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sábado, 2 de maio de 2020

Como usar a máscara corretamente

Os erros mais comuns no uso de máscaras para se proteger do coronavírus – e como usar corretamente

Uso inadequado da máscara pode aumentar risco de infecção. Cobrir completamente a boca e o nariz é essencial para a proteção.

O Ministério da Saúde passou a recomendar, no início de abril, o uso de máscaras para diminuir o risco de contaminação pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Podem ser as de tecido, costuradas em casa, ou as descartáveis. Já as cirúrgicas, em falta nos hospitais, devem ficar restritas a médicos e profissionais de enfermagem.

É importante que todos usem a máscara da forma correta:cobrindo completamente o nariz e a boca, sem vãos laterais.Segundo infectologistas ouvidos pelo G1, manusear ou descartar o equipamento da forma errada pode aumentar o risco de contaminação.

Abaixo, entenda quais são os cuidados necessários:

A máscara funciona como uma barreira: quem já estiver contaminado não vai espalhar gotículas com o vírus ao falar, tossir ou espirrar, por exemplo. E aqueles que estiverem saudáveis também terão uma proteção no rosto para que as mucosas da boca e do nariz não entrem em contato com partículas contaminadas.

Em resumo, portanto, a função da máscara é cobrir as “portas de entrada e de saída” do vírus no organismo. Daí vem a importância de jamais deixar os lábios e as narinas expostos.

Para que a proteção seja efetiva, o ideal é que a máscara cubra o nariz inteiro e desça até o queixo, de modo que não sejam formados vãos por onde gotículas possam entrar. O equipamento não vai se mover pelo rosto -- vai moldar-se a ele.

“Quem usa óculos sabe que é incômodo, porque as lentes embaçam. Mas não tem jeito. Se descermos o tecido para o meio do nariz, a fixação não vai ser perfeita”, afirma Celso Granato, infectologista e diretor clínico do Grupo Fleury.

Ele menciona que alguns modelos têm um arame flexível por dentro, que deve ficar abaixo da região entre as sobrancelhas. É mais uma forma de moldar a máscara ao rosto.

No caso das máscaras de tecido, artesãos costumam perguntar se elas serão usadas por adultos ou crianças, justamente para fabricá-las no tamanho adequado.

Mesmo assim, é possível que o equipamento fique largo nas laterais do rosto. O infectologista Jean Gorinchteyn, do Hospital Emílio Ribas, recomenda que seja feito um nó nos elásticos ou na cordinha.

“A vedação precisa ficar completa. Mas é importante que o ajuste seja feito ainda em casa, com as mãos limpas. Não adianta fazer a adaptação no transporte público. Além de a pessoa ficar exposta ao vírus enquanto mexe na máscara, vai manuseá-la sem a higienização correta”, diz.

Para tirar a máscara por pouco tempo - ao beber água, por exemplo -, não a puxe para o queixo. Primeiramente, porque, ao fazer isso, você terá de encostar na parte do tecido, que pode estar contaminada. O ideal é só tocar nas cordinhas ou no elástico.

Além disso, há o risco de a máscara se inverter, ao ser tirada do queixo e posicionada novamente no rosto. “A parte externa, que talvez esteja com o vírus, pode virar para dentro e ficar em contato com a pele, justamente na área das mucosas. Ocorreria a contaminação”, explica Jean.

Quando for fazer uma pausa para a refeição, por exemplo,jamais coloque a máscara sobre a mesa: a superfície pode estar contaminada. “Ainda mais em ambientes de uso comum, como cafeterias das empresas, há o risco de contágio. O ideal é guardar a máscara em um saquinho limpo”, explica Granato.

Caso seja um intervalo rápido, tire a máscara de trás para frente, tocando apenas nos elásticos, e segure-a (sempre evitando encostar na parte do tecido). Depois, recoloque-a, também pelos elásticos.


sábado, 25 de abril de 2020

que posição o Brasil está sobre segurança mundial 2020

Pandemia ameaça segurança e paz globais, diz chefe da ONU

Conselho de Segurança se reúne pela primeira vez para discutir crise do coronavírus. Guterres pede unidade entre países e diz que Nações Unidas enfrentam seu teste mais grave em 75 anos. "É a luta de uma geração."

secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, alertou que a pandemia de coronavírus representa uma ameaça para a segurança e a paz internacionais, e pediu aos países-membros do Conselho de Segurança da ONU que se unam no combate à crise.

A declaração foi feita nesta quinta-feira (09/04), quando o órgão internacional se reuniu pela primeira vez para discutir a pandemia que já deixou mais de 1,6 milhão de infectados no mundo todo, segundo números oficiais, além de quase 100 mil mortos.

A reunião virtual foi liderada pela Alemanha e ocorreu após nove dos dez membros não permanentes do conselho terem solicitado uma conferência para debater a inação do órgão.

O Conselho de Segurança, que vinha se mantendo em silêncio desde o início do surto em dezembro, é encarregado de manter a paz e a segurança internacionais, mas seus Estados-membros discordam sobre de que forma isso deve ser feito quando se trata da crise da covid-19.

Durante a reunião nesta quinta-feira, Guterres pediu unidade entre os países que compõem o grupo, afirmando que esse engajamento do conselho será "crítico para mitigar as consequências da pandemia de covid-19 na paz e na segurança" globais.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres

"A pandemia também representa uma ameaça significativa para a manutenção da paz e segurança internacionais, potencialmente levando a um aumento da agitação social e da violência que prejudicaria muito nossa capacidade de combater a doença", alertou. "Para vencermos a pandemia hoje, precisamos trabalhar juntos. Isso significa mais solidariedade."

Segundo Guterres, a ONU passa "por seu teste mais grave" desde que foi fundada, há 75 anos. "Esta é a luta de uma geração – e a razão de existir das próprias Nações Unidas."

O secretário-geral, que em março pedira um cessar-fogo em todos os conflitos globais, advertiu ainda que a crise já "prejudicou esforços internacionais, regionais e nacionais de resolução de conflitos, exatamente quando eles são mais necessários".

Guterres mencionou outros riscos alarmantes da pandemia à segurança global, como a possibilidade de novos ataques terroristas, erosão da confiança nas instituições públicas, instabilidade econômica e tensões políticas geradas por adiamento de eleições.

Ao fim da reunião, o Conselho de Segurança emitiu um comunicado expressando "apoio a todos os esforços do secretário-geral em relação ao possível impacto da pandemia de covid-19 em países afetados por conflitos" e destacando "a necessidade de unidade e solidariedade com todos os afetados" pela crise.

Os membros do órgão se reuniram após semanas de desentendimentos. Diplomatas afirmaram que a entidade vinha bloqueando a emissão de um comunicado ou a adoção de uma resolução devido à insistência dos Estados Unidos de que a origem do vírus na China ou em Wuhan deveria ser incluída no documento, enquanto Pequim contestava isso.

Segundo o embaixador belga na ONU, Marc Pecsteen de Buytswerve, essa questão não foi mencionada na reunião desta quinta-feira.

Embora o encontro por videoconferência tenha sido a portas fechadas, vários embaixadores participantes divulgaram trechos de suas declarações no Twitter ou a jornalistas.

Enquanto a Alemanha descreveu a pandemia como uma "questão internacional de paz e segurança internacionais", vários outros países, como China, Rússia e África do Sul, defenderam que questões de saúde não fazem parte do escopo do Conselho de Segurança.

EK/afp/ap/efe/ots


sábado, 18 de abril de 2020

Por que jovens fazem trabalho VOLUNTÁRIO

Existem muitos motivos que levam uma pessoa a fazer trabalho voluntário, pode ser a simples vontade de fazer a diferença ou o fato de se compadecer com o próximo.

Entre os jovens não é diferente. Mas temos ainda a vantagem de que cada vez mais eles têm sentido essa vontade de mudar o mundo. E com toda a sua juventude e energia, ninguém melhor para ser incentivado a fazer parte deste trabalho tão importante e gratificante.

Para fazer com que essa energia seja gasta de forma compensativa, não há nada melhor do que incentivá-los a realizar trabalhos voluntários. Esta é definitivamente a melhor maneira de se trabalhar de forma positiva as mentes dos nossos futuros profissionais e líderes.

Sem contar que dessa maneira eles podem descobrir novas maneiras de impactar e mudar a situação a sua volta. O que fará com que a sua vontade sempre esteja ligada as necessidades sociais.

Um olhar jovem é capaz de trazer diversas visões, juntamente, com soluções a partir do momento que essa se torna crítica em relação a realidade a sua volta.

O voluntariado jovem

Ao se tornarem voluntários eles precisam entender que esta não será uma função chata ou triste. Mas sim uma experiência única de prazer e gratificação. Ele irá doar seu tempo de forma sábia e irá expor suas melhores qualidades e talentos em prol de um bem maior.

Essa relação será uma grande experiência, uma troca de contato humano e com as mais diversas personalidades no convívio do dia a dia. Sem contar a satisfação em se sentir tão útil em um ambiente.

Pessoas voluntárias são criativas e proativas. Qualidades essas que pessoas com menos idade tem de sobra. Para se voluntariar não é preciso esperar por processos demorados e burocráticos. Basta ter vontade arregaçar as mangas e mandar ver!

Trabalhar em grupo é fundamental para muitas atividades, e com o voluntariado não é diferente. Como os jovens estão sempre em busca de novas amizades, esse seria um momento perfeito para se criar esses novos vínculos. Além de fazer novos amigos, essas novas relações seriam entre pessoas que tem o mesmo objetivo.


Trabalho Voluntário- Seja um

Este tipo de trabalho tem se tornado um fenômeno que está atingindo a esfera global. Isso é importante para diversas áreas da vida, tanto para voluntários como para as pessoas que dependem dessa ajuda. Quanto mais pessoas envolvidas neste trabalho, mais conseguiremos transformar essa realidade tão dura e cruel.

E por fim, porque não os incentivar com o fato de que trabalho voluntário conta muitos pontos positivos em sua vida profissional e escolar? Sim! Jovens que realizam trabalhos voluntários, podem conseguir empregos remunerados com mais facilidade.

É mesmo muito bom. Os jovens são pessoas que precisam descobrir o mundo! E que maneira melhor do que tentando transformar o espaço a sua volta?


sábado, 11 de abril de 2020

Esportes Adaptadas, faz bem

Após a Segunda Guerra Mundial, a atividade física passou a fazer parte da reabilitação de soldados que voltavam a seus países com mutilações e deficiências. E só trouxe benefícios: além de prevenir o aparecimento de doenças, agregou ganhos sociais e psicológicos
O esporte adaptado, ou seja, a prática de uma atividade esportiva adaptada para pessoas com deficiência ‒ por exemplo, basquete em cadeira de rodas ‒, mostrou-se um eficiente instrumento de reabilitação e promoção de saúde desde o fim da Segunda Guerra Mundial, quando os soldados voltavam para seus lares com mutilações e deficiências.

