinante. Quando menina, aprendemos que o príncipe encantado chega montado em um cavalo branco, mas sejamos realistas quantos chegam de verdade? Garanto que se o seu chegar em uma cadeira de rodas, tudo será mágico e encantador ele só precisa de uma oportunidade para te mostrar isso.
Somos um casal igual qualquer outro, são inúmeras as possibilidades para se adequar e se adaptar dentro da realidade imposta, o importante mesmo é ter otimismo, carinho e paciência para enfrentar algumas situações e imaginação para outras.

Aos olhos de quem ama, o ser amado é perfeito em suas imperfeições, “ah Amor, mas as minhas pernas são finas, não gosto do meu peitoral, preciso fazer cateterismo…” e outras coisas que fazem parte da rotina de um cadeirante, sabemos que tirando do foco o ser amado, seu físico pode não ser o exemplo de beleza padrão, mas quando olhamos com amor no coração, enxergamos sim, cada cicatriz como uma batalha vencida, como uma vitória nos inúmeros desafios da vida, passamos a ver com orgulho e admiração o todo, o homem com suas peculiaridades e bagagem de vida, e pode acreditar ele é o homem mais LINDO do meu mundo, da minha vida. De fato não somos a “família Doriana”, onde o homem perfeito, se apaixonou pela mulher perfeita, tem o casamento perfeito , com filhinhos perfeitos e fim. O retrato de família que eu sonho e quero dividir com o meu príncipe, é de uma família real cheia de perfeição em suas imperfeições, profundamente abençoada e amada por cada um que a compõe.

É também muito comum entre os cadeirantes a depressão, em alguns momentos a baixa autoestima, síndrome do pânico e em muitos desses casos o uso do álcool para aliviar a pressão do dia a dia, nesses momentos eu vejo que a qualidade do Amor é testada e faz a diferença, em nenhum desses casos é fácil e tranquilo superar, mas é possível sim, no meu caso vejo que o fundamental é a cumplicidade, a parceria, a união, o respeito e às vezes uma dose especial de paciência, é ter a certeza que não existe culpada de ninguém para estar passando por essa fase, não é falta de amor, é preciso lembrar que não existe um motivo real, tudo é fruto do psicológico, se não tivesse mais amor, não seria depressão, mas sim tristeza pelo fim da relação, se estivesse infartando não seria síndrome do pânico, assim por diante, mas nem por isso a pessoa que está passando consegue enxergar dessa forma, para ele nessa fase o problema existe e é muito real, cabe a nós parceiros dar o apoio, ser o porto seguro, que ele precisa, sem julgamento, garanto que só de estar ali do lado, fará toda a diferença para ele superar.

Uma coisa muito importante também é ver o seu parceiro, como homem inteiro, que merece o respeito como qualquer outro, é sim a figura masculina na relação, que vai te proteger, cuidar de você e ser a “fortaleza”, a mulher tem que ser a companheira, estar ao lado na relação, lembrar que não é enfermeira, muito menos a mãe, lógico que sempre cabe a preocupação e a atenção, mas sem exageros sem tratar o seu homem com mimos e regalias demais, superproteção não é bom a ninguém, permita e dê o espaço necessário para que ele possa fazer tudo aquilo que seja capaz e ir além, para estar sempre se superando, o estímulo, a motivação, o apoio e a confiança da parceira, é o que ele precisa para cada vez ir mais longe, acredite ele é capaz.

O Amor que move o mundo, não são as pernas nem as rodas, mas sim o que carregamos no peito e oferecemos ao próximo da forma mais sincera, profunda, singela e sem querer absolutamente nada em troca, essa força que propulsiona a vida, a família as relações para frente, se ela estiver presente em suas vidas da forma mais pura e verdadeira te, sua relação será capaz de conquistar o mundo e realizar sonhos jamais imaginados.

