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sábado, 29 de fevereiro de 2020

CADEIRANTE CONTA COMO ADAPTOU SUA CASA

Encontrar um imóvel para alugar ou para comprar não é tarefa fácil para ninguém. A situação ainda fica mais complicada quando quem procura é uma pessoa com deficiência física. E mesmo quando se encontra é preciso fazer uma série de modificações para atender às necessidades de um cadeirante.

O engenheiro civil Nickolas Marcon, de 32 anos, esteve em 64 prédios, dos quais somente dez ofereceram condições de acesso, nem sempre apropriadas. Enfrentou rampas íngremes e até degraus. Dos dez prédios que, efetivamente, visitou, apenas três estariam aptos a receber moradores cadeirantes com a realização de mudanças simples e pontuais. Marcon escolheu um edifício no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, que oferece boas condições de acessibilidade e é próximo ao Centro: questões básicas para ele.

Em seis anos, desde que se mudou de Curitiba para o Rio de Janeiro, após passar no concurso da Petrobras, Marcon já morou em dois apartamentos diferentes no mesmo edifício. Lá, há uma pequena rampa na entrada da garagem, ao lado da portaria, vaga no estacionamento reservada para cadeirantes e toda uma série de opções de lazer que ele pode usufruir como a sala de musculação e a piscina.

Agora, ele está no terceiro imóvel no mesmo prédio. Desta vez, optou a entrar num financiamento e realizar o sonho da casa própria. Mas, antes da decisão, analisou com cuidado a planta do apartamento e a estrutura do prédio para se certificar de que poderia fazer obras para adequar o espaço às suas necessidades.

Aos 18 anos, Marcon sofreu um acidente de carro. Estava no banco de trás, sem cinto de segurança e sofreu uma lesão na medula, o que comprometeu o movimento dos membros inferiores. A experiência acumulada em Curitiba, onde ele trabalhou em obras de adaptação de ambientes para portadores de necessidades especiais o ajudou a enfrentar o desafio de tocar o projeto de uma casa inteira destinada a um cadeirante: a sua própria casa.

Passou cerca de um mês calculando medidas e possíveis modificações no apartamento. Ele ressalta que o imóvel já estava precisando de reformas. – Mesmo eu comprando um apartamento mais antigo e amplo, com uma planta boa que poderia ser melhorada, foi complexo. Não bastava pensar em aumentar o espaço da suíte, tive de me limitar à estrutura e ao shaft (tubulações) do prédio. Optei a derrubar as dependências de empregada e um armário embutido. Com isso, consegui aumentar o espaço da suíte. O quarto, que tinha 12 metros quadrados, passou a ter 16 metros quadrados e o banheiro, de 3,8 metros quadrados teve que ser ampliado para 4,5 metros quadrados. Eu precisava efetivamente de mais espaço para me locomover – afirmou Marcon.

Ao todo foram oito meses de obra, com o engenheiro e a esposa morando no apartamento. Ele conta que, em geral, as portas, especialmente as dos banheiros, representam um sinal vermelho aos cadeirantes, pois são estreitas. Segundo Marcon, a medida padrão para portas de banheiros é de 60 centímetros, o que na prática representa aproximadamente 54 centímetros por conta das perdas provocadas pelos caixonetes e das espessuras da própria porta. Já uma cadeira de rodas tem, em média, entre 58cm e 60cm de largura. Ou seja, não dá para passar.

– No segundo apartamento onde morei daqui deste prédio, fui obrigado a arrancar a porta do banheiro para poder usá-lo. Nos períodos, quando recebíamos visitas, como no réveillon, colocávamos um lençol para tentar diminuir o constrangimento – relembra o engenheiro.

Além da preocupação de Marcon de tornar o ambiente acessível e confortável, ele também teve preocupações estéticas. – Não precisamos seguir todas as orientações da ABNT e encher a nossa residência de barras. É preciso ter sensibilidade e observar o que realmente ajudará. Algo personalizado mesmo, o que varia de acordo com cada um. Eu queria um ambiente funcional e bonito. Além disso, no futuro, com a chegada dos filhos, pretendo comprar um apartamento maior e não quero que este seja desvalorizado por conta das adaptações – explica Marcon.

O engenheiro explica que alguns dos materiais que oferecem conforto e comodidade têm preços até 40% mais altos. Além da obra, a casa de Marcon os móveis são bem espaçados. Não há tapetes em lugar nenhum porque eles enroscam nas rodas da cadeira na hora de fazer curvas. Nas maçanetas das portas, todas são do tipo alavanca, basta apoiar a mão e e empurrar a porta. As redondas ou tipo bola são ruins, porque exigem uma pegada mais forte, dificultando seu uso como ponto de apoio para abrir ou fechar as portas.