O fato é que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática regular de exercícios ‒ cerca de 30 minutos, três ou quatro vezes por semana ‒ contribui para a melhora de qualidade de vida de qualquer pessoa: aumenta a resistência, mantém o peso saudável e previne doenças. E, para a pessoa com deficiência, é ainda mais importante por ajudar a evitar o aparecimento de problemas secundários, como obesidade, e controlar distúrbios crônicos já instalados, como hipertensão, diabetes tipo 2, dislipidemia (colesterol ou triglicérides altos) e cardiopatias. "A atividade física pode impactar na menor necessidade de medicamentos e internações”, diz Ciro Winckler, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador técnico de atletismo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Outro ganho é o desenvolvimento e o aperfeiçoamento de habilidades para quem convive diariamente com limitações. O indivíduo que tem paralisia cerebral, por exemplo, sofre com falta de equilíbrio; o deficiente visual tem dificuldade de orientação espacial. As diversas modalidades de exercícios ajudam a trabalhar força, coordenação, flexibilidade, equilíbrio, agilidade e coordenação motora. "Esse conjunto contribui para que a pessoa seja mais independente e tenha mais autonomia no dia a dia", diz o treinador Mário Mello, representante da Achilles International no Brasil, organização sem fins lucrativos que tem como objetivo motivar atletas amadores com deficiência a praticar esportes.


Para Winckler, no entanto, um dos maiores benefícios do esporte na vida da pessoa com deficiência é tirá-la de casa, ajudando a estabelecer novos vínculos e a traçar novos objetivos. "Familiares, médicos, fisioterapeutas devem estimular. Mas é preciso que ele tenha vontade e encontre uma modalidade de seu interesse", diz o professor.

O resgate da autoestima também é um ganho importante. "Muitos chegam tristes, achando que a vida acabou. E o esporte transforma! É uma excelente ferramenta para o indivíduo redescobrir seu valor, acreditar em suas possibilidades e melhorar sua autoestima", afirma Mello. E mais: o exercício ajuda a diminuir a ansiedade e a combater a depressão, graças ao aumento das doses de endorfina e serotonina ‒ neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer, bem-estar e de alívio da dor ‒ no organismo após o esforço.

Mesmo quem tem mobilidade muito reduzida pode se dedicar à prática esportiva. Existem diversas modalidades ‒ nos Jogos Paralímpicos, por exemplo, são 22 opções, praticadas por atletas com os mais variados graus de comprometimento. No entanto, é essencial que toda orientação seja feita por médicos, fisioterapeutas e educadores físicos aptos. Independentemente do desempenho, os benefícios físicos, psicológicos e sociais são garantidos.

Da depressão à ultramaratona




Há 19 anos, o metalúrgico Paulo de Almeida sofreu um grave acidente de trabalho. "Fui manobrar uma empilhadeira, que capotou e esmagou meu pé direito. No hospital, fui informado que teria de amputar a perna abaixo do joelho. A ficha demorou a cair", conta. Passou por cirurgias e sessões de fisioterapia e enfrentou momentos de angústia e depressão por não aceitar a amputação. Até que um dia, assistindo a um programa de esporte na televisão, viu um atleta competindo com prótese. "No dia seguinte, comecei a buscar informações. No início, não foi fácil, pois minha prótese machucava."

Mesmo sem equipamento adequado, começou a dar suas corridinhas ‒ antes do acidente, ele só jogava futebol com os amigos. Até tomou conhecimento de modelos importados, com tecnologia específica para o esporte, porém custavam caro. Assim, seguiu participando de corridas de rua ‒ inclusive uma maratona, que concluiu em quase seis horas. Mas, com a mídia divulgando seu feito, as coisas começaram a mudar. Em 2000, surgiu a oportunidade de fazer a Maratona de Nova York, convidado pela Achilles International, com direito a uma prótese específica para corrida. E cumpriu os 42 quilômetros na Big Apple em 3h28m, consagrando-se campeão em sua categoria.

Hoje, aos 50 anos, Almeida tem no currículo 50 maratonas internacionais, algumas competições de triatlo e ultramaratonas. "Minha maior conquista foi ter completado a Comrades, prova de 89 quilômetros na África do Sul. Como alguém vai chamar um deficiente de coitadinho se ele correu essa distância? Busquei a igualdade por meio do esporte e mostrei até onde se poder chegar mesmo sem parte do corpo", diz.


A professora Danielle Nobile, de Ribeirão Preto (SP), 30 anos, sempre foi apaixonada por esportes, especialmente corrida de rua. Em 22 de outubro de 2012, um acidente de carro mudou sua vida. "Fui olhar a hora no relógio de pulso e perdi o controle do carro. Capotei e bati na mureta de concreto que dividia as pistas. O resgate chegou rápido e o bombeiro perguntou se eu conseguia sair do veículo sozinha. Mas não consegui nem tirar o cinto de segurança. Achava que era só cansaço de tanto chacoalhar no capotamento, mas já estava tetraplégica", conta.

A jovem teve uma lesão medular na altura da C7, a sétima vértebra do pescoço. "Fiquei com todas as funções neurológicas e musculares e os movimentos comprometidos do pescoço para baixo. "Ela passou a morar com os pais e a depender deles para tudo. E trocou o esporte pela fisioterapia.

Três meses após o acidente, foi encaminhada ao Hospital Sarah, referência em reabilitação, em Brasília. Apesar de ter lesão alta e ser considerada tetraplégica, Danielle recuperou parte dos movimentos das mãos. "No hospital, aprendi como me tornar mais independente. E foi lá que um educador físico me colocou, pela primeira vez, em uma handbike (tipo de bicicleta pedalada com as mãos).".

A sensação de retomar a atividade física foi a melhor do mundo. "O esporte me salvou emocionalmente, não deixando a tristeza me pegar e não permitindo que me entregasse – eu tinha algo por que lutar", conta. Ela ressalta também os ganhos físicos. "Cadeirantes já têm problemas de intestino, de bexiga, de excesso de peso... E eu ia querer colesterol alto, hipertensão, diabetes? Claro que não! Por isso, decidi me cuidar.".

Esgrima, atletismo de campo (arremesso de peso, lançamento de dardo e de disco), natação e até vela foram algumas das atividades que experimentou. "Mas gosto mesmo de triatlo e corrida de rua. Sou campeã brasileira de paratriatlo 2015 e acabei de completar minha primeira maratona, em Porto Alegre", conta Danielle, que hoje é paratleta.


sábado, 4 de abril de 2020

FILMES SOBRE DEFICIENTES

DescriçãoA adolescente Bethany Hamilton tem um talento natural para o surf e transforma sua vida após perder seu braço devido a um ataque de tubarão. Encorajada pelo amor de seus pais e recusando desistir, Bethany volta ao mundo das competições quando se recupera do acidente, mas dúvidas sobre seu futuro a perturbam.

DescriçãoO casal Roberto e Cláudia aguardam a chegada de seu primeiro bebê. A notícia de que seu filho seria portador de Síndrome de Down faz Roberto, que é escritor, ter dificuldades com a paternidade.

DescriçãoApós ser diagnosticado com poliomelite, o jovem Robin fica confinado a uma cama. Contrariando a opinião dos médicos, ele e sua esposa decidem viver uma história de amor e aproveitar cada momento como se fosse o último.

DescriçãoUm milionário tetraplégico contrata um homem da periferia para ser o seu acompanhante, apesar de sua aparente falta de preparo. No entanto, a relação que antes era profissional cresce e vira uma amizade que mudará a vida dos dois.

A jovem e peculiar Louisa "Lou" Clark transita de emprego a emprego para ajudar a sustentar sua família. Entretanto, sua atitude alegre é testada quando se torna cuidadora de Will Traynor.

DescriçãoAuggie Pullman é um garoto que nasceu com uma deformidade facial, o que fez com que passasse por 27 cirurgias plásticas. Aos 10 anos, ele irá frequentar uma escola regular, como qualquer outra criança, pela primeira vez. No quinto ano, ele precisa se esforçar para conseguir se encaixar em sua nova realidade.


sábado, 28 de março de 2020

Aluno com autismo: Como vencer os desafios na escola


Vocês, quando em fase escolar, já passaram por algum desafio na sala de aula? Seja na superação de uma timidez, no aprendizado de uma matéria, entre outros; todos nós, um dia, enfrentamos um determinado obstáculo na vida estudantil, sobretudo na infância. Com as crianças e adolescentes que convivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) também é assim, mas com uma intensidade maior.

Quais fatores tornam essa experiência mais marcante para aluno com autismo?

É importante que se saiba o quanto a vida de quem vive comautismo pode ter muitas barreiras. Algumas características, por exemplo, costumam ser notadas nessas pessoas, embora o TEA não tenha uma fórmula única. Vejam quais são os fatores que influenciam no relacionamento do pequeno consigo mesmo, com o ambiente em que está e com seus colegas de classe:

Interação social comprometida;Comunicação que nem sempre apresenta efetividade;Estereotipias;Hipersensibilidade;Interesse profundo a um determinado assunto;

Imaginem agora o quanto pode ser difícil para essas crianças a adaptação em um espaço como a sala de aula. Portanto, torna-se mais que necessária a busca por estratégias que visem ao desenvolvimento de habilidades desses alunos.

Qual a primeira coisa deve ser feita para proporcionar o bem-estar da criança?

O que é primordial nesse processo é estabelecer uma comunicação entre os pais e os professores, considerando que nesse estágio o acompanhamento médico já deva ter sido feito. Somente com a orientação de um especialista é que a relação família-escola ganha fundamentos para a promoção de uma ligação eficaz entre essas partes. Há que se ressaltar que a visita aos médicos deve ser rotineira.

Conhecendo e adaptando a escola ao pequeno

Os responsáveis pelo aluno podem e devem levá-lo antes do início das aulas ao prédio da instituição para que a criança tenha oportunidade de se familiarizar gradualmente ao espaço em questão.

O próximo passo é adaptar as instalações para que o estudante se sinta menos distante e arredio. Confiram abaixo algumas dicas:

– sala de aula que não tenha muitos estímulos visuais;
– identificar os objetos e as tarefas que mais despertem interesse ao pequeno;
– colocá-lo em um local que tenha o mínimo de ruídos externos (se possível).

Relação professor-aluno: estabelecendo a confiança

Conquistar o laço de confiança em uma criança com autismo é um desafio, mas é possível. O processo consiste no preparo que o educador tem, além dos relatos dos pais do estudante. Comece de forma sutil, mostre que você está ali para ajudá-lo em todos os desafios.

Um dos segredos para o sucesso nesse quesito é a comunicação utilizada. É aconselhável que o professor utilize uma linguagem que seja clara, objetiva e sem conotações. Pessoas com TEA não compreendem piadas e expressões de sentido figurado.

