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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Respeito a vida

O mês de maio começou e com ele a Campanha Maio Amarelo, movimento nacional que nasceu para chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito. A iniciativa acontece simultaneamente em todo o mundo. Durante o período, várias ações são realizadas pelos órgãos de trânsito e instituições públicas e privadas.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos aproximadamente 1,3 milhões de pessoas morrem vítimas da imprudência ao volante. Dos sobreviventes, cerca de 50 milhões vivem com sequelas. O levantamento foi feito em 2009 em 178 países. Além disso, o trânsito é a nona maior causa de mortes do planeta.

Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. O que representa um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.

Sem campanhas de conscientização, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030.

Acidentes no Brasil

O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, atrás da Índia, China, EUA e Rússia. Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, foram registrados 37.306 óbitos e 204 mil pessoas ficaram feridas.

O Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) pagou, em 2015, 42.500 indenizações por morte no país e 515.750 pessoas receberam amparo por invalidez.

Principais causas

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre as principais causas dos acidentes com mortes ocorridos em 2016 estão falta de atenção (30,8% dos óbitos registrados); velocidade incompatível (21,9%); ingestão de álcool (15,6%); desobediência à sinalização (10%); ultrapassagens indevidas (9,3%); e sono (6,7%).

As colisões frontais responderam por 29% das vítimas mortas no ano passado, seguidas pelos atropelamentos de pedestres (18,2%). Condutores ou passageiros de motocicletas foram 17,8% dos mortos; ciclistas, 4,1%.

A cada quatro mortes, três ocorreram em pista seca. Mais de 70%, em retas. Mais da metade foram registradas à noite (53,8%), em trechos de pista simples (61,7%) e em regiões rurais (68,9%).

Os jovens de 20 a 24 anos são a faixa etária mais atingida, somando 14,2% dos mortos. Idosos acima de 60 anos, 12,3%. Os homens representaram 79,3% das vítimas que perderam a vida.

Ao longo de todo o ano de 2016, a PRF flagrou, apenas no Paraná, 3.567 motoristas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas; 22,8 mil manobras irregulares de ultrapassagem; e mais de 235 mil veículos acima da velocidade máxima permitida.

Orientações

Entre as condutas recomendadas pela PRF aos motoristas para evitar acidentes estão respeitar as placas de sinalização, em especial os limites de velocidade; fazer revisões periódicas do veículo e conferir o funcionamento dos equipamentos obrigatórios; planejar a viagem e evitar dirigir com pressa, cansado ou com sono; manter uma distância mínima de segurança em relação aos demais veículos; em caso de chuva, redobrar os cuidados e reduzir a velocidade.

domingo, 11 de junho de 2017

Casa com acessibilidade

Algumas adaptações na casa onde moram pessoas com mobilidade reduzida são necessárias para tornar a vida mais fácil. Segundo a arquiteta Laurimar Coelho, é importante frisar que todo espaço destinado à pessoa com mobilidade reduzida ou mesmo com deficiência visual deve proporcionar a ela total autonomia.

Isso quer dizer que o cadeirante, o usuário de bengala ou andador deve contar com todos os dispositivos necessários para que ele mesmo execute qualquer atividade sem pedir a ajuda de outras pessoas. “Do contrário, trata-se de um espaço adaptado e não acessível”, explica a arquiteta.

Para o arquiteto Augdan Oliveira Leite, são estratégicos os corredores de acesso aos ambientes, que devem ter espaço para a passagem da cadeira de rodas, e o uso de barras de segurança no banheiro.

O arquiteto recomenda que o ambiente seja bem clean, sem muitos móveis, para facilitar a circulação. As áreas externas devem ter rampas e só devem ser usados pisos antiderrapantes.

No caso de um sobrado, Augdan disse que podem ser instalados elevadores monta-carga. Segundo o arquiteto, eles custam R$ 60 mil, em média, mas não ocupam muito espaço e a instalação é muito prática. “Para quem pode arcar com o custo, o benefício é proporcionar acesso fácil à parte de cima da casa”, avalia.