Outros detalhes também fazem a maior diferença no dia-a-dia de um cadeirante. Entre eles, armários com portas de correr, cabideiro que fica no alto com puxador basculante, calceiro deslizante, box com três folhas de blindex, que oferece mais espaço para a entrada da cadeira de rodas, torneira com misturador monocomando, um mecanismo que mantém a temperatura constante, evitando possíveis jatos de água muito quente ou fria, ar-refrigerado acionado por controle remoto e interruptor paralelo, assim ele pode desligar a luz do quarto após se deitar. Todas adaptações idealizada por Marcon no apartamento.

O coordenador do projeto de acessibilidade do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetutra do Rio, Itamar Kalil, afirma que não há uma determinação legal que obrigue as construtoras a investirem em apartamentos voltados às pessoas portadoras de necessidade especiais. Entretanto, nas áreas comuns é obrigatório haver itens de acessibilidade, mas, muitas vezes, a lei não é cumprida e ainda são negligenciadas pelas prefeituras, que são responsáveis pela fiscalização, segundo Kalil.

No site do Ministério da Justiça, é possível encontrar informações detalhadas sobre as normas de acessibilidade nas edificações e mobiliários urbanos. Veja o documento: Acessibilidade e edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

Fonte: Zap Imóveis


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Debate sobre acessibilidade no Transporte

Abrindo a série de audiências da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidorque discutirão "Acessibilidade e Qualidade no Transporte Público Coletivo de BH" em todas as regionais da cidade, a situação dos veículos e equipamentos de segurança, o atendimento prestado e as dificuldades enfrentadas pelos usuários nas linhas que operam na Regional Leste serão debatidas na próxima quarta-feira (28/10), às 18h30, no Plenário Helvécio Arantes. Requerido pelo presidente do colegiado, vereador Leonardo Mattos (PV), o encontro é aberto à participação de qualquer cidadão interessado.

Elevadores estragados, cintos de segurança que não funcionam, falta de capacitação e gentileza de motoristas e agentes de bordo foram alguns dos problemas apontados no transporte coletivo por usuários com deficiência na audiência pública promovida em setembro pela mesma comissão, também solicitada por Mattos. Como encaminhamento do debate, o parlamentar, que também é cadeirante, propôs a realização de novas audiências para discutir a falta de acessibilidade com representantes do poder público, empresas concessionárias, entidades de defesa das pessoas com deficiência, moradores e usuários em cada uma das nove divisões administrativas regionais da capital.

Segundo Mattos, as principais reclamações ouvidas durante as reuniões da Pré-Conferência Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que aconteceram no primeiro semestre deste ano, também estavam relacionadas à falta de acessibilidade no transporte coletivo por ônibus, problema que, de acordo com o parlamentar, precisa ser solucionado em curtíssimo prazo pela BHTrans.

Na sequência, deverão ser debatidas as situações das regionais Centro-sul (17/11); Nordeste (24/11); Venda Nova (15/12) e Barreiro (23/2/16). As datas e os locais das audiências, bem como o agendamento dos debates nas demais regionais, serão confirmados e divulgados oportunamente.

Convidados

Para avaliar a situação e debater os eventuais problemas apontados, foram convidados os secretários municipais de Governo e de Administração Regional Leste, com as respectivas gerentes de Manutenção e de Atendimento à População; Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap); BHTrans; Ouvidoria Geral do Município; Defensoria Pública da Pessoa com Deficiência; Promotoria de Justiça do Direitos da Pessoa com Deficiência de BH; Coordenadoria Municipal de Direitos das Pessoas com Deficiência; Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de MG (Condep); Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB-MG; Conselho de Arquitetura e Urbanismo de MG; e Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-MG).

Representando as empresas de transporte coletivo, os sindicatos dos Rodoviários de Belo Horizonte; dos Permissionários Autônomos do Transporte Suplementar da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sindipautras); das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH); Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado de MG; e o Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte (Transfácil).

Também são aguardados representantes das entidades Associação Mais Acessível (AMA), Associação de Deficientes Visuais de Belo Horizonte (Adevibel), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Escritório Estadual da Federação Brasileira de Instituições de Excepcionais (Fiebex) e Creche Tia Dolores, além de todos os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) localizados na Região Leste.


sábado, 22 de fevereiro de 2020

Álcool e drogas na adolescência: quais são suas consequências?



A adolescência é uma fase na vida marcada por transformações físicas, psíquicas e sociais. Nesse período, o jovem está testando possibilidades. É o momento em que naturalmente se afasta da família e se adere ao grupo de “iguais”. Nessa fase está vulnerável a comportamentos que podem fragilizar sua saúde. Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos. Os prejuízos provocados pelo uso do álcool e de drogas podem ser agudos (intoxicação ou overdose) ou crônicos, produzindo alterações mais duradouras ou até irreversíveis.