Em busca da autonomia

A utilização de materiais pedagógicos é uma ótima forma de proporcionar aos pequenos com autismo o desenvolvimento de sua coordenação motora. No entanto, é importante que uma equipe de especialistas esteja sempre por dentro do cotidiano do aluno.


sábado, 21 de março de 2020

Prevenção de doença COVID19

"Em geral, pessoas com doenças crônicas estão em maior risco por causa do comprometimento da resposta imune. A possibilidade da intensidade da replicação viral, acaba deflagrando uma lesão pulmonar que vai agravar o quadro do paciente", explica Luciana Costa, diretora adjunta do Instituto de Microbiologia da UFRJ e do Laboratório de Genética e Imunologia das Infecções Virais. Por isso é muito importante estar com a imunidade em dia e sempre usar álcool em gel ou lavar as mãos frequentemente. Abaixo, explicamos quais e por que alguns grupos de riscos estão mais vulneráveis à doença e como se prevenir.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Hipertensos Pacientes com problemas no coração estão mais expostos ao problema porque algumas substâncias que o órgão produz para combater a infecção podem deixar o coração mais fraco. Segundo Bruno Valdigem, do Instituto Dante Pazzanese e do hospital Vila Nova Star (Rede Dor/ São Luiz), o vírus ainda pode afetar o músculo cardíaco, caso o coração já esteja sobrecarregado, e causar inflamação no miocárdio. Além disso, aumenta o risco de arritmias e parada cardíaca. O especialista explica que o vírus usa o mesmo receptor que os remédios para hipertensão da classe inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensinogenio) para invadir as células, facilitando uma infecção mais grav... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Asmáticos A asma é uma doença que provoca deficiência respiratória e deixa os pulmões mais sensíveis, favorecendo o aumento da falta de ar e secreção nos pulmões. Segundo Renato Grinbaum, infectologista da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), o vírus aumenta os sintomas respiratórios, além de contribuir para o aumento de crises de asma. Por causa disso, o paciente fica extremamente debilitado e com mais sintomas do quadro respiratório.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Diabéticos O diabetes é um fator de risco para várias infecções. João Prats, infectologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que a doença mexe com o sistema de defesa do paciente e, por isso, ele fica mais suscetível a pegar coronavírus e desenvolver a covid-19.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Fumantes Os tabagistas já possuem a capacidade pulmonar prejudicada pela exposição a substâncias nocivas do cigarro, o que favorece o aumento de doenças pulmonares como enfisema pulmonar e bronquite crônica. Como o pulmão já está debilitado, as chances de desenvolver a covid-19 é bem maior do que uma pessoa que não fuma ou não possui doenças pulmonares.... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

Quais cuidados devo tomar? O principal é fazer um acompanhamento médico dessas doenças crônicas constantemente. No caso de hipertensos, o ideal é controlar a pressão arterial. Já os asmáticos, devem se atentar às crises respiratórias e verificar com que frequência elas surgem. "Se um paciente tem asma, mas não tem crise há uns cinco anos, não precisa se preocupar", afirma Grinbaum. Os especialistas também recomendam estar com as vacinas em dia. Caso a pessoa não tenha tomado a vacina contra influenza/gripe, o ideal é procurar um posto ou rede privada para se vacinar. Em pacientes que sofrem com asma ou outros problemas respiratórios, é aconselhado tomar a vacina pneumocócica, que... - Veja mais em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/12/qual-o-grupo-de-risco-do-coronavirus.htm?cmpid=copiaecola

quarta-feira, 18 de março de 2020

Em nota oficial de governo de São Paulo

NOTA OFICIAL DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SOBRE O CONVID19 LEIA COM ATENÇÃO: O Governo do Estado de São Paulo acaba de fazer uma coletiva transmitida pela TV Cultura e faz uma mudança drástica no estado pelo caso do Coronavírus veja quais são : A partir de agora estão suspensas aulas em todas as escolas Publicas e faculdades publicas, foi pedido ás escolas particulares, Faculdades particulares para que fechassem também. Foi determinado para que todos os Shoppings, Cinemas, teatros e casa de shows para que fossem fechado e grandes eventos cancelados a partir de hoje. Foi determinado todos os Funcionários públicos acima de 60 anos para que trabalhem em casa. Todos exames de mama que é aquela carreta que vai a todos municípios contra o câncer de mama foram cancelados. Pode durar até 5 meses essa epidemia e os próprios médicos da coletiva já deixaram registrado que vai ter perdas sim, mas já estão fazendo isso para que diminua o numero de mortes. Foi deliberado para que igrejas suspendam cultos e missas. Estão sendo contratado médicos e alongando os horários de funcionamento dos postos de Saúde em todas as cidades, inclusive a suspensão de férias na área da saúde. Se houver abuso de preço em partes dos produtos de higienização como álcool gel e máscara é para denunciar. Diminuição de transporte público. Proibição de auditórios na televisão. Proibido Viagens a não ser se for por extrema Urgência incluindo as internacionais, as fronteiras serão fechadas. A infecção pelo vírus Corona não causa um resfriado com o nariz pingando ou tosse com catarro, mas uma tosse seca: esta é a coisa mais fácil de se saber. O vírus não resiste ao calor e morre se exposto a temperaturas de 26 a 27 graus: portanto, consuma, frequentemente, bebidas quentes, como chá, chá de ervas e caldo durante o dia ou simplesmente água quente: líquidos quentes neutralizam o vírus e não é difícil de beber. Evite beber água gelada ou comer cubos de gelo ou neve para quem estiver nas montanhas principalmente crianças! Para quem pode fazê-lo, exponha-se ao sol:
1. A coroa do vírus é bastante grande (diâmetro de cerca de 400 a 500 nanômetros), portanto qualquer tipo de máscara pode detê-la: na vida normal, não são necessárias máscaras especiais.

Por outro lado, a situação é diferente para médicos e profissionais de saúde expostos a fortes cargas de vírus e que precisam usar equipamentos especiais.

Se uma pessoa infectada espirrar na sua frente, a três metros de distância, ela jogará o vírus no chão e impedirá que ele caia sobre você.

2. Quando o vírus é encontrado em superfícies metálicas, ele sobrevive por cerca de 12 horas. Portanto, quando tocar em superfícies metálicas, como puxadores, portas, eletrodomésticos, suportes em bondes, etc., lave bem as mãos e desinfecte-as cuidadosamente.

3. O vírus pode viver aninhado em roupas e tecidos por cerca de 6/12 horas. Detergentes normais podem matá-lo. Para roupas que não podem ser lavadas todos os dias, se você puder expô-las ao sol o vírus morrerá. Como se manifesta:

1. O vírus primeiro se instala na garganta, causando inflamação e sensação de garganta seca. Este sintoma pode durar 3/4 dias.

2. O vírus viaja através da umidade presente nas vias aéreas, desce para a traquéia e instala-se no pulmão, causando pneumonia. Esta etapa leva cerca de 5/6 dias.

3. A pneumonia ocorre com febre alta e dificuldade em respirar, não é acompanhada pelo frio clássico. Mas você pode ter a sensação de se afogar. Neste caso, entre em contato com seu médico imediatamente. Como você pode evitá-lo:

1. A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por contato direto, tocando tecidos ou materiais nos quais o vírus está presente: lavar as mãos com frequência é essencial. O vírus sobrevive apenas em suas mãos por cerca de dez minutos, mas em dez minutos muitas coisas podem acontecer: esfregar os olhos ou coçar o nariz, por exemplo, e permitir que o vírus entre na garganta. Portanto, para o seu próprio bem e para o bem dos outros, lave as mãos com muita frequência e desinfecte-as!

2. Você pode gargarejar com uma solução desinfetante que elimina ou minimiza a quantidade de vírus que pode entrar na sua garganta: ao fazê-lo, você o elimina antes que ele desça na traquéia e depois nos pulmões.

3. desinfete o teclado do PC e os telefones celulares.

O novo NCP do coronavírus pode não mostrar sinais de infecção por muitos dias, antes dos quais não se sabe se uma pessoa está infectada. Mas, quando você está com febre e/ou tosse e vai ao hospital, seus pulmões já estão com 50% de fibrose e é tarde demais!

Os especialistas de Taiwan sugerem fazer uma verificação simples que podemos fazer sozinhos todas as manhãs: respire fundo e prenda a respiração por mais de 10 segundos. Se você completá-la com sucesso, sem tossir, sem desconforto, uma sensação de opressão, etc., isto mostra que não há fibrose nos pulmões, indicando, essencialmente, nenhuma infecção. Em momentos tão críticos, faça essa verificação todas as manhãs em um ambiente com ar limpo! Estes são conselhos sérios e excelentes de médicos japoneses que tratam casos de COVID-19. Todos devem garantir que a boca e a garganta estejam úmidas, nunca SECA. Beba alguns goles de água pelo menos a cada 15 minutos. POR QUE? Mesmo que o vírus entre na sua boca, a água ou outros líquidos o varrerão pelo esôfago e pelo estômago. Uma vez no estômago, o ácido gástrico mata todo o vírus. Se você não beber água suficiente com mais regularidade, o vírus pode entrar em seus brônquios e pulmões, o que é muito perigoso.

Compartilhe estas informações com sua família, amigos e conhecidos, por solidariedade e senso cívico.

sexta-feira, 13 de março de 2020

As pessoas com deficiência tem segurança nas grandes cidades?

Uma luta muito importante é para dar qualidade de vida a pessoas com necessidades especiais. É sempre bom lembrar que ações simples como estudar, trabalhar e até mesmo andar pelas ruas não são fáceis para quem é surdo, cego ou depende de cadeira de rodas.
Ainda falta muito a conquistar nas cidades brasileiras.

A maioria das calçadas ainda não tem rampa de acesso. Por isso, a jornalista Aline Maziero precisa da ajuda da mãe. “A gente levou muito tombo em rampa mal feita, coisas mal estruturadas e mal planejadas para cadeirantes ou qualquer deficiente físico”, diz a jornalista Aline Maziero.

Eu teria dificuldade de entrar na loja, porque não tem corrimão. É uma coisa simples e de fácil instalação”, acrescenta o estudante Flávio Marques.

Poucas cidades têm o piso tátil, que ajuda a orientar os cegos. Mesmo onde existe o recurso, falta infraestrutura.

“Na pista onde estou, ela tem de estar com a calçada bem arrumadinha, porque tem lugares em que a calçada está tão quebrada que você confunde a pista com o quebrado. Quer dizer, você perde a referência e não tem aquela segurança”, afirma o aposentado Mauro Eder.

Silvana Aguirre nasceu surda. Por meio da intérprete da língua de sinais, ela diz quais dificuldades enfrenta todos os dias. “Você vai ao médico e não tem comunicação, você tem de levar a mãe ou alguém da família”, conta Suliane, que é coordenadora do centro de atendimento ao surdo.

Pela estimativa do IBGE, o Brasil tem 28 milhões de pessoas com deficiência. Uma lei federal de 2004 determina que todos os locais devem promover a facilidade de acesso para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

Uma escola estadual em Campo Grande (MS) tem três andares. Por causa do projeto arquitetônico do prédio, foi impossível construir rampas. O jeito foi colocar elevador para que os alunos tivessem acesso entre um andar e outro.

O estudante Flávio Marques não entende por que em muitos lugares a lei da acessibilidade ainda não é respeitada.

As pessoas precisam entender que estamos falando de violação de direitos. Quando eu violo o direito de alguém ou permito que isso aconteça, eu abro precedente para que violem outros direitos meus ou dos outros”, comenta Flávio.



sábado, 7 de março de 2020

Feliz dia das Mulheres

Aos seis meses de vida, eu Ivone de Oliveira, fui diagnosticada com poliomielite, popularmente conhecida como paralisia infantil.

O meu primeiro episódio de preconceito veio de onde menos se espera: da família e diretora da escola onde estudava, que se recusou a mudar a sala de aula para o térreo, fazendo com que abandonasse os estudos.

Apesar das dificuldades, me formei em contabilidade, sou uma mulher divertida, bem resolvida e a autora do blog “Gata de Rodas”. Acho que todo mundo deveria saber sobre a invisibilidade dos deficientes físicos, no mês da inclusão.