Dez dicas para adaptar a casa

Segundo Laurimar, a NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas trata exclusivamente do assunto e traz todas as referências a respeito das modificações em edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Veja as principais mudanças a serem feitas:


1- Pessoas que usam cadeiras de rodas ou mesmo andadores e bengalas e também com visão comprometida têm muita dificuldade para se locomover em pisos inclinados ou em espaços com escadas. Portanto, a primeira modificação é providenciar rampas e o nivelamento de pisos. Prefira sempre pisos antiderrapantes e elimine todos os tapetes da casa. No caso das rampas, há um padrão adequado para a sua construção. Do contrário, um cadeirante, por exemplo, não vai conseguir conduzir sozinho sua cadeira, pois não terá força suficiente para impulsioná-la em aclives e falta de segurança em declives. Uma rampa apropriada para cadeirante deve ter, no máximo, 8% de inclinação. Em espaços públicos, a rampa deve oferecer ainda patamares de descanso.

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SERVIÇOS

Em uma residência, a construção de rampas nem sempre é viável por conta da falta de espaço suficiente. Quanto maior o desnível, mais longa é a rampa. Neste caso, é preciso fazer um estudo detalhado do imóvel para oferecer patamares com espaço suficiente para um cadeirante poder manobrar sem risco de acidente. Há ainda a oferta de plataformas elevatórias, cadeiras elevatórias ou elevadores residenciais. Mas o custo é alto.

2- Corredores largos são essenciais também. Cadeirantes, pessoas com bengalas, muletas ou andadores precisam de, no mínimo, um metro para se locomoverem sem se chocar com as paredes.

3- Para cadeirantes é essencial também utilizar portas mais largas – 90 cm no mínimo. O peitoril de janela pode baixar para 70 cm de altura para cadeirantes, mas não é ideal para idosos ou crianças que circulam bem.

4- Portas e janelas devem ter maçanetas e puxadores especiais para o caso de a pessoa não ter braços ou mãos com atividade plena. No caso de residência para cadeirante, aconselha-se ainda a proteção metálica ou reforçada para a parte inferior das portas. Isso aumenta sua vida útil, já que pequenas colisões da cadeira são inevitáveis.

5- Nos dormitórios, prefira móveis de cantos arredondados para evitar ferimentos. Closet ou guarda-roupas devem ter projeto especial para facilitar o acesso a calçados e roupas. Acessórios que facilitam a manipulação e acomodação de cabides já existem no mercado. O ideal é contar com móveis de portas de correr, pois ocupam menos espaço e são mais práticas, em especial para os cadeirantes. Para eles, é preciso prever ainda o espaço de circulação da cadeira (1,5 metro x 1,5 metro é o mínimo para uma cadeira de rodas girar em seu próprio eixo). Ele deve ser suficiente para a manobra livre e a transferência da pessoa para a cama. Por isso, o ideal é que a cama não seja encostada na parede. O mesmo espaço é exigido nos banheiros.

6- Tomadas e principalmente interruptores de luz devem estar na altura adequada para o portador de deficiência alcançá-los. O ideal é fazer o projeto personalizado. Controles, botões, teclas e similares devem ser acionados através de pressão ou de alavanca.


7 - No banheiro, os cuidados são redobrados. Além do piso antiderrapante é preciso providenciar barras de apoio. Mas antes de comprar tais barras, o consumidor deve estar atento à qualidade. As barras devem atender à Norma 9050 da ABNT – que estabelece dimensões e resistência apropriadas – e ainda às normas NBR 10283 e NBR 11003, que se referem à resistência à corrosão. As barras devem ser inteiramente de aço inox, incluindo suportes e parafusos de fixação sextavados. Do contrário, o risco de oxidação e de acidente é certo. As barras também devem ter empunhadura correta para evitar que a pessoa prenda o braço entre a alça e a parede, causando fratura.