Bom, essa é a minha experiência como andante profundamente apaixonada pelo meu cadeirante, posso não ser regra e nem exceção, lembramos que cada um é um ser único e por isso somos todos especiais.

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domingo, 16 de junho de 2019

Lei altera regras para prisão de gestantes ou pessoas com deficiência

Brasília – Lei publicada na edição desta quinta-feira, 20, no Diário Oficial da União (DOU) estabelece a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar da mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência. A lei também disciplina o regime de cumprimento de pena privativa de liberdade de condenadas na mesma situação.

A Lei nº 13.769 traz alterações ao Decreto-Lei nº 3.689/1941 (Código de Processo Penal), à Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) e à Lei nº 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos). Conforme a alteração, a prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar desde que ela não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça à pessoa – e não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

Será responsabilidade do Departamento Penitenciário Nacional acompanhar a execução da pena dessas pessoas, monitorando sua integração social e a ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante a realização de avaliações periódicas e de estatísticas criminais.


sábado, 15 de junho de 2019

 A educação e a inclusão: um retrato do país



Você sabia que a Secretaria de Educação Especial, do Ministério da Educação, tem uma cartilha que trata sobre o saber e práticas para a inclusão de pessoas com deficiência? Pois é. E esse material tem como premissa que todas as crianças são capazes de aprender. Não importando importa o grau de deficiência ou a sua severidade, absolutamente TODAS são consideradas capazes pela política de educação do país.

E quanto mais cedo são incluídas no mundo dos estudos, melhor. Isso porque, além do grau de comprometimento causado pela deficiência, a forma como cada deficiência afeta o aprendizado e o desenvolvimento da comunicação está associado aos estímulos que a pessoa recebeu ao longo da vida.

Se incluir é essencial para os deficientes múltiplos, um conceito importante é o da Educação Inclusiva. Ela tem como grande objetivo proporcionar maneiras de respeito e aprendizado mútuo para toda a sociedade em si. O resultados desse conceito mágico, quando aplicado com seriedade e comprometimento máximo nas instituições, é o desenvolvimento dos alunos com deficiências simultâneas. E o mais legal de tudo, é que não tem perdedor nessa história: os pais se sentem orgulhosos de verem e participarem da evolução de seus filhos e os profissionais ficam satisfeitos em mudar vidas.

Mas para chegar a um resultado satisfatório, algumas etapas devem ser seguidas. Para a inclusão de pessoas com deficiência, como poderá ser visto noscursos a distância, é necessário um acompanhamento multidisciplinar, que envolva ações integradas entre educação, saúde e família.

O professor tem um papel importante nesse processo de desenvolvimento. Ele deve estar atento às limitações e necessidades de cada criança para garantir sua participação nas atividades escolares. Não basta a criança com deficiência múltipla estar na escola, ela precisa participar.

A criança com deficiência pode estudar tanto em escolas especiais como em escolas do sistema regular de ensino. Porém, o artigo Deficiência múltipla: formação de professores e processos de ensino-aprendizagem, publicado em 2015, mostra para a inclusão ocorrer de forma plena ainda são necessárias algumas modificações tanto de atitude, quanto da estrutura dos centros de educação infantil.

Em relação à acessibilidade para deficientes nas instituições, foi constato no artigo científico a necessidade de mobiliários adaptados para execução de atividades e recursos tecnológicos que favoreçam a interação, a comunicação e a aprendizagem. Também foi identificada a necessidade de formação inicial e continuada do docente para fundamentar a prática pedagógica dos alunos com deficiência.

Por isso, estamos batendo sempre na tecla desde o início deste texto: os cursos EAD são importantes ferramentas de qualificação. O Enfoque Capacitaçãooferece oportunidade para isso Um dos cursos a distância é específico sobre o tema: o curso online Deficiências Múltiplas. Assim, com os cursos online com certificado será possível se aperfeiçoar para ser um agente promotor de uma educação mais inclusiva.


domingo, 9 de junho de 2019

como lidar com crise crianças Autistas

Muitas vezes, as pessoas autistas podem ter colapsos, desligamentos ou ataques de nervos se ficarem chateadas ou sobrecarregadas. Se você estiver com elas, é importante saber o que fazer para acalmá-las.