Amigos ótimos, mas exclusão na escola.

“Tive uma infância comum a qualquer criança. Fui muito moleca. Como não conhecia pessoas com deficiência, gostava mesmo era de brincar na rua. Empinar pipa fazia a minha alegria. As crianças me tratavam com a maior naturalidade. A cadeira era só mais um brinquedo curioso, diferente e divertido.

O primeiro episódio de preconceito enfrentei justamente nessa fase. Mas ele não veio de um coleguinha desavisado, veio de um adulto, a diretora da escola. Ela se recusou a transferir a turma para uma sala no térreo. Isso me rendeu um distanciamento absoluto dos estudos. Sem nenhuma alternativa, deixei a escola.

Só voltei quatro anos depois, quando a direção mudou. Fiz até a oitava série. Com tantas responsabilidades familiares, minha mãe já não podia mais me acompanhar no colegial. Só consigo movimentar uma das minhas mãos e precisava de um acompanhante.

Em 2007, cansada de me ver só em casa em meio ao artesanato que me distraia, tomei a decisão de começar o supletivo e tirar a carteira profissional. Na mesma época, ganhei meu primeiro computador. Para melhorar minhas habilidades motoras, passava horas papeando em bate-papos on-line. Segura da minha capacidade, me cadastrei em um site de ofertas de emprego e saí disparando currículo para tudo quanto era vaga.

As empresas não estão preparadas para nos receber

Logo veio a primeira dificuldade. A Lei de Cotas, que obriga as empresas privadas a preencherem entre 2% e 5% de seu quadro com funcionários portadores de algum tipo de portadores de algum tipo de deficiência, ainda não promoveu de fato um avanço. Foram seis entrevistas, que me renderam seis negativas. Todos estavam preparados para receber deficientes auditivos e visuais, nenhum cadeirante.

A acessibilidade é um direito nosso.
Quem a coloca em prática está respeitando a lei, não fazendo favor. Como não desisto fácil, segui para a minha sétima tentativa, uma vaga home office de telemarketing. Era tudo o que eu precisava. Há dez anos, trabalho de segunda a sexta, das 9h às 15h, da minha casa, com carteira assinada. Em um ano, minha vida mudo

Fiz ainda uma superamiga nas redes sociais, que foi ‘as minhas pernas’ durante quatro anos. Graças a essa ajuda, pude realizar o sonho de fazer faculdade. Entrei em 2008 no curso de ciências contáveis. Confesso que meu maior desejo era ser psicóloga, mas como cresci em uma família de contadores, decidi que essa seria também a minha profissão. Eu me formei aos 43 anos.

Fiz ainda uma superamiga nas redes sociais, que foi ‘as minhas pernas’ durante quatro anos. Graças a essa ajuda, pude realizar o sonho de fazer faculdade. Entrei em 2008 no curso de ciências contáveis. Confesso que meu maior desejo era ser psicóloga, mas como cresci em uma família de contadores, decidi que essa seria também a minha profissão. Eu me formei aos 43 anos.


O pior preconceito é o que vem de casa

Não me sinto limitada, posso tudo o que quero, mas nem sempre foi assim. Nunca vou esquecer do dia que ouvi do meu pai: “Por que você quer usar sapatos se não anda?”.Eu era adolescente e isso me marcou profundamente. Fique deprimida, revoltada. Ser era ele quem deveria me colocar para frente, o que esperar das pessoas na rua? Naquele momento, veio a certeza: minha vida só dependeria de mim mesma. Em vez de me fechar em casa, decidi me abrir para o mundo. Sempre digo que o que me define é a loucura.

Adoro ir para balada, me jogar na pista de dança. No Carnaval, curti os blocos de rua, e fui até para a Parada LGBT. Só não me digam que sou exemplo de superação. Gosto apenas de fugir das regras.

Saibam: somos mulheres, temos desejo, sentimos prazer. Se gostar e se permitir sexualmente é bom e saudável. Sou a favor de todas as formas de amor, não me oponho nem ao fetichismo que ainda nos cerca. Sou a Gata de Rodas e faço disso o combustível da minha autoestima. Sem dúvida, o melhor elogio que já ouvi.

Parem de nos tratar como crianças


Entre tantas invisibilidades, a da moda é uma das que mais me incomoda e reforça um dos pontos mais problemáticos que ainda temos que enfrentar, a infantilização. Calço 30 e não aguento mais sapatos da Frozen ou da Mônica. Aliás, por que mesmo acham que precisamos só de roupa de velcro? Essa é a prova maior de que falta deficiente físico nas linhas de produção.

Na rua, falam comigo como se tivessem diante de uma criança no carrinho. Já ouvi mais de uma vez: ‘Ai que bonitinha, pena que não anda’. Já passou da hora de sermos tratados como adultos que somos. A infantilização da pessoa com deficiência vem acompanhada de um rótulo terrível, o de incapaz. Isso, sim, é limitante.”

sábado, 29 de fevereiro de 2020

CADEIRANTE CONTA COMO ADAPTOU SUA CASA

Encontrar um imóvel para alugar ou para comprar não é tarefa fácil para ninguém. A situação ainda fica mais complicada quando quem procura é uma pessoa com deficiência física. E mesmo quando se encontra é preciso fazer uma série de modificações para atender às necessidades de um cadeirante.

O engenheiro civil Nickolas Marcon, de 32 anos, esteve em 64 prédios, dos quais somente dez ofereceram condições de acesso, nem sempre apropriadas. Enfrentou rampas íngremes e até degraus. Dos dez prédios que, efetivamente, visitou, apenas três estariam aptos a receber moradores cadeirantes com a realização de mudanças simples e pontuais. Marcon escolheu um edifício no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, que oferece boas condições de acessibilidade e é próximo ao Centro: questões básicas para ele.

Em seis anos, desde que se mudou de Curitiba para o Rio de Janeiro, após passar no concurso da Petrobras, Marcon já morou em dois apartamentos diferentes no mesmo edifício. Lá, há uma pequena rampa na entrada da garagem, ao lado da portaria, vaga no estacionamento reservada para cadeirantes e toda uma série de opções de lazer que ele pode usufruir como a sala de musculação e a piscina.

Agora, ele está no terceiro imóvel no mesmo prédio. Desta vez, optou a entrar num financiamento e realizar o sonho da casa própria. Mas, antes da decisão, analisou com cuidado a planta do apartamento e a estrutura do prédio para se certificar de que poderia fazer obras para adequar o espaço às suas necessidades.

Aos 18 anos, Marcon sofreu um acidente de carro. Estava no banco de trás, sem cinto de segurança e sofreu uma lesão na medula, o que comprometeu o movimento dos membros inferiores. A experiência acumulada em Curitiba, onde ele trabalhou em obras de adaptação de ambientes para portadores de necessidades especiais o ajudou a enfrentar o desafio de tocar o projeto de uma casa inteira destinada a um cadeirante: a sua própria casa.

Passou cerca de um mês calculando medidas e possíveis modificações no apartamento. Ele ressalta que o imóvel já estava precisando de reformas. – Mesmo eu comprando um apartamento mais antigo e amplo, com uma planta boa que poderia ser melhorada, foi complexo. Não bastava pensar em aumentar o espaço da suíte, tive de me limitar à estrutura e ao shaft (tubulações) do prédio. Optei a derrubar as dependências de empregada e um armário embutido. Com isso, consegui aumentar o espaço da suíte. O quarto, que tinha 12 metros quadrados, passou a ter 16 metros quadrados e o banheiro, de 3,8 metros quadrados teve que ser ampliado para 4,5 metros quadrados. Eu precisava efetivamente de mais espaço para me locomover – afirmou Marcon.

Ao todo foram oito meses de obra, com o engenheiro e a esposa morando no apartamento. Ele conta que, em geral, as portas, especialmente as dos banheiros, representam um sinal vermelho aos cadeirantes, pois são estreitas. Segundo Marcon, a medida padrão para portas de banheiros é de 60 centímetros, o que na prática representa aproximadamente 54 centímetros por conta das perdas provocadas pelos caixonetes e das espessuras da própria porta. Já uma cadeira de rodas tem, em média, entre 58cm e 60cm de largura. Ou seja, não dá para passar.

– No segundo apartamento onde morei daqui deste prédio, fui obrigado a arrancar a porta do banheiro para poder usá-lo. Nos períodos, quando recebíamos visitas, como no réveillon, colocávamos um lençol para tentar diminuir o constrangimento – relembra o engenheiro.

Além da preocupação de Marcon de tornar o ambiente acessível e confortável, ele também teve preocupações estéticas. – Não precisamos seguir todas as orientações da ABNT e encher a nossa residência de barras. É preciso ter sensibilidade e observar o que realmente ajudará. Algo personalizado mesmo, o que varia de acordo com cada um. Eu queria um ambiente funcional e bonito. Além disso, no futuro, com a chegada dos filhos, pretendo comprar um apartamento maior e não quero que este seja desvalorizado por conta das adaptações – explica Marcon.

O engenheiro explica que alguns dos materiais que oferecem conforto e comodidade têm preços até 40% mais altos. Além da obra, a casa de Marcon os móveis são bem espaçados. Não há tapetes em lugar nenhum porque eles enroscam nas rodas da cadeira na hora de fazer curvas. Nas maçanetas das portas, todas são do tipo alavanca, basta apoiar a mão e e empurrar a porta. As redondas ou tipo bola são ruins, porque exigem uma pegada mais forte, dificultando seu uso como ponto de apoio para abrir ou fechar as portas.

Outros detalhes também fazem a maior diferença no dia-a-dia de um cadeirante. Entre eles, armários com portas de correr, cabideiro que fica no alto com puxador basculante, calceiro deslizante, box com três folhas de blindex, que oferece mais espaço para a entrada da cadeira de rodas, torneira com misturador monocomando, um mecanismo que mantém a temperatura constante, evitando possíveis jatos de água muito quente ou fria, ar-refrigerado acionado por controle remoto e interruptor paralelo, assim ele pode desligar a luz do quarto após se deitar. Todas adaptações idealizada por Marcon no apartamento.

O coordenador do projeto de acessibilidade do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetutra do Rio, Itamar Kalil, afirma que não há uma determinação legal que obrigue as construtoras a investirem em apartamentos voltados às pessoas portadoras de necessidade especiais. Entretanto, nas áreas comuns é obrigatório haver itens de acessibilidade, mas, muitas vezes, a lei não é cumprida e ainda são negligenciadas pelas prefeituras, que são responsáveis pela fiscalização, segundo Kalil.

No site do Ministério da Justiça, é possível encontrar informações detalhadas sobre as normas de acessibilidade nas edificações e mobiliários urbanos. Veja o documento: Acessibilidade e edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Fonte: Zap Imóveis


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Debate sobre acessibilidade no Transporte

Abrindo a série de audiências da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidorque discutirão "Acessibilidade e Qualidade no Transporte Público Coletivo de BH" em todas as regionais da cidade, a situação dos veículos e equipamentos de segurança, o atendimento prestado e as dificuldades enfrentadas pelos usuários nas linhas que operam na Regional Leste serão debatidas na próxima quarta-feira (28/10), às 18h30, no Plenário Helvécio Arantes. Requerido pelo presidente do colegiado, vereador Leonardo Mattos (PV), o encontro é aberto à participação de qualquer cidadão interessado.