Todas as substâncias psicoativas usadas de forma abusiva produzem o aumento do risco de acidentes e violência, e adolescentes são mais vulneráveis, por tornar mais frágeis os cuidados de autopreservação, que já são enfraquecidos nesse período da vida. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o álcool é o maior fator de risco de morte entre adolescentes entre 15 e 19 anos, superando o uso de drogas. Cerca de 14 mil mortes de crianças e jovens com idade menor de 19 anos, nas Américas, foram atribuídas ao álcool em 2010. O álcool é a droga mais utilizada nessa faixa etária e pode causar intoxicações agudas graves, convulsões e hepatites.

O uso de maconha pode produzir a síndrome amotivacional, caracterizada por passividade, apatia, falta de objetivos, de ambição, de interesses e de comunicação, podendo levar à queda do desempenho escolar, aumentar a ansiedade e, consequentemente, aumentar o seu uso. Durante intoxicações por drogas alucinógenas, quadros delirantes e alucinatórios aumentam o risco de acidentes e podem desencadear quadros psicóticos.

O uso de drogas, tabagismo e o consumo abusivo de bebidas alcoólicas podem desencadear problemas para a fertilidade do adolescente do sexo masculino. O comportamento de risco, com uso de drogas e excesso de álcool, também aumenta o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, que por sua vez podem afetar a qualidade do sêmen. O tabagismo, mesmo passivo, pode alterar o volume do sêmen e prejudicar a sua qualidade. O uso crônico de maconha e drogas alucinógenas também pode alterar a qualidade do sêmen, podendo levar à diminuição da quantidade e da motilidade dos espermatozoides.


sábado, 15 de fevereiro de 2020

Confira 12 normas de acessibilidade que o seu estabelecimento comercial deve ter

Os estabelecimentos comerciais brasileiros devem se adequar àsnormas de acessibilidade previstas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A entidade estabelece uma série de exigências que empresas que atuam no varejo devem cumprir  para suprir necessidades de funcionários e clientes portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida. Confira 12 normas a seguir.

Normas de acessibilidade para estabelecimentos comerciais

1. A loja deve ter estrutura esinalização adequadas para quem se move com equipamentos auxiliares, como muletas. Por exemplo, alertando sobre desníveis;

2. Para cadeirantes, a ABNT prevê que o espaço de deslocamento de uma cadeira de rodas é equivalente a um perímetro de 0,80 por 1,20 m. Portanto, a área de circulação deve respeitar essas medidas e prever espaço suficiente para manobras;

3. As vagas de estacionamento reservadas para portadores de deficiência devem estar localizadas em área próxima à entrada do estabelecimento, e devem ter acesso direto ao local, de forma acessível. Também é necessário que estejam sinalizadas adequadamente;

4. Rota acessível é um trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos ou internos de espaços e edificações, e que possa ser utilizado de forma autônoma e segura por todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência.

A rota acessível deve também levar em conta a parte externa, o que pode exigir, por exemplo, a instalação de rampas;

5. Todas as portas devem ter vão livre mínimo de 0,80 m e altura mínima de 2,10 m. Além disso, as maçanetas devem ser instaladas em altura entre 0,90 m a 1,10 m e devem poder ser operadas em um único movimento, sem exigir muito esforço;

6. Sanitários acessíveis devem ser instalados junto às rotas acessíveis e integrados às demais instalações sanitárias. Caso estejam isolados, é preciso instalar um botão de emergência para o caso de quedas;

7. Em estabelecimentos de grande porte, como centros comerciais, é recomendado que sejam disponibilizados telefones que recebem e transmitem mensagens (TDD) para a comunicação de deficientes auditivos;

8. É recomendado que ao menos 5% das mesas de trabalho ou para refeições – exige-se ao menos uma – devem ser acessíveis a pessoas com cadeiras de rodas a uma altura entre 0,75 m e 0,85 m, e permitir avanço até o máximo de 0,50 m;

9. Os equipamentos e serviços de acessibilidade do estabelecimento devem estar indicados conforme o Símbolo Internacional de Acesso (SAI);

10. Os estabelecimentos devem possuir sinalização tátil dirigidas para pessoas com deficiência visual e cegas. A representação pode se dar através de relevos ou na linguagem Braille;

11. Em casos de emergência ou perigo, deve ser emitida sinalização sonora destinada aos deficientes visuais;

12. Estabelecimentos comerciais que dispõem de elevadores devem ter instalados nesses equipamentos sistemas de proteção e reabertura de portas, para os casos de obstrução durante o seu fechamento. O sistema deverá proteger o espaço entre 5 cm e 120 cm, contados a partir do piso do elevador, e conter, no mínimo, 16 feixes de luz interruptores.