Se a pessoa for comunicativa, pergunte-lhe o que está incomodando. Se for um anúncio publicitário na televisão ou um ruído alto, leve-a para longe da área (para algum lugar tranquilo).
Durante uma sobrecarga sensorial grave, as pessoas normais podem perder repentinamente a capacidade de falar. Isso ocorre devido a uma forte super-estimulação e passa com o tempo de relaxamento. Se alguém perdeu a capacidade de falar, faça apenas perguntas de sim e não que eles possam responder com gestos com a cabeça.
Desligue qualquer televisão, música etc. e evite o uso de toque leve. Muitas vezes, as pessoas autistas têm problemas com coisas sensoriais. Elas ouvem, sentem e veem as coisas muito mais intensamente do que os outros. É como se o volume para tudo tivesse sido aumentado.

Desligue qualquer televisão, música etc. e evite o uso de toque leve. Muitas vezes, as pessoas autistas têm problemas com coisas sensoriais. Elas ouvem, sentem e veem as coisas muito mais intensamente do que os outros. É como se o volume para tudo tivesse sido aumentado.

Ofereça uma massagem. Muitos autistas são beneficiados pelas massagens terapêuticas. Coloque-os em uma posição confortável, aperte delicadamente suas têmporas, massageie os ombros, esfregue as costas ou os pés. Mantenha seus movimentos suaves, relaxantes e cuidadosos.

Não tente evitar os movimentos repetitivos. Esses movimentos são mecanismos calmantes para os autistas. Alguns exemplos incluem: agitar as mãos, estalar os dedos e balançar o corpo para frente e para trás. Esses movimentos repetitivos podem ajudar a prevenir ou reduzir os sintomas de colapso. No entanto, se a pessoa estiver machucando a si mesma (por exemplo, batendo os punhos sobre as coisas, batendo a cabeça contra a parede, etc.), faça o seu melhor para fazê-la parar com isso. A distração é preferível sobre a restrição, uma vez que é menos provável de machucar o outro.

Ofereça-se para aplicar uma leve pressão sobre o corpo da pessoa. Se ela estiver sentada, fique atrás dela e cruze os braços sobre o peito dela. Coloque sua cabeça ao lado da dela e encoste suas bochechas. Aperte a pessoa com força, perguntando se ela quer que você aperte com mais ou menos força. O nome disso é pressão profunda, e deve ajudar ela a se sentir melhor.

sábado, 8 de junho de 2019

como carregar um Cadeirante ?

COMO CARREGAR UM CADEIRANTE?

Ri demais de um texto, que li no Blog do Cadeirante, onde ele explicava sobre as principais diferenças entre o cadeirante fêmea e o cadeirante macho. Mesmo estando sob a mesma condição de cadeirante, homens e mulheres possuem suas particularidades. Nunca devemos nos esquecer disso! Por exemplo, o que fazer quando é preciso carregar um cadeirante? Existem algumas formas de se fazer isso. A minha preferida é ser carregada no estilo noiva. Aí entra a vantagem de ser mulher e pesar menos de 50 kg.

Sempre encontro algum homem disposto a me carregar. Nesse tipo de carregamento, apenas uma pessoa entra em contato físico com a gente. Felizmente, são raros os casos em que o ajudante engraçadinho resolve tirar uma casquinha! Mas quando se trata de um cadeirante, nem sempre é viável esse carregamento.

Certa vez, estava indo a um barzinho com minha irmã caçula e prima. Quando ia sair do carro, apareceu um homem lindo e ofereceu ajuda pra me tirar do carro. Minha prima, na mesma hora, dispensou o garoto. Eu reclamei e disse que era maldade dispensar um gatinho! Ela me respondeu dizendo que havia dispensado o menino porque eu estava de vestido.