Elevadores estragados, cintos de segurança que não funcionam, falta de capacitação e gentileza de motoristas e agentes de bordo foram alguns dos problemas apontados no transporte coletivo por usuários com deficiência na audiência pública promovida em setembro pela mesma comissão, também solicitada por Mattos. Como encaminhamento do debate, o parlamentar, que também é cadeirante, propôs a realização de novas audiências para discutir a falta de acessibilidade com representantes do poder público, empresas concessionárias, entidades de defesa das pessoas com deficiência, moradores e usuários em cada uma das nove divisões administrativas regionais da capital.

Segundo Mattos, as principais reclamações ouvidas durante as reuniões da Pré-Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que aconteceram no primeiro semestre deste ano, também estavam relacionadas à falta de acessibilidade no transporte coletivo por ônibus, problema que, de acordo com o parlamentar, precisa ser solucionado em curtíssimo prazo pela BHTrans.

Na sequência, deverão ser debatidas as situações das regionais Centro-sul (17/11); Nordeste (24/11); Venda Nova (15/12) e Barreiro (23/2/16). As datas e os locais das audiências, bem como o agendamento dos debates nas demais regionais, serão confirmados e divulgados oportunamente.

Convidados

Para avaliar a situação e debater os eventuais problemas apontados, foram convidados os secretários municipais de Governo e de Administração Regional Leste, com as respectivas gerentes de Manutenção e de Atendimento à População; Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap); BHTrans; Ouvidoria Geral do Município; Defensoria Pública da Pessoa com Deficiência; Promotoria de Justiça do Direitos da Pessoa com Deficiência de BH; Coordenadoria Municipal de Direitos das Pessoas com Deficiência; Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de MG (Condep); Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB-MG; Conselho de Arquitetura e Urbanismo de MG; e Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG).

Representando as empresas de transporte coletivo, os sindicatos dos Rodoviários de Belo Horizonte; dos Permissionários Autônomos do Transporte Suplementar da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sindipautras); das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH); Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de MG; e o Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte (Transfácil).

Também são aguardados representantes das entidades Associação Mais Acessível (AMA), Associação de Deficientes Visuais de Belo Horizonte (Adevibel), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Escritório Estadual da Federação Brasileira de Instituições de Excepcionais (Fiebex) e Creche Tia Dolores, além de todos os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) localizados na Região Leste.


sábado, 22 de fevereiro de 2020

Álcool e drogas na adolescência: quais são suas consequências?



A adolescência é uma fase na vida marcada por transformações físicas, psíquicas e sociais. Nesse período, o jovem está testando possibilidades. É o momento em que naturalmente se afasta da família e se adere ao grupo de “iguais”. Nessa fase está vulnerável a comportamentos que podem fragilizar sua saúde. Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos. Os prejuízos provocados pelo uso do álcool e de drogas podem ser agudos (intoxicação ou overdose) ou crônicos, produzindo alterações mais duradouras ou até irreversíveis.

Todas as substâncias psicoativas usadas de forma abusiva produzem o aumento do risco de acidentes e violência, e adolescentes são mais vulneráveis, por tornar mais frágeis os cuidados de autopreservação, que já são enfraquecidos nesse período da vida. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o álcool é o maior fator de risco de morte entre adolescentes entre 15 e 19 anos, superando o uso de drogas. Cerca de 14 mil mortes de crianças e jovens com idade menor de 19 anos, nas Américas, foram atribuídas ao álcool em 2010. O álcool é a droga mais utilizada nessa faixa etária e pode causar intoxicações agudas graves, convulsões e hepatites.

O uso de maconha pode produzir a síndrome amotivacional, caracterizada por passividade, apatia, falta de objetivos, de ambição, de interesses e de comunicação, podendo levar à queda do desempenho escolar, aumentar a ansiedade e, consequentemente, aumentar o seu uso. Durante intoxicações por drogas alucinógenas, quadros delirantes e alucinatórios aumentam o risco de acidentes e podem desencadear quadros psicóticos.

O uso de drogas, tabagismo e o consumo abusivo de bebidas alcoólicas podem desencadear problemas para a fertilidade do adolescente do sexo masculino. O comportamento de risco, com uso de drogas e excesso de álcool, também aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, que por sua vez podem afetar a qualidade do sêmen. O tabagismo, mesmo passivo, pode alterar o volume do sêmen e prejudicar a sua qualidade. O uso crônico de maconha e drogas alucinógenas também pode alterar a qualidade do sêmen, podendo levar à diminuição da quantidade e da motilidade dos espermatozoides.


sábado, 15 de fevereiro de 2020

Confira 12 normas de acessibilidade que o seu estabelecimento comercial deve ter

Os estabelecimentos comerciais brasileiros devem se adequar àsnormas de acessibilidade previstas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A entidade estabelece uma série de exigências que empresas que atuam no varejo devem cumprir  para suprir necessidades de funcionários e clientes portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida. Confira 12 normas a seguir.

Normas de acessibilidade para estabelecimentos comerciais

1. A loja deve ter estrutura esinalização adequadas para quem se move com equipamentos auxiliares, como muletas. Por exemplo, alertando sobre desníveis;

2. Para cadeirantes, a ABNT prevê que o espaço de deslocamento de uma cadeira de rodas é equivalente a um perímetro de 0,80 por 1,20 m. Portanto, a área de circulação deve respeitar essas medidas e prever espaço suficiente para manobras;

3. As vagas de estacionamento reservadas para portadores de deficiência devem estar localizadas em área próxima à entrada do estabelecimento, e devem ter acesso direto ao local, de forma acessível. Também é necessário que estejam sinalizadas adequadamente;

4. Rota acessível é um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos ou internos de espaços e edificações, e que possa ser utilizado de forma autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência.

A rota acessível deve também levar em conta a parte externa, o que pode exigir, por exemplo, a instalação de rampas;

5. Todas as portas devem ter vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de 2,10 m. Além disso, as maçanetas devem ser instaladas em altura entre 0,90 m a 1,10 m e devem poder ser operadas em um único movimento, sem exigir muito esforço;

6. Sanitários acessíveis devem ser instalados junto às rotas acessíveis e integrados às demais instalações sanitárias. Caso estejam isolados, é preciso instalar um botão de emergência para o caso de quedas;

7. Em estabelecimentos de grande porte, como centros comerciais, é recomendado que sejam disponibilizados telefones que recebem e transmitem mensagens (TDD) para a comunicação de deficientes auditivos;

8. É recomendado que ao menos 5% das mesas de trabalho ou para refeições – exige-se ao menos uma – devem ser acessíveis a pessoas com cadeiras de rodas a uma altura entre 0,75 m e 0,85 m, e permitir avanço até o máximo de 0,50 m;

9. Os equipamentos e serviços de acessibilidade do estabelecimento devem estar indicados conforme o Símbolo Internacional de Acesso (SAI);

10. Os estabelecimentos devem possuir sinalização tátil dirigidas para pessoas com deficiência visual e cegas. A representação pode se dar através de relevos ou na linguagem Braille;

11. Em casos de emergência ou perigo, deve ser emitida sinalização sonora destinada aos deficientes visuais;

12. Estabelecimentos comerciais que dispõem de elevadores devem ter instalados nesses equipamentos sistemas de proteção e reabertura de portas, para os casos de obstrução durante o seu fechamento. O sistema deverá proteger o espaço entre 5 cm e 120 cm, contados a partir do piso do elevador, e conter, no mínimo, 16 feixes de luz interruptores.

Os elevadores também devem ter espaço suficiente para manobrasefetuadas por cadeirantes.

Se você tem alguma dúvida ou sugestão sobre o assunto, deixe um comentário abaixo e contribua com a troca de ideias. Não esqueça de compartilhar esse artigo com seus amigos nas redes sociais.


sábado, 8 de fevereiro de 2020

Acessibilidade: Entender a aplicabilidade da lei de acessibilidade e os consequentes desafios para o ambiente escolar.

Todas as pessoas, entre as quais se incluem as que possuem algum tipo de deficiência, têm direito ao acesso à educação, à saúde, ao lazer e ao trabalho. Essas áreas contribuem para a inserção social, desenvolvimento de uma vida saudável e de uma sociedade inclusiva.

Com uma população de 190 milhões de habitantes (IBGE 2010) o Brasil atravessa grandes mudanças nos últimos anos no campo econômico e social com desafios a serem superadas pela sociedade inclui-se neste contexto o envelhecimento populacional e a inclusão das pessoas portadoras de necessidades especiais.

O tema acessibilidade é novo no Brasil e regulamentado por etapas desde a Constituição Federal de 1988 e com último Decreto Federal 5.296/2004 sobre revisões técnicas sobre mobilidade e mobiliários urbanos e revisado a norma recente no final de 2015.

A Lei da Acessibilidade trouxe avanços e adequações no espaço urbano, mobilidade urbana, espaços privados e públicos, porém as barreiras aos ambientes e realização de tarefas dificultam a locomoção dos usuários que ficam privados de acesso e consequentemente, sua inclusão social.

No contexto abordado, segundo o IBGE 2010 no Brasil 45 milhões de pessoas tem alguma deficiência e neste contexto que trata o decreto analisado no presente artigo sobre Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, ao atentar para as necessidades existentes e necessidades de adequações por parte de órgãos públicos, escolas e a sociedade de maneira geral abre um espaço para abordar esse importante tema, se aliado ao governo que se adotasse efetivamente a temática como política pública como se tem na área da saúde, ambiental, tabagismo, dentre outros programas existentes.

Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, acessibilidade deriva do latim accessibilitate e significa a qualidade de ser acessível, ou ainda, facilitar o acesso a alguma coisa. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da Norma Brasileira (NBR) 9050 (2004, p.2), define acessibilidade como “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização com segurança e autonomia de edificações, espaços, mobiliário, equipamento urbano e elementos”.

A Lei da Acessibilidade através do decreto 5.296/2004 contempla e define a pessoa portadora de deficiência:

I – Pessoa portadora de deficiência, além daquelas previstas na Lei n. 10.690 de 16 de junho de 2003, a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias:

a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz,
1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;

c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;

d) deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas

As pessoas obesas também são consideradas portadoras de necessidades especiais no conceito da acessibilidade.

Para Cohen e Duarte (2001, p.2),

a delimitação adequada do conceito de acessibilidade reside no seu potencial de gerar novos paradigmas para o planejamento de espaços, bem como para a reflexão e abordagem de uma temática que tem estado tão presente em discussões onde se buscam respostas para os inúmeros problemas hoje encontrados nas cidades por pessoas com deficiência.

Para os efeitos da NBR 9050 aplicam-se as seguintes definições: Acessibilidade: Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos.

Acessível: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessível implica tanto acessibilidade física como de comunicação.

Adaptável: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento cujas características possam ser alteradas para que se torne acessível.

Acessibilidade Espacial

A definição do termo acessibilidade abrange diversos aspectos, necessidades, espaço dentre outros, por isso até hoje sofrem modificações.

Entretanto o conceito de acessibilidade é muito mais amplo, a acessibilidade espacial tem como função identificar quais usuários teriam mais dificuldades na realização de atividades e o propor a adequação mais pertinente ao ambiente relacionado.