Os elevadores também devem ter espaço suficiente para manobrasefetuadas por cadeirantes.

Se você tem alguma dúvida ou sugestão sobre o assunto, deixe um comentário abaixo e contribua com a troca de ideias. Não esqueça de compartilhar esse artigo com seus amigos nas redes sociais.


sábado, 8 de fevereiro de 2020

Acessibilidade: Entender a aplicabilidade da lei de acessibilidade e os consequentes desafios para o ambiente escolar.

Todas as pessoas, entre as quais se incluem as que possuem algum tipo de deficiência, têm direito ao acesso à educação, à saúde, ao lazer e ao trabalho. Essas áreas contribuem para a inserção social, desenvolvimento de uma vida saudável e de uma sociedade inclusiva.

Com uma população de 190 milhões de habitantes (IBGE 2010) o Brasil atravessa grandes mudanças nos últimos anos no campo econômico e social com desafios a serem superadas pela sociedade inclui-se neste contexto o envelhecimento populacional e a inclusão das pessoas portadoras de necessidades especiais.

O tema acessibilidade é novo no Brasil e regulamentado por etapas desde a Constituição Federal de 1988 e com último Decreto Federal 5.296/2004 sobre revisões técnicas sobre mobilidade e mobiliários urbanos e revisado a norma recente no final de 2015.

A Lei da Acessibilidade trouxe avanços e adequações no espaço urbano, mobilidade urbana, espaços privados e públicos, porém as barreiras aos ambientes e realização de tarefas dificultam a locomoção dos usuários que ficam privados de acesso e consequentemente, sua inclusão social.

No contexto abordado, segundo o IBGE 2010 no Brasil 45 milhões de pessoas tem alguma deficiência e neste contexto que trata o decreto analisado no presente artigo sobre Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, ao atentar para as necessidades existentes e necessidades de adequações por parte de órgãos públicos, escolas e a sociedade de maneira geral abre um espaço para abordar esse importante tema, se aliado ao governo que se adotasse efetivamente a temática como política pública como se tem na área da saúde, ambiental, tabagismo, dentre outros programas existentes.

Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, acessibilidade deriva do latim accessibilitate e significa a qualidade de ser acessível, ou ainda, facilitar o acesso a alguma coisa. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), através da Norma Brasileira (NBR) 9050 (2004, p.2), define acessibilidade como “possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização com segurança e autonomia de edificações, espaços, mobiliário, equipamento urbano e elementos”.

A Lei da Acessibilidade através do decreto 5.296/2004 contempla e define a pessoa portadora de deficiência:

I – Pessoa portadora de deficiência, além daquelas previstas na Lei n. 10.690 de 16 de junho de 2003, a que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias:

a) deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções;

b) deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz,
1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;

c) deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;

d) deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas

As pessoas obesas também são consideradas portadoras de necessidades especiais no conceito da acessibilidade.

Para Cohen e Duarte (2001, p.2),

a delimitação adequada do conceito de acessibilidade reside no seu potencial de gerar novos paradigmas para o planejamento de espaços, bem como para a reflexão e abordagem de uma temática que tem estado tão presente em discussões onde se buscam respostas para os inúmeros problemas hoje encontrados nas cidades por pessoas com deficiência.

Para os efeitos da NBR 9050 aplicam-se as seguintes definições: Acessibilidade: Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos.

Acessível: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento que possa ser alcançado, acionado, utilizado e vivenciado por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida. O termo acessível implica tanto acessibilidade física como de comunicação.

Adaptável: Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento cujas características possam ser alteradas para que se torne acessível.

Acessibilidade Espacial

A definição do termo acessibilidade abrange diversos aspectos, necessidades, espaço dentre outros, por isso até hoje sofrem modificações.

Entretanto o conceito de acessibilidade é muito mais amplo, a acessibilidade espacial tem como função identificar quais usuários teriam mais dificuldades na realização de atividades e o propor a adequação mais pertinente ao ambiente relacionado.

Para Dischinger (2004, apud OLIVEIRA, 2006),

“(…) a acessibilidade espacial é a possibilidade de compreensão da função, da organização e das relações espaciais que o ambiente estabelece, e a participação das atividades que ali ocorrem, fazendo uso dos equipamentos disponíveis com segurança e autonomia”.

Por desconhecimento muitos consideram locais acessíveis aqueles em que uma pessoa que utiliza cadeira de rodas possa entrar e circular, mas se esquecem de que, além da deficiência físico-motora, existem as deficiências visual, auditiva e cognitiva, as quais exigem outras adequações espaciais. Não levam em consideração, igualmente, que não só as pessoas com deficiência podem sofrer restrições no desempenho de atividades devido às barreiras presentes nos ambientes, mas também idosos, gestantes, crianças, obesos, entre outros, exemplificam essa situação.