Nem tinha me lembrado disso! Mas, depois disso, criei uma senha. Sempre que falo a palavra mágica, a ajuda acontece. Assim, nunca mais tivemos problemas de comunicação.

Por falar em vestido, quando forem ajudar uma cadeirante, sempre se lembrem desse detalhe! É preciso carregá-la com modos de forma a evitar que faça um strip público e gratuito. Nem sempre saímos de casa com a melhor das lingeries! Cansei de fazer exposição da minha figura por causa da incompatibilidade entre usar vestidos e ser carregada. Atualmente, procuro me prevenir usando um shortinho, meia calça ou uma calcinha bem fashion.

Carregar uma cadeirante de vestido não é nenhum bicho de sete cabeças. Basta se lembrar de prender o vestido junto com as pernas. Uma coisa que já reparei é que alguns homens ficam sem graça de ajudar quando a mulher está com as pernas à mostra. Muitos já me falaram que não iriam me oferecer ajuda, pois ficariam chateados se sua filha, mãe, irmã ou mulher fosse carregada por um desconhecido, sabendo que este encostaria nas suas pernas.

Pelo sim, pelo não, já que preciso sempre de ajuda para realizar minhas transferências, tenho evitado usar vestidos para ir trabalhar. Assim não deixo os bombeiros que me carregam sem graça e nem corro o risco de fazer um strip no banco.

A segunda forma que mais me agrada nos carregamentos é aquela em que uma pessoa segura meu tronco e outra carrega minhas pernas. Essa é a forma mais indicada para se carregar uma pessoa. No Sarah, eles sempre recomendam isso, pois, nesse caso, a coluna dos ajudantes ficará menos comprometida.

Um inconveniente que vejo nessa opção é que algumas pessoas se esquecem que nós, mulheres, temos o peito sensível. Já cansei de ter meus seios amassados. Quando se está de TPM então… dá pra ver estrelas. Na primeira vez em que fui ao salão de beleza que frequento hoje, quase chorei de tanto rir do meu cabeleireiro.

Quando foi me carregar dessa forma, eu comecei a escorregar e ele teve que me laçar pelo peito pra que não caíssemos. Ele morreu de vergonha. Falou que eu nunca mais voltaria ao salão após ter sido assediada por ele. É claro que, em alguns casos, esse tipo de amasso acontece e é inevitável. Mas, quando forem ajudar alguma cadeirante, lembrem-se desse detalhe!

Outra forma de se carregar um cadeirante, também com a ajuda de duas pessoas, é a seguinte: cada pessoa carrega um lado do corpo. Por exemplo, o cadeirante passa um braço no pescoço de cada ajudante. O ajudante da esquerda carrega a perna esquerda do cadeirante e, a outra pessoa, a perna direita.

Nesse caso, é preciso sincronismo entre os ajudantes. Caso contrário, problemas à vista. Já passei por situações engraçadas e vexatórias com esse tipo de carregamento. Num dia, por exemplo, ao descer de uma van, estava com as pernas tão abertas que parecia estar em trabalho de parto ou fazendo exame ginecológico.

Não sou muito a favor de receitas. Pra mim, a melhor opção é sempre perguntar. Em caso de dúvida ou medo, nada melhor do que perguntar ao cadeirante qual a melhor maneira de ajudá-lo. Assim, evitamos ajudas atrapalhadas e situações que possam deixar alguém envergonhado.

Vale lembrar que os cadeirantes se dividem em paraplégicos e tetraplégicos. Normalmente, os paraplégicos possuem muita força nos braços e conseguem realizar suas transferências de forma independente ou com pouca ajuda. As dicas de hoje valem mais para um tetraplégico.


domingo, 2 de junho de 2019

O Amor de um Filho

Na praça Pantaneira, em Campo Grande, ao lado da estátua de um tamanduá bandeira, Jocelino Aparecido segura a mão de Pedro Miguel, que já havia se empoleirado em cima da réplica do bicho, e pergunta:

- Cadê a cabeça dele?