Para Dischinger (2004, apud OLIVEIRA, 2006),

“(…) a acessibilidade espacial é a possibilidade de compreensão da função, da organização e das relações espaciais que o ambiente estabelece, e a participação das atividades que ali ocorrem, fazendo uso dos equipamentos disponíveis com segurança e autonomia”.

Por desconhecimento muitos consideram locais acessíveis aqueles em que uma pessoa que utiliza cadeira de rodas possa entrar e circular, mas se esquecem de que, além da deficiência físico-motora, existem as deficiências visual, auditiva e cognitiva, as quais exigem outras adequações espaciais. Não levam em consideração, igualmente, que não só as pessoas com deficiência podem sofrer restrições no desempenho de atividades devido às barreiras presentes nos ambientes, mas também idosos, gestantes, crianças, obesos, entre outros, exemplificam essa situação.

Com o intuito de compreender melhor a acessibilidade espacial de pessoas com deficiência e/ou que sofrem algum tipo de restrição, Dischinger et al. (2009) identificaram quatro componentes, a partir dos quais é possível avaliar o nível de acessibilidade do ambiente construído:

Orientação espacial: é a condição de compreensão do espaço que permite ao usuário orientar-se, de modo que saiba onde está, o que fazer e para onde ir, a partir de informação arquitetônica e adicional, como placas, mapas, layout do ambiente. É o que permite definir rotas para chegar a um determinado destino. Com o auxílio de pisos podotáteis, um deficiente visual tem condições de saber o caminho a ser percorrido e reconhecer a existência de obstáculos no seu entorno. Isso facilita, portanto, sua orientação e, como consequência, seu deslocamento seguro e independente. Os deficientes visuais são os usuários que mais apresentam problemas de orientação especial.

Deslocamento: é a possibilidade de deslocar-se de forma independente ao longo de percursos verticais e horizontais, os quais devem ser livres de obstáculos, confortáveis e seguros. Os usuários mais prejudicados com a ausência de tais percursos são os deficientes físico-motores (membros inferiores). Muitos deles fazem uso de cadeiras de rodas ou muletas; necessitam, portanto, deslocar-se de forma mais facilitada. Rampas e elevadores auxiliam o deslocamento desses usuários.

Uso: é a condição que permite o uso de equipamentos e a participação em atividades sem conhecimento prévio, com conforto e independência. Os equipamentos devem ser acessíveis a todos os usuários, de forma que possuam orientação quanto ao seu funcionamento e sejam de fácil uso. Dependendo das condições dos equipamentos, uma variedade muito grande de usuários pode apresentar, portanto, dificuldade no uso e, consequentemente, na realização de atividades. Crianças podem ter dificuldades de alcance; deficientes cognitivos e visuais, de compreensão do funcionamento de equipamentos; e pessoas que utilizam cadeiras de rodas, de aproximação em bancadas, por exemplo.

Comunicação: é a troca de informações entre pessoas ou entre pessoas e equipamentos de tecnologia assistida, como terminais de computador, telefones com mensagem de texto, que permitam o ingresso aos ambientes, o uso de equipamentos e a participação nas atividades. Deficientes auditivos são os que mais apresentam dificuldades de comunicação, pois são raros os locais em que há a presença de intérprete de libras.

Para que a acessibilidade ocorra de forma efetiva, todos esses componentes espaciais devem ser atendidos: o indivíduo precisa ter acesso à informação, deslocar-se e utilizar equipamentos com independência, interagir com os demais e participar de atividades, o que torna possível sua inclusão na sociedade.

Uma pessoa com deficiência é julgada “não eficiente” por não ser igual às pessoas “comuns”. Essa atitude de desigualdade dificulta sua participação nas mais diferentes funções, como trabalho e lazer. No caso dos hotéis, certamente é frustrante para uma pessoa com deficiência saber que é quase impossível realizar atividades de forma independente, sem ajuda de alguém, ou talvez que o hotel não ofereça espaço adequado para seu deslocamento – no caso das pessoas que utilizam cadeira de rodas.

A deficiência é uma manifestação corporal ou a perda de uma estrutura ou função do corpo. A deficiência é, portanto, uma modificação fisiológica no organismo do indivíduo e pode ser dividida, segundo Dischinger (2004), em quatro grupos: deficiências sensoriais, cognitivas, físico-motoras e múltiplas.

a) Deficiências sensoriais são aquelas em que há perdas significativas na capacidade dos sistemas de percepção. Essas deficiências ocorrem nos diferentes sistemas perceptivos: orientação, háptico, visual, auditivo e palato- olfativo. Esses sistemas, quando alterados, podem gerar dificuldades para que o indivíduo perceba as informações do meio ou aquelas provenientes de outras pessoas, o que torna difícil, principalmente, sua orientação e comunicação.

b) Deficiências cognitivas afetam as atividades mentais e causam dificuldades na compreensão e tratamento das informações recebidas. Comprometem os processos de aprendizado, comunicação linguística e interpessoal. O indivíduo com deficiência cognitiva pode apresentar problemas de raciocínio, memória e concentração, e isso dificulta sua aprendizagem, utilização da linguagem oral e escrita e convívio social.

c) Deficiências físico-motoras são aquelas que alteram a capacidade de realização de atividades que exijam força física, coordenação motora, precisão de movimentos e deslocamento de um indivíduo. Diversos fatores podem ser responsáveis pela alteração nos movimentos de uma pessoa: lesões, má-formação ou paralisia nos membros superiores e inferiores, presença de dor, falta de tonicidade muscular, entre outros.

d) Deficiências múltiplas são aquelas em que ocorre a associação de mais de um tipo de deficiência. São mais comuns na população idosa devido, por exemplo, à perda parcial da visão, da audição, do equilíbrio e à presença de diferentes patologias. Outro exemplo é a surdo-cegueira, quando o indivíduo possui, simultaneamente, deficiência auditiva e visual.

Qualquer pessoa, em algum momento de sua vida, pode sofrer algum tipo de limitação, seja em suas capacidades físicas, cognitivas, seja nas psicológicas. Cabe salientar que essas limitações nem sempre são decorrentes de deficiências. Assim, dificuldades ou impedimentos em realizar alguma atividade podem resultar das características ambientais. Uma escada, por exemplo, é uma barreira para uma pessoa que utiliza cadeira de rodas. A existência de um elevador não a impede, contudo, de acessar outros pavimentos em um edifício. Uma criança sem apresentar deficiência pode sofrer restrição para realizar uma atividade – acender a luz – se o interruptor estiver fora de seu alcance.

Nesse sentido, o termo restrição é bastante importante quando se trata de acessibilidade. Bins Ely e Dischinger (2009) asseveram que o termo restrição pode ser definido como a dificuldade existente para a realização de atividades desejadas resultantes da relação entre as condições dos indivíduos e as características ambientais. Sua definição é necessária para que espaços acessíveis possam ser projetados não apenas para aqueles que apresentam algum tipo de deficiência, mas para todas as pessoas.

Portanto, as causas das restrições na realização de atividades podem originar das próprias condições dos indivíduos (como presença de uma deficiência, de idade avançada…) ou das condições do meio, demonstrando a importância de bons projetos de ambientes e equipamentos, livres de barreiras, para a inclusão social de todos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Pelo ensaio apresentado evidencia que o Brasil necessita dar atenção aos portadores de necessidades especiais notadamente a escola como prioridade em receber o público de forma respeitosa e adequada as suas necessidades, porque compromete desde o deslocamento em todos os ambientes até a sala de aula onde ocorre a maior exclusão social da pessoa, são muitas barreiras além de cumprir a lei, temos ainda escadas, rampas, espaços e ergonomia em desacordo a legislação, arquitetura e engenharia devem prestar atenção ao cumprimento deste requisito básico nas obras e buscar assessorar-se de profissionais capacitados na área.

Ao governo deve-se cumprir a lei também em seus ambientes e abarcar as outras áreas com diretriz única na Política Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Quero citar o exemplo de intervenções no combate ao tabagismo que desenvolve ações por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo com políticas públicas voltada a Educação e na Informação Pública com o apoio das escolas em todo o Brasil e regulamentação do setor.

Ao voltar para o segmento da Acessibilidade que apesar de leis e ampla divulgação das necessidades dá-se ainda pouca importância a parcela da sociedade brasileira que ainda vive as margens e dificuldades de manter os direitos básicos garantidos na constituição.

Amplo programa com o envolvimento educacional seria mais um importante instrumento de fiscalização da própria sociedade e faz com que as oportunidades geradas possam suprir as necessidades existentes.

Através dos órgãos da sociedade civil organizada e todos os meios existentes e que oferecem atenção a esta parcela das pessoas e contatando com o apoio das escolas públicas e privadas em todos os níveis ampliariam o conhecimento, necessidades e deveres de todos começando pela educação da criança desde cedo no ambiente escolar.

Lamentavelmente a acessibilidade ainda não é prioridade nem pelos responsáveis em seus ambientes, além disso, a maioria da sociedade desconhece as leis e normas para cobrar seus direitos.

Devem-se discutir estes temas em escolas, universidades, profissionais de todos os segmentos da sociedade brasileira, e por fim destacar que a fiscalização no Brasil não consegue atender a demanda e os ambientes acabam por descumprir as adequações necessárias com as leis e decretos analisados no presente artigo.

Nos próximos artigos vamos tratar da nova legislação que contém avanços alteradas no final do ano de 2015 junto com a Revista Direcional que está empenhada em informar os seus leitores de forma prática e contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária principalmente no ambiente educacional.

Informações do autor:

Prof. Willian Pereira – Professor Universitário, Mestrando em Administração de Empresas focado nos pequenos e médios empreendimentos, Consultor na Área Educacional voltada para Adequação de Acessibilidade, Prevenção/Riscos e Seguros Patrimoniais e Pessoais, Sócio-Diretor da Meu Mundo Acessível.

 REFERÊNCIAS:

COHEN, Regina; DUARTE, Cristiane Rose. Subsídios para o planejamento de acessibilidade aos espaços urbanos. Belo Horizonte, 2001. In: Anais do II Seminário Internacional Sociedade Inclusiva, PUC-Minas.

Revista Brasileira de Administração Pública, v. 42, p. 969-991,
2008. WOOD JR, T; CALDAS, M. P. Empresas Brasileiras e o Desafio da
Competitividade. RAE

COUTINHO, L; FERRAZ, J.C Estudo da competitividade da indústria brasileira.
4ª ed. Campinas: Papirus Editora, 2002

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio. CD-ROM, versão 5.0

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9050. Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamentos Urbanos. Rio de Janeiro, 31 mar. 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 05 out.
1988 e IBGE 2010.

BRASIL. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, 2004.

DISCHINGER, M.; BINS ELY, V. H. M.; MACHADO, R. Desenho Universal nas Escolas: acessibilidade na rede municipal de ensino de Florianópolis. Florianópolis: Grupo PET/Arq/SESu/UFSC, 2004.

Lorita, M.F., Pagliuca; A.E.A., Aragão, P.C.Almeida. Acessibilidade e deficiência física: identificação de barreiras arquitetônicas em áreas internas de hospitais de Sobral, Ceará. Rev. esc. enferm. USP; 41(4); 581-588; 2007-12.

OLIVEIRA, A. S. D. A. de. Acessibilidade espacial em centro cultural: estudo de casos. Florianópolis, 2006. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina.