Com o intuito de compreender melhor a acessibilidade espacial de pessoas com deficiência e/ou que sofrem algum tipo de restrição, Dischinger et al. (2009) identificaram quatro componentes, a partir dos quais é possível avaliar o nível de acessibilidade do ambiente construído:

Orientação espacial: é a condição de compreensão do espaço que permite ao usuário orientar-se, de modo que saiba onde está, o que fazer e para onde ir, a partir de informação arquitetônica e adicional, como placas, mapas, layout do ambiente. É o que permite definir rotas para chegar a um determinado destino. Com o auxílio de pisos podotáteis, um deficiente visual tem condições de saber o caminho a ser percorrido e reconhecer a existência de obstáculos no seu entorno. Isso facilita, portanto, sua orientação e, como consequência, seu deslocamento seguro e independente. Os deficientes visuais são os usuários que mais apresentam problemas de orientação especial.

Deslocamento: é a possibilidade de deslocar-se de forma independente ao longo de percursos verticais e horizontais, os quais devem ser livres de obstáculos, confortáveis e seguros. Os usuários mais prejudicados com a ausência de tais percursos são os deficientes físico-motores (membros inferiores). Muitos deles fazem uso de cadeiras de rodas ou muletas; necessitam, portanto, deslocar-se de forma mais facilitada. Rampas e elevadores auxiliam o deslocamento desses usuários.

Uso: é a condição que permite o uso de equipamentos e a participação em atividades sem conhecimento prévio, com conforto e independência. Os equipamentos devem ser acessíveis a todos os usuários, de forma que possuam orientação quanto ao seu funcionamento e sejam de fácil uso. Dependendo das condições dos equipamentos, uma variedade muito grande de usuários pode apresentar, portanto, dificuldade no uso e, consequentemente, na realização de atividades. Crianças podem ter dificuldades de alcance; deficientes cognitivos e visuais, de compreensão do funcionamento de equipamentos; e pessoas que utilizam cadeiras de rodas, de aproximação em bancadas, por exemplo.

Comunicação: é a troca de informações entre pessoas ou entre pessoas e equipamentos de tecnologia assistida, como terminais de computador, telefones com mensagem de texto, que permitam o ingresso aos ambientes, o uso de equipamentos e a participação nas atividades. Deficientes auditivos são os que mais apresentam dificuldades de comunicação, pois são raros os locais em que há a presença de intérprete de libras.

Para que a acessibilidade ocorra de forma efetiva, todos esses componentes espaciais devem ser atendidos: o indivíduo precisa ter acesso à informação, deslocar-se e utilizar equipamentos com independência, interagir com os demais e participar de atividades, o que torna possível sua inclusão na sociedade.

Uma pessoa com deficiência é julgada “não eficiente” por não ser igual às pessoas “comuns”. Essa atitude de desigualdade dificulta sua participação nas mais diferentes funções, como trabalho e lazer. No caso dos hotéis, certamente é frustrante para uma pessoa com deficiência saber que é quase impossível realizar atividades de forma independente, sem ajuda de alguém, ou talvez que o hotel não ofereça espaço adequado para seu deslocamento – no caso das pessoas que utilizam cadeira de rodas.

A deficiência é uma manifestação corporal ou a perda de uma estrutura ou função do corpo. A deficiência é, portanto, uma modificação fisiológica no organismo do indivíduo e pode ser dividida, segundo Dischinger (2004), em quatro grupos: deficiências sensoriais, cognitivas, físico-motoras e múltiplas.

a) Deficiências sensoriais são aquelas em que há perdas significativas na capacidade dos sistemas de percepção. Essas deficiências ocorrem nos diferentes sistemas perceptivos: orientação, háptico, visual, auditivo e palato- olfativo. Esses sistemas, quando alterados, podem gerar dificuldades para que o indivíduo perceba as informações do meio ou aquelas provenientes de outras pessoas, o que torna difícil, principalmente, sua orientação e comunicação.

b) Deficiências cognitivas afetam as atividades mentais e causam dificuldades na compreensão e tratamento das informações recebidas. Comprometem os processos de aprendizado, comunicação linguística e interpessoal. O indivíduo com deficiência cognitiva pode apresentar problemas de raciocínio, memória e concentração, e isso dificulta sua aprendizagem, utilização da linguagem oral e escrita e convívio social.

c) Deficiências físico-motoras são aquelas que alteram a capacidade de realização de atividades que exijam força física, coordenação motora, precisão de movimentos e deslocamento de um indivíduo. Diversos fatores podem ser responsáveis pela alteração nos movimentos de uma pessoa: lesões, má-formação ou paralisia nos membros superiores e inferiores, presença de dor, falta de tonicidade muscular, entre outros.

d) Deficiências múltiplas são aquelas em que ocorre a associação de mais de um tipo de deficiência. São mais comuns na população idosa devido, por exemplo, à perda parcial da visão, da audição, do equilíbrio e à presença de diferentes patologias. Outro exemplo é a surdo-cegueira, quando o indivíduo possui, simultaneamente, deficiência auditiva e visual.