- Está aqui, respondeu o menino, guiando-o à parte inferior da escultura.

- Tem a cabeça baixa, né?

- É que ele está pegando formigas, respondeu o garoto.

- Humm... Agora me leva para tirar foto em outro lugar.

Após alguns passos, Pedro pára em frente à outra obra construída na mesma praça, resolve subir em cima dela e, guiando Jocelino, avisa:

Olha o jacaré!

- É a orelha dele?, questionou o pai, ao tocar no objeto.

- Não. É o olho.

O diálogo inocente, entre pai e filho, deixa em evidência a principal diferença entre eles: a visão. Desde que nasceu, há 5 anos, Pedro Miguel Ortiz, se tornou os olhos dos pais, que são cegos.

Mãe do garoto, a pedagoga Eva Aparecida Ortiz, de 40 anos, nunca enxergou por conta da catarata congenita. Já o pai, o auxiliar de radiologia Jocelino Aparecido Martins, de 41 anos, perdeu a visão em decorrência de uma atrofia no nervo óptico.

A vida, para eles, sempre foi decidida no tato, olfato, audição e paladar. Com o nascimento de Pedro, após 7 anos de tentativas, o 5º sentido não voltou, mas a rotina mudou bastante, não pela limitação física, mas pelos cuidados que toda criança requer.

Para quem enxerga, explicou Eva Aparecida, é praticamente impossível acreditar que um casal de cegos possa ter filhos, mas a maternidade, para ela, foi algo natural.

“Já tinha feito aulas de AVD [Atividades da Vida Diária]”, disse, acrescentando que o curso, ministrado no Ismac (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florisvaldo Vargas), ajudou na lida com o filho recém-nascido.

Para cuidar de Pedro Miguel, os “truques” foram indispensáveis. São dicas que vão desde os cuidados com a higiene à aplicação dosagens de medicamentos.

“A gente aprende alguns segredinhos. Para saber se a fralda está com xixi eu apertava. Quando o choro era intenso eu percebia que era de dor, mas isso é com todo bebê. Para dar remédios a gente pinga no copo para ouvir o barulho”, exemplificou.

Jocelino concorda com a esposa e diz, sem medo de errar, que a paternidade, para ele, também foi um processo natural. O máximo que precisou foi da ajuda da sogra, apenas por alguns dias, como acontece com a maioria dos casais.

Hoje, o auxiliar de radiologia e a esposa cuidam sozinhos de Pedro Miguel. O menino, que estuda em uma escola particular no centro Campo Grande, sabe que os pais não enxergam, mas a deficiência se tornou apenas um detalhe, que não atrapalha em nada o relacionamento familiar. Um detalhe que ele sempre está explicando aos coleguinhas.

“Alguns falam assim: ‘como eles tomam banho?’ Eu falei: ‘Eles sabem’. ‘Mas e como eles se ensaboam’? ‘Ah... Isso eu não sei’”, contou.

Alguns falam assim: ‘como eles tomam banho?’ Eu falei: ‘Eles sabem’. ‘Mas e como eles se ensaboam’? ‘Ah... Isso eu não sei’”, contou.

As travessuras do menino, que vive mostrando a língua e fazendo caretas para quem encontra na rua, tiram os pais do sério, mas ao mesmo tempo acabam aguçando a curiosidade deles, que nunca viram a luz do sol.

“Eu percebi, depois que tive ele, que o visual conta muito. Nas ruas ele contagia as pessoas. O verdadeiro contato visual eu fui ter com ele. Fiquei fascinada. Meu Deus! Essa visão é muito importante”, disse a mãe.