PINTO, A. C. A. Hotel universal: diretrizes projetuais e de acessibilidade. Florianópolis, 2007. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Programa de Pós- Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina.

Vera Helena Moro Bins, Ely; Cristiane Silveira da, Silva. Prod.; 19(3); 489-501;
2009 UFSC.




sábado, 1 de fevereiro de 2020

Perda Auditiva

Conheça as principais causas da perda auditiva

O que causa a perda auditiva? Quando a razão não está relacionada simplesmente à idade, os fatores mais comuns são infecções, perfurações do tímpano, uso indevido de tecnologias e barulho intenso no trabalho.

A audição possibilita novos aprendizados, tranquiliza a mente e ajuda-nos a melhorar a visão de mundo. Tudo isso faz da capacidade de ouvir uma das principais dádivas do ser humano.

Apesar de todas as maravilhas desse sentido inato, muita gente não toma os devidos cuidados para manter a sensibilidade aos sons bem apurada. Assim, existem várias causas da perda auditiva, que atingem não só idosos, mas também jovens.

Atualmente, as músicas em volume muito alto, vibradas nos fones de ouvido, são as principais responsáveis por inúmeros problemas no ato de ouvir. Para você cuidar adequadamente da sua audição, mostraremos, neste post, o que deve ser evitado para que a consequência mais drástica não atinja a sua vida. Acompanhe!

Como é o funcionamento do ouvido?

Responsável por um dos cinco sentidos humanos, o ouvido nos possibilita perceber os sons de formas variadas. Afinal, existem pessoas que têm o órgão mais apurado, com uma maior sensibilidade. Basicamente, existem três áreas: a externa, a média e a interna.

Assim, as ondas sonoras são coletadas e encaminhadas à parte interna, estimulando os receptores do nervo auditivo. Além de coletar, processar e enviar os sinais sonoros ao cérebro, o órgão também tem um papel de ajudar no equilíbrio do indivíduo.

Podendo receber sons de até 130 decibéis, o ouvido ainda tem um papel emotivo, influenciando na construção da personalidade desde os primeiros meses de vida, ainda na barriga da mãe, ou seja, tudo que se ouve influencia de alguma forma o ser que nascerá futuramente.

Sendo extremamente delicada, a audição precisa ser devidamente cuidada para evitar problemas, como a temida perda total desse sentido.

Quais são as principais causas da perda auditiva?

O que causa perda auditiva? Quando a razão não está relacionada simplesmente à idade, os fatores mais comuns são infecções, perfurações do tímpano, uso indevido de tecnologias e barulho intenso no trabalho.

As situações que causam a perda auditiva podem ser facilmente evitadas. No entanto, há casos ocasionados por problemas que necessitam de um tratamento médico, com um devido acompanhamento de um profissional especializado.

A perda da audição pode acontecer de maneira repentina ou gradual. Abaixo, entenda melhor as variáveis que envolvem as principais causas da perda auditiva.

Infecções

Entre os principais problemas que levam à perda da audição, estão as infecções, como a otite. Elas podem ser causadas por bactérias ou vírus, principalmente como sintomas de outras doenças: por exemplo, uma forte gripe ou uma alergia.

Uma das infecções mais comuns é a otite média, que gera a infecção do ouvido médio, localizado atrás do tímpano. O acúmulo de líquido ou de impurezas na tuba auditiva, região ligada à parte posterior da garganta, facilita a inflamação, gerando um incômodo terrível.

Perfuração do tímpano

A perfuração do tímpano pode acontecer por meio de atitudes pouco saudáveis contra o órgão. Entre elas, podemos citar a limpeza com materiais pontiagudos, como tubo de caneta, grampo de cabelo e até hastes flexíveis. Vale lembrar que existem métodos mais saudáveis para manter o ouvido limpo e longe do excesso de cera.


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No entanto, a causa mais comum da perfuração do tímpano também é a otite média, em razão das infecções. O paciente sente uma intensa dor e sofre com sangramentos, coceira, zumbidos, diminuição da audição e presença de secreções amarelas. A dica é procurar um médico no momento em que os primeiros sintomas começarem a aparecer.

Uso indevido de tecnologias

Mesmo sendo muito úteis no dia a dia, as novas tecnologias também podem ser vilãs da nossa saúde, caso não sejam utilizadas com cuidado. Entre as ferramentas mais modernas, estão os fones de ouvidos. Hoje, existem modelos que transmitem sons em volumes altíssimos e com a possibilidade de duração por horas, inclusive fones autônomos, que salvam as músicas em suas memórias internas.

Por isso, quem curte correr, caminhar ou fazer musculação com o som em alto volume deve tomar muito cuidado. A orientação é sempre manter o volume em uma escala agradável.

Essa é uma das principais causas da perda auditiva entre os jovens. É uma situação que só pode ser corrigida por meio do uso de aparelhos auditivos.

Muitos smartphones, quando conectados a fones de ouvido, alertam para o volume que pode ser prejudicial. Portanto, vale a pena seguir essa indicação. Caso o som seja percebido por quem está ao seu lado, também acenda o sinal de alerta. Previna-se!

Barulho intenso no trabalho

Outra causa da perda auditiva é a exposição a barulhos intensos no ambiente de trabalho, como aqueles provenientes de máquinas, soldas, furadeiras, guitarras, baterias, baixos e afins.

É dever dos supervisores garantir que todos os profissionais façam uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), que são utensílios (como máscaras, óculos e cinto de segurança) usados por quem atua em profissões que possam oferecer algum tipo de risco à saúde física.

O protetor auricular faz parte dos EPLs. O seu formato e o tecido de silicone protegem a audição de altas atenuações e garantem o conforto do trabalhador.

Quais são os principais sintomas da perda auditiva?

A nossa audição muda conforme o tempo. Entre o “escutar tudo muito bem” e o “ouvir absolutamente nada”, há um espectro extenso, com diferentes níveis de perda auditiva. Veja quais são os principais sintomas:

ouvir sons fracos e difíceis de identificar: por exemplo, necessidade de manter o volume da TV muito alto e impossibilidade de escutar sons a distância;
escutar e falar com dificuldade em meio a ruídos: dificuldade de manter uma conversa em ambientes com grande fluxo de pessoas e impossibilidade de dirigir com segurança, por exemplo;
manter conversas que sempre precisam ser conduzidas em um alto volume e com grande esforço;
escutar apenas sons fortes: esse já é um sinal de perda auditiva severa, o que torna impossível escutar sem um aparelho auditivo.

É importante se manter atento aos sinais que apontam para a perda auditiva. É dessa forma que se pode buscar uma ajuda especializada o mais cedo possível.

Qual é a solução para a perda auditiva?

A solução mais apropriada após uma consulta ao fonoaudiólogo normalmente é o uso de um aparelho auditivo. De maneira geral, o aparelho atua em conjunto com as quatro principais regiões que formam o nosso sistema auditivo: o ouvido externo, interno médio e o nervo auditivo.

As ondas sonoras que entram pelo ouvido externo (a parte mais externa do ouvido) chegam ao aparelho auditivo e são amplificadas. Os impulsos maiores chegam até o nervo auditivo, que consegue enviar mais informações sonoras ao cérebro, permitindo que a pessoa consiga interpretar os sons ao seu redor.

O “segredo” está sempre em procurar ajuda médica especializada e não se deixar abalar por causa da perda de audição, afinal, existe solução!

Seja você um músico, seja você um soldador, valorize sempre a utilização do protetor auricular. Agora que você já sabe o que causa a perda auditiva e como evitar danos ao ouvido, certamente, esse problema estará bem distante da sua realidade.

E aí, gostou do nosso post? Continue a visita ao nosso blog, agora, para conhecer os principais tipos de aparelhos auditivos.


sábado, 25 de janeiro de 2020

MITOS E VERDADES SOBRE DEFICIÊNCIA MENTAL/INTELECTUAL

O mito: as pessoas com deficiência intelectual são doentes.
A verdade: a deficiência intelectual pode ser conseqüência de uma doença, mas ela não é uma doença; é uma “condição”. Nunca se deve usar expressões como: “doentinho”, “bobinho”, “criancinha” quando se referir a uma pessoa com deficiência intelectual. É importante também ressaltar que a deficiência intelectual não é uma doença mental.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são muito, ou totalmente dependentes.
A verdade: a pessoa com deficiência intelectual habilitada para o trabalho, geralmente, já freqüentou uma escola regular e/ou instituição especializada que a preparou para ser o mais independente possível. Portanto, em um ambiente corporativo, ela deve fazer sozinha tudo o que puder, e ser ajudada, somente se for realmente necessário. Não se pode subestimar nem superestimar a capacidade dessa pessoa, porque suas habilidades não estão vinculadas, exclusivamente, às suas limitações. Existem pessoas com Síndrome de Down, por exemplo, que são muito independentes, estudam, trabalham, andam sozinhas pelas ruas, se casam, tem vida sexual ativa, e ajudam a família. Existem também muitas pessoas com deficiência intelectual que vão e voltam do trabalho com total independência, além de terem autonomia para decidirem sobre sua carreira dentro de uma empresa.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual necessitam de super-proteção.
A verdade: Não. Impedi-las de experimentar a vida é negar sua possibilidade de alcançar níveis cada vez maiores de independência e de autonomia.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são mais carinhosas e dóceis.
A verdade: as pessoas com deficiência intelectual são, em geral, bem dispostas, carinhosas e gostam de se comunicar. Mas, não são MAIS ou MENOS. São apenas pessoas que podem ou não ter essas características.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são mais agressivas e/ou muito carinhosas (“grudentas”).
A verdade: a agressividade é uma forma da pessoa administrar sua convivência na realidade, desenvolvida no período de sua história de vida. Não está associada a qualquer deficiência e pode ser característica de qualquer pessoa, tendo ou não uma deficiência. As pessoas com deficiência intelectual podem ou não ser muito carinhosas, como uma pessoa sem deficiência. Os comportamentos podem ser alterados de acordo com a necessidade de um grupo de pessoas, portanto, explicar ao novo funcionário com deficiência intelectual, caso seja necessário, que naquele ambiente de trabalho ele deve agir de determinada forma, é fundamental para um bom relacionamento com essa pessoa.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são como crianças.
A verdade: uma pessoa com deficiência intelectual é uma pessoa com qualidades e defeitos. Quando criança deve ser tratada como a criança que é. Quando adolescente, ou adulto, deve-se tratá-la de acordo com sua faixa etária. A capacidade de interagir em sociedade, e conseqüentemente, no ambiente de trabalho deve ser avaliada hoje de acordo com os critérios da CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade – que equilibra fatores clínicos, comportamentais e sociais.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual são “muito” inteligentes.
A verdade: muitas pessoas esperam menos da pessoa com deficiência, especialmente, a pessoa com deficiência intelectual. Assim, quando constatam nela capacidades e produtividade, é comum dizerem “são muito inteligentes!” Na verdade, super-avaliar a inteligência da pessoa é tão discriminatório quando sub-avaliá-la. A pessoa com deficiência intelectual pode vir a apresentar dificuldade para aprender, especialmente quando se trata de conteúdos e conceitos abstratos, ou que dela exigem maior memorização. Seu ritmo de aprendizagem também pode vir a ser menor. Porém, o mais importante a se saber é que para cada característica identificada, há uma forma para compensar a limitação e promover sua produtividade e funcionamento.
O mito: as pessoas com deficiência intelectual só têm “condições mentais” de trabalhar em oficinas abrigadas, dentro de instituições especializadas.
A verdade: existem sim, pessoas com deficiência intelectual que devido aos seus comprometimentos e limitações se desenvolvem melhor trabalhando em instituições especializadas, mas isso, não tira o total direito delas participarem de processos de seleção, junto aos seus familiares e/ou profissionais especializados (conscientizados do processo de inclusão) – caso seja necessário – com o objetivo de verificar seus potenciais para determinadas funções. Trabalhar em sociedade, no ambiente de uma abriga, loja, ou escritório, por exemplo, é extremamente enriquecedor para todos. As pessoas com deficiência intelectual irão, finalmente, conquistar uma oportunidade de mostrar o quanto são capazes, e muitas vezes não puderam compartilhar suas habilidades com as que não têm deficiência. E as pessoas sem deficiência têm a grande oportunidade de conviver com personalidades, habilidades, e potenciais diferentes dos quais estão acostumadas, pois a sociedade sempre marginalizou e segregou as pessoas com deficiência intelectual. Ninguém pode julgar uma experiência sem nunca ter realmente experimentado! Antes de dizer que um funcionário com deficiência intelectual não tem condições de exercer determinada tarefa é preciso realizar um teste, assim como são avaliados (além do período de experiência de 3 meses, segundo a CLT) outros candidatos sem deficiência quando vão concorrer a uma vaga de emprego.