Qualquer pessoa, em algum momento de sua vida, pode sofrer algum tipo de limitação, seja em suas capacidades físicas, cognitivas, seja nas psicológicas. Cabe salientar que essas limitações nem sempre são decorrentes de deficiências. Assim, dificuldades ou impedimentos em realizar alguma atividade podem resultar das características ambientais. Uma escada, por exemplo, é uma barreira para uma pessoa que utiliza cadeira de rodas. A existência de um elevador não a impede, contudo, de acessar outros pavimentos em um edifício. Uma criança sem apresentar deficiência pode sofrer restrição para realizar uma atividade – acender a luz – se o interruptor estiver fora de seu alcance.

Nesse sentido, o termo restrição é bastante importante quando se trata de acessibilidade. Bins Ely e Dischinger (2009) asseveram que o termo restrição pode ser definido como a dificuldade existente para a realização de atividades desejadas resultantes da relação entre as condições dos indivíduos e as características ambientais. Sua definição é necessária para que espaços acessíveis possam ser projetados não apenas para aqueles que apresentam algum tipo de deficiência, mas para todas as pessoas.

Portanto, as causas das restrições na realização de atividades podem originar das próprias condições dos indivíduos (como presença de uma deficiência, de idade avançada…) ou das condições do meio, demonstrando a importância de bons projetos de ambientes e equipamentos, livres de barreiras, para a inclusão social de todos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Pelo ensaio apresentado evidencia que o Brasil necessita dar atenção aos portadores de necessidades especiais notadamente a escola como prioridade em receber o público de forma respeitosa e adequada as suas necessidades, porque compromete desde o deslocamento em todos os ambientes até a sala de aula onde ocorre a maior exclusão social da pessoa, são muitas barreiras além de cumprir a lei, temos ainda escadas, rampas, espaços e ergonomia em desacordo a legislação, arquitetura e engenharia devem prestar atenção ao cumprimento deste requisito básico nas obras e buscar assessorar-se de profissionais capacitados na área.

Ao governo deve-se cumprir a lei também em seus ambientes e abarcar as outras áreas com diretriz única na Política Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Quero citar o exemplo de intervenções no combate ao tabagismo que desenvolve ações por meio do Programa Nacional de Controle do Tabagismo com políticas públicas voltada a Educação e na Informação Pública com o apoio das escolas em todo o Brasil e regulamentação do setor.

Ao voltar para o segmento da Acessibilidade que apesar de leis e ampla divulgação das necessidades dá-se ainda pouca importância a parcela da sociedade brasileira que ainda vive as margens e dificuldades de manter os direitos básicos garantidos na constituição.

Amplo programa com o envolvimento educacional seria mais um importante instrumento de fiscalização da própria sociedade e faz com que as oportunidades geradas possam suprir as necessidades existentes.

Através dos órgãos da sociedade civil organizada e todos os meios existentes e que oferecem atenção a esta parcela das pessoas e contatando com o apoio das escolas públicas e privadas em todos os níveis ampliariam o conhecimento, necessidades e deveres de todos começando pela educação da criança desde cedo no ambiente escolar.

Lamentavelmente a acessibilidade ainda não é prioridade nem pelos responsáveis em seus ambientes, além disso, a maioria da sociedade desconhece as leis e normas para cobrar seus direitos.

Devem-se discutir estes temas em escolas, universidades, profissionais de todos os segmentos da sociedade brasileira, e por fim destacar que a fiscalização no Brasil não consegue atender a demanda e os ambientes acabam por descumprir as adequações necessárias com as leis e decretos analisados no presente artigo.

Nos próximos artigos vamos tratar da nova legislação que contém avanços alteradas no final do ano de 2015 junto com a Revista Direcional que está empenhada em informar os seus leitores de forma prática e contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária principalmente no ambiente educacional.

Informações do autor:

Prof. Willian Pereira – Professor Universitário, Mestrando em Administração de Empresas focado nos pequenos e médios empreendimentos, Consultor na Área Educacional voltada para Adequação de Acessibilidade, Prevenção/Riscos e Seguros Patrimoniais e Pessoais, Sócio-Diretor da Meu Mundo Acessível.