Pedro Miguel, aos 5 anos, é quem guia a pedagoga e o auxiliar de radiologia por todos os cantos da cidade. Quando sobe no ônibus e vê alguém sentando nos bancos reservados, trata logo de dizer que os lugares são de Eva e Jocenildo.

Na hora de atravessar a rua, o menino, mesmo levado, presta atenção no movimento dos carros. Não foi preciso dizer muita coisa para que ele entendesse que os pais eram deficientes visuais, mas nem por isso Pedro arrisca desobedecer as ordens dos dois.

“Às vezes ele pergunta: a senhora vê? ‘Não, eu não vejo, mas os meus olhos estão nos ouvidos, nas mãos”, comentou a mãe.


Apesar da disciplina rígida, comum entre pais cegos, Jocenildo e Eva tomam cuidado para não sobrecarregar o garoto. Antes, se caia alguma coisa em casa, era ele quem pegava. Hoje, isso já não acontece.

“Não quero que nossa deficiência seja um fardo para ele”, justificou Eva, ao comentar que a sociedade cobra mais de pais cegos.

Jocenildo e esposa nunca viram o rosto do filho, mas imaginam, pelo contato, como é o garoto. “Eu imagino que ele não é tão gordo e tem o rosto semelhante ao meu, mas é mais moreno. Ele é muito fofo, bochechudinho”, descreveu a pedagoga.

Jocenildo, que é mais calado, também imagina que Pedro Miguel não seja “tão gordo”, mas é cheinho. “Ele ta ficando bem altinho. O cabelo e liso porque eu sempre toco”, disse.

Para Eva, a gestação foi um sonho realizado. Para Jocenildo, o nascimento do único filho representa uma conquista. “Ele preenche o vazio que a gente tinha”, disse.


sábado, 1 de junho de 2019

Brinquedos para Criança com Deficiência

Na última sexta-feira (24), uma iniciativa de inclusão foi implantada na Beira-Mar Norte, em Florianópolis. Com o kit de quatro brinquedos adaptados para crianças deficientes, agora elas têm mais chance e espaço para brincar onde nem sempre era possível. As informações são da NSC TV.

Em entrevista à reportagem, Everton, pai de Tales, diz que este novo projeto itinerante da Prefeitura de Florianópolis é uma iniciativa muito importante.

Tales ficará mais ativo. Ele só fica parado, na cadeira de rodas — comenta o pai.

Gabriela é outra criança que teve a experiência no balanço adaptado enquanto os pais a embalavam. Dona Vera, mãe da Gabi, relata que a filha nunca tinha brincado nestes brinquedos, pois não há nada assim na cidade.

É uma grande oportunidade para eles poderem brincar, interagir com outras crianças e se divertir. É um primeiro grande passo. Precisamos de brinquedos assim para ter em todas as creches, escolas e bairros, pois as crianças especiais também precisam e têm o direito de se divertir como qualquer criança — conclui.

Assim como Everton e Vera, Taís, mãe de Higor, também se mostra satisfeita com a iniciativa. Enquanto o filho brinca no skate adaptado, sorrindo, ela diz:

É muito legal! Quando que o Higor ia poder andar de skate?! Ele não tem sustentação nas pernas.

Prefeitura pretende trazer mais equipamentos

Segundo Alexandre, coordenador de políticas públicas para pessoas com deficiência da Capital, a intenção da Prefeitura de Florianópolis é começar com este kit itinerante e deixá-lo na Beira-Mar Norte em alguns fins de semana. Durante a semana o kit pode ser emprestado para escolas, assim como para associações.

— A prefeitura já está fazendo um levantamento de qual é a necessidade destes equipamentos. Porque eles são móveis, então não podem ficar parados, ociosos — relata o coordenador.

A novidade não é exclusiva para crianças com deficiência, podendo ser compartilhada e utilizada em conjunto, promovendo a inclusão de pessoas com e sem deficiência física.