sábado, 18 de janeiro de 2020

Os 10mitos da contratação de pessoas com deficiência



Os sócios da Egalitê apontam os equívocos e distorções que levam grande parte das empresas a descumprir as exigências legais de inclusão no mercado de trabalho

A inclusão de pessoas com deficiência (PCD) no mercado de trabalho tem aparecido cada vez mais na imprensa e no dia-a-dia no Brasil. Essa abordagem constante revela um amadurecimento da economia e da sociedade brasileira. Mas traz à tona também um profundo desconhecimento da grande maioria das pessoas sobre a realidade das pessoas com deficiência.

O art. 93 da Lei 8.213/91, popularmente chamado de “Lei de Cotas”, determina um percentual mínimo de 2% de colaboradores PCD em empresas com mais de cem funcionários e que chega a 5% naquelas que tem mais de mil. A legislação que é a mola propulsora da inclusão no país trouxe uma realidade que revelou que o brasileiro médio ainda tem dificuldades nessa relação, sendo esta uma das razões pelas quais a maior parte das empresas não consegue ainda cumprir a legislação e promover esta inclusão social.

Como nas antigas tribos, o desconhecimento gera mitos para explicar o que não se entende adequadamente. Este texto pretende auxiliar na desmistificação de alguns pontos que infelizmente temos visto em algumas organizações quando o assunto é inclusão de pessoas com deficiência.

MITO 1: NÃO HÁ TANTAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
O primeiro dos mitos é de que não existem pessoas com deficiência para cumprir as cotas. Atualmente temos aproximadamente 325 mil pessoas com deficiência no mercado de trabalho. E o IBGE detectou que 23,9% da população possui algum tipo de deficiência - ou seja, são mais de 40 milhões de brasileiros. Embora muitos deles não se enquadrem nas cotas, sejam aposentados ou jovens demais para o mercado de trabalho, a realidade é que muitas pessoas com deficiência estão ainda fora do mercado - que não consegue incluir a todos. O que falta para as empresas é a capacidade de enxergar a potencialidade de cada pessoa. Uma vez que a empresa aprende a incluir, os mesmos candidatos que eram barrados nos processos seletivos começam a ingressar na corporação. Conhecemos casos de alguns que, antes reprovados, ingressaram na organização e foram rapidamente promovidos.

MITO 2: PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO INCAPAZES
É um mito comum, e antigo. A “incapacidade” era um termo utilizado até mesmo por legislações que não condiziam com a realidade da maior parte das pessoas com deficiência. Por óbvio, algumas pessoas com deficiência podem ter sua capacidade laborativa impossibilitada, como nos casos de pessoas que ficam vegetativas, mas a sociedade ocidental percebeu esse erro de avaliação em um processo histórico, em especial após a segunda guerra mundial, quando profissionais extremamente capazes voltaram com deficiências das batalhas e com algumas adaptações tecnológicas puderam dar sua importante contribuição para a reconstrução das sociedades em um novo tempo de paz. Em um local adaptado às necessidades de cada indivíduo, é extremamente comum que o resultado de uma pessoa com deficiência seja superior ao de pessoas que não tem deficiência.

MITO 3: PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO DESQUALIFICADAS
Outra inverdade. Pessoas com deficiência formam um grupo juridicamente titular de direitos similares, mas com demandas sociais, culturais e educacionais que são extremamente heterogêneas. Se é verdade que o Brasil tem fortes problemas educacionais, e que pela falta de acessibilidade em algumas localidades esse problema se agrava para as pessoas com deficiência, é também importante lembrar que a maior parte das deficiências não tem relação com as capacidades cognitivas das pessoas. E é um verdadeiro absurdo imaginar que uma pessoa que tem uma vida profissional como a de tantos outros perde sua capacidade laborativa por algum infortúnio - por exemplo, um acidente de carro que tire os movimentos das pernas do profissional.

MITO 4: AS COTAS SÃO PARA DEFICIENTES FÍSICOS
Por motivos socioculturais, muitos se referem às pessoas com deficiência como deficientes físicos. Ou confundem uma coisa e outra e acham que os direitos das pessoas com deficiência são exclusivos de cadeirantes e amputados, excluindo deste conceito as pessoas com deficiências auditivas, visuais, intelectuais, psicossociais e múltiplas. Pela Egalitê, trabalhamos com todos os tipos de deficiências em nossos projetos de inclusão. Todos trazem seus resultados quando suas realidade são respeitadas. E todas as pessoas com deficiência tem acesso aos direitos da inclusão.

MITO 5: OS SURDOS-MUDOS NÃO SABEM SE COMUNICAR
Sobre os surdos estabeleceram-se alguns mitos, em especial sobre sua comunicação. Surdo-mudo é uma interpretação histórica (e equivocada) de que as pessoas surdas não falam, quando na verdade muitas delas apenas não aprenderam a oralizar. Por outro lado, muitas pessoas com deficiência aprendem a oralizar e a se comunicar dessa forma. Também não é verdade que os surdos não conseguem aprender adequadamente o português. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) tem uma estrutura diferente do português e os surdos que são alfabetizados em LIBRAS muitas vezes escrevem dentro dessa estrutura mas, se forem ensinados em português, podem, sim, aprender.

MITO 6: PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÓ QUEREM SE “ENCOSTAR”
É comum também ouvir-se que as pessoas com deficiência procuram empregos para se “encostar”. E que quando elas tem dificuldades nas relações com a empresa, em alguns casos se utilizam da informação do descumprimento das cotas para negociar sua posição. Ora, isso só ocorre quando o projeto de inclusão de pessoas com deficiência estiver sendo mal gerido. A Lei de Cotas obriga ao cumprimento de uma cota, mas não há nada na norma legal que diga se “A” ou “B” são as pessoas com deficiência que devem estar na empresa. Dessa forma, pessoas com deficiência podem ser demitidas quando não existe uma relação positiva empregado/empregador. Basta, para isso, que exista uma reposição e um cumprimento da cota pela empresa. Também temos visto que em projetos de inclusão com gestores preparados para liderar processos inclusivos, colegas sensibilizados e acompanhamento das pessoas com deficiência, as empresas atraem candidatos interessados em trabalhar e fidelizam os mesmos oferecendo um ambiente saudável e inclusivo. Todos - inclusive as pessoas com deficiência - querem um emprego onde possam se desenvolver profissionalmente.

MITO 7: PESSOAS COM DEFICIÊNCIA SÃO HERÓIS
Quando não temos conhecimento sobre inclusão, as pessoas conhecem apenas os grandes exemplos de superação das pessoas com deficiência. Os grandes feitos, os superatletas paraolímpicos, as grandes histórias de pessoas com deficiência são várias e enchem de orgulho os que as conhecem, mas a realidade das pessoas com deficiência é feita de pessoas comuns que apenas querem o seu espaço e não devem ter a responsabilidade de grandes feitos todos os dias. O que as pessoas com deficiência querem é oportunidades de inclusão.

MITO 8: ACESSIBILIDADE CUSTA CARO
Primeiramente, estamos falando de algo mais do que acessibilidade arquitetônica. Acessibilidade é tudo aquilo que envolve permitir o acesso de tudo a todos. Esclarecido que rampas e banheiros adaptados são ferramentas importantes de acessibilidade, mas não esgotam o tema, devemos discorrer sobre os custos. Boa parte das obras são muito mais baratas do que se imagina, e existe como promover a acessibilidade gratuitamente. Mudanças de comportamentos podem ser lideradas por gestores preparados sem custos adicionais. Existem ferramentas tecnológicas, como leitores de telas, que são gratuitos - e às vezes a mera mudança no layout da sala, mantendo-se o mesmo mobiliário, pode permitir a inclusão das pessoas com deficiência. A chave está em conhecer para incluir.

MITO 9: SE TEM RAMPA É ACESSÍVEL
Por fim, mas não menos importante está a concepção de que se a empresa tem uma rampa é uma organização inclusiva. Muitas empresas constroem uma rampa, adaptam um banheiro e não entendem como o seu projeto de inclusão não está andando. Como dissemos as demandas das pessoas com deficiência são heterogêneas entre si, e a acessibilidade arquitetônica, embora importantíssima, não é a única relevante. Temos visto na acessibilidade humana, conceito que explica os comportamentos humanos que permitem o acesso de tudo a todos, uma ferramenta tão ou mais importante do que a acessibilidade arquitetônica, porque de nada adianta uma rampa se o gestor não contrata cadeirantes.

MITO 10: A INCLUSÃO GERA PERDA DE PRODUTIVIDADE
A possível perda de produtividade por força da contratação de pessoas com deficiência é o medo de nove em cada dez empresas - em especial as indústrias. Certamente, se você colocar uma pessoa em uma vaga que ela não tem condição de preencher sua empresa terá perda de produtividade. Mas obviamente isso somente ocorrerá quando o recrutamento for realizado equivocadamente. Da mesma forma, se uma pessoa sofre preconceito ou é mal recebida em um ambiente ela produz menos do que se trabalhasse em um ambiente adequado e receptivo. A falta da produtividade não vem da inclusão, mas sim da falta de inclusão em alguns ambientes. Recrutamento assertivo orientado por potencialidades e um ambiente preparado são as ferramentas da empresa inclusiva para não perder produtividade.

Como se vê, o desconhecimento sobre o tema tem levado a generalizações que prejudicam a inclusão das pessoas com deficiência. Como solução para os projetos de inclusão no mercado de trabalho, temos visto que a chave do sucesso está na educação do comportamento das pessoas preparadas para incluir como verdadeiros agentes multiplicadores da inclusão social.

Sócios da Egalitê Recursos Humanos Especiais, empresa que atua na inclusão de Pessoas com Deficiência (PCD) dentro das organizações.