 REFERÊNCIAS:

COHEN, Regina; DUARTE, Cristiane Rose. Subsídios para o planejamento de acessibilidade aos espaços urbanos. Belo Horizonte, 2001. In: Anais do II Seminário Internacional Sociedade Inclusiva, PUC-Minas.

Revista Brasileira de Administração Pública, v. 42, p. 969-991,
2008. WOOD JR, T; CALDAS, M. P. Empresas Brasileiras e o Desafio da
Competitividade. RAE

COUTINHO, L; FERRAZ, J.C Estudo da competitividade da indústria brasileira.
4ª ed. Campinas: Papirus Editora, 2002

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio. CD-ROM, versão 5.0

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9050. Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências a Edificações, Espaço, Mobiliário e Equipamentos Urbanos. Rio de Janeiro, 31 mar. 2004.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 05 out.
1988 e IBGE 2010.

BRASIL. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília, 2004.

DISCHINGER, M.; BINS ELY, V. H. M.; MACHADO, R. Desenho Universal nas Escolas: acessibilidade na rede municipal de ensino de Florianópolis. Florianópolis: Grupo PET/Arq/SESu/UFSC, 2004.

Lorita, M.F., Pagliuca; A.E.A., Aragão, P.C.Almeida. Acessibilidade e deficiência física: identificação de barreiras arquitetônicas em áreas internas de hospitais de Sobral, Ceará. Rev. esc. enferm. USP; 41(4); 581-588; 2007-12.

OLIVEIRA, A. S. D. A. de. Acessibilidade espacial em centro cultural: estudo de casos. Florianópolis, 2006. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina.

PINTO, A. C. A. Hotel universal: diretrizes projetuais e de acessibilidade. Florianópolis, 2007. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Programa de Pós- Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina.

Vera Helena Moro Bins, Ely; Cristiane Silveira da, Silva. Prod.; 19(3); 489-501;
2009 UFSC.




sábado, 1 de fevereiro de 2020

Perda Auditiva

Conheça as principais causas da perda auditiva

O que causa a perda auditiva? Quando a razão não está relacionada simplesmente à idade, os fatores mais comuns são infecções, perfurações do tímpano, uso indevido de tecnologias e barulho intenso no trabalho.

A audição possibilita novos aprendizados, tranquiliza a mente e ajuda-nos a melhorar a visão de mundo. Tudo isso faz da capacidade de ouvir uma das principais dádivas do ser humano.

Apesar de todas as maravilhas desse sentido inato, muita gente não toma os devidos cuidados para manter a sensibilidade aos sons bem apurada. Assim, existem várias causas da perda auditiva, que atingem não só idosos, mas também jovens.

Atualmente, as músicas em volume muito alto, vibradas nos fones de ouvido, são as principais responsáveis por inúmeros problemas no ato de ouvir. Para você cuidar adequadamente da sua audição, mostraremos, neste post, o que deve ser evitado para que a consequência mais drástica não atinja a sua vida. Acompanhe!

Como é o funcionamento do ouvido?

Responsável por um dos cinco sentidos humanos, o ouvido nos possibilita perceber os sons de formas variadas. Afinal, existem pessoas que têm o órgão mais apurado, com uma maior sensibilidade. Basicamente, existem três áreas: a externa, a média e a interna.

Assim, as ondas sonoras são coletadas e encaminhadas à parte interna, estimulando os receptores do nervo auditivo. Além de coletar, processar e enviar os sinais sonoros ao cérebro, o órgão também tem um papel de ajudar no equilíbrio do indivíduo.

Podendo receber sons de até 130 decibéis, o ouvido ainda tem um papel emotivo, influenciando na construção da personalidade desde os primeiros meses de vida, ainda na barriga da mãe, ou seja, tudo que se ouve influencia de alguma forma o ser que nascerá futuramente.

Sendo extremamente delicada, a audição precisa ser devidamente cuidada para evitar problemas, como a temida perda total desse sentido.

Quais são as principais causas da perda auditiva?

O que causa perda auditiva? Quando a razão não está relacionada simplesmente à idade, os fatores mais comuns são infecções, perfurações do tímpano, uso indevido de tecnologias e barulho intenso no trabalho.

As situações que causam a perda auditiva podem ser facilmente evitadas. No entanto, há casos ocasionados por problemas que necessitam de um tratamento médico, com um devido acompanhamento de um profissional especializado.

A perda da audição pode acontecer de maneira repentina ou gradual. Abaixo, entenda melhor as variáveis que envolvem as principais causas da perda auditiva.

Infecções

Entre os principais problemas que levam à perda da audição, estão as infecções, como a otite. Elas podem ser causadas por bactérias ou vírus, principalmente como sintomas de outras doenças: por exemplo, uma forte gripe ou uma alergia.

Uma das infecções mais comuns é a otite média, que gera a infecção do ouvido médio, localizado atrás do tímpano. O acúmulo de líquido ou de impurezas na tuba auditiva, região ligada à parte posterior da garganta, facilita a inflamação, gerando um incômodo terrível.

Perfuração do tímpano

A perfuração do tímpano pode acontecer por meio de atitudes pouco saudáveis contra o órgão. Entre elas, podemos citar a limpeza com materiais pontiagudos, como tubo de caneta, grampo de cabelo e até hastes flexíveis. Vale lembrar que existem métodos mais saudáveis para manter o ouvido limpo e longe do excesso de cera.


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No entanto, a causa mais comum da perfuração do tímpano também é a otite média, em razão das infecções. O paciente sente uma intensa dor e sofre com sangramentos, coceira, zumbidos, diminuição da audição e presença de secreções amarelas. A dica é procurar um médico no momento em que os primeiros sintomas começarem a aparecer.

Uso indevido de tecnologias

Mesmo sendo muito úteis no dia a dia, as novas tecnologias também podem ser vilãs da nossa saúde, caso não sejam utilizadas com cuidado. Entre as ferramentas mais modernas, estão os fones de ouvidos. Hoje, existem modelos que transmitem sons em volumes altíssimos e com a possibilidade de duração por horas, inclusive fones autônomos, que salvam as músicas em suas memórias internas.

Por isso, quem curte correr, caminhar ou fazer musculação com o som em alto volume deve tomar muito cuidado. A orientação é sempre manter o volume em uma escala agradável.

Essa é uma das principais causas da perda auditiva entre os jovens. É uma situação que só pode ser corrigida por meio do uso de aparelhos auditivos.

Muitos smartphones, quando conectados a fones de ouvido, alertam para o volume que pode ser prejudicial. Portanto, vale a pena seguir essa indicação. Caso o som seja percebido por quem está ao seu lado, também acenda o sinal de alerta. Previna-se!

Barulho intenso no trabalho

Outra causa da perda auditiva é a exposição a barulhos intensos no ambiente de trabalho, como aqueles provenientes de máquinas, soldas, furadeiras, guitarras, baterias, baixos e afins.

É dever dos supervisores garantir que todos os profissionais façam uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), que são utensílios (como máscaras, óculos e cinto de segurança) usados por quem atua em profissões que possam oferecer algum tipo de risco à saúde física.

O protetor auricular faz parte dos EPLs. O seu formato e o tecido de silicone protegem a audição de altas atenuações e garantem o conforto do trabalhador.

Quais são os principais sintomas da perda auditiva?

A nossa audição muda conforme o tempo. Entre o “escutar tudo muito bem” e o “ouvir absolutamente nada”, há um espectro extenso, com diferentes níveis de perda auditiva. Veja quais são os principais sintomas:

ouvir sons fracos e difíceis de identificar: por exemplo, necessidade de manter o volume da TV muito alto e impossibilidade de escutar sons a distância;
escutar e falar com dificuldade em meio a ruídos: dificuldade de manter uma conversa em ambientes com grande fluxo de pessoas e impossibilidade de dirigir com segurança, por exemplo;
manter conversas que sempre precisam ser conduzidas em um alto volume e com grande esforço;
escutar apenas sons fortes: esse já é um sinal de perda auditiva severa, o que torna impossível escutar sem um aparelho auditivo.

É importante se manter atento aos sinais que apontam para a perda auditiva. É dessa forma que se pode buscar uma ajuda especializada o mais cedo possível.

Qual é a solução para a perda auditiva?

A solução mais apropriada após uma consulta ao fonoaudiólogo normalmente é o uso de um aparelho auditivo. De maneira geral, o aparelho atua em conjunto com as quatro principais regiões que formam o nosso sistema auditivo: o ouvido externo, interno médio e o nervo auditivo.

As ondas sonoras que entram pelo ouvido externo (a parte mais externa do ouvido) chegam ao aparelho auditivo e são amplificadas. Os impulsos maiores chegam até o nervo auditivo, que consegue enviar mais informações sonoras ao cérebro, permitindo que a pessoa consiga interpretar os sons ao seu redor.

O “segredo” está sempre em procurar ajuda médica especializada e não se deixar abalar por causa da perda de audição, afinal, existe solução!

Seja você um músico, seja você um soldador, valorize sempre a utilização do protetor auricular. Agora que você já sabe o que causa a perda auditiva e como evitar danos ao ouvido, certamente, esse problema estará bem distante da sua realidade.

E aí, gostou do nosso post? Continue a visita ao nosso blog, agora, para conhecer os principais tipos de aparelhos auditivos.