No banheiro, além do piso antiderrapante, é preciso pôr barras de apoio (Foto: Laurimar Coelho)

8- Há no mercado inúmeros modelos de barras com as mais variadas funções. Em lojas especializadas há também suportes para lavatório, espelhos com inclinação (por ficar permanentemente sentado, o cadeirante tem dificuldade de utilizar espelhos planos), bancos articulados para banho (porque nem toda pessoa com mobilidade reduzida consegue tomar banho em pé), elevação para vaso sanitário (assentos mais altos para facilitar a transferência da cadeira para o vaso sanitário) e metais sanitários (torneiras, registros etc.) com sistema de acionamento diferenciado.

Projetos mais sofisticados oferecem ainda a instalação nos banheiros de sistema de comunicação interna na residência – interfone – para casos de emergência.

A recomendação é para a utilização de fogões, fornos ou cooktops elétricos

9- Na cozinha, um bom projeto deve dar garantia de circulação segura, aproximação e alcance dos utensílios. As pias devem possuir altura de no máximo 85 centímetros, com altura livre de, no mínimo, 73 centímetros. Bancada posicionada no centro da cozinha confere maior praticidade, principalmente se o fogão ou cooktop estiver nela – o acesso às bocas fica mais fácil. O melhor é utilizar fogões, fornos ou cooktops elétricos, pois, sem a presença do fogo na cocção, o trabalho torna-se mais seguro.

10- Além dos pisos antiderrapantes, se a pessoa sofrer de deficiência visual, uma boa solução é usar materiais de cores contrastes para alertar sobre a presença de degraus ou qualquer outra alteração no piso ou ainda nas paredes. Para estes usuários é importante também o uso adequado de texturas nas paredes. Mas, no geral, é correto evitar revestimentos ásperos que podem machucar.

sábado, 10 de junho de 2017

Calçada Acessível no Brasil

Calçada acessível

créditos: Veja Vale

De dez a doze por cento da população mundial (algo em torno de 700 a 800 milhões de pessoas) têm alguma deficiência física. Destas, perto de 90% vivem nos chamados países em desenvolvimento, e o mesmo percentual vale para os que estão em idade produtiva, mas vivem desempregados.



Ciente da relevância desses números, a prefeitura de São Paulo vai lançar no próximo dia 23 de março um novo censo, especificamente para a população com deficiência. A estimativa é que vivam na capital paulista cerca de 4,5 milhões de deficientes físicos, a maioria usuária do transporte público, utilizado para se deslocarem a seus locais de trabalho e lazer. Muita gente, portanto, para uma cidade repleta de barreiras físicas e até culturais.



A compreensão sobre ‘deficiência’ também vem evoluindo. Cada vez mais, entende-se que uma deficiência física não é apenas uma condição estática. A deficiência -- e sua gravidade --  dependem do ambiente em que a pessoa vive. Ou seja, se as cidades oferecessem condições para uma pessoa em cadeira de rodas sair de casa e chegar, em tempo razoável, a um local de trabalho digno, e depois do expediente ir ao cinema e achar um lugar bom para assistir ao filme, essa deficiência já não é qualificada como tão grave nos índices de mobilidade.



Da mesma forma, quando a cidade não é acessível, qualquer deficiência se torna mais séria: a pessoa com idade ativa não consegue chegar no trabalho e a criança deixa os estudos, porque não conta com escola acessível.

Escolaridade e pobreza



Um novo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, no Brasil, a pessoa com deficiência física possui em média apenas 2,8 anos de escolaridade, comparado com 3,7 para pessoas sem deficiências. Para moradores urbanos, 62% das pessoas com deficiência têm grau de escolaridade fundamental completo, comparado com 84% para pessoas sem deficiência.



Em São Paulo, há cerca de 13 mil alunos com deficiência, e apenas 500 das 1.500 escolas da capital são acessíveis, segundo a Secretaria de Educação; e apenas seis são para estudantes com deficiências auditivas.



Assim, não é surpreendente que pessoas com deficiência física tenham muito mais probabilidade de viver em condições de pobreza extrema, como indica um relatório do Banco Mundial. Segundo a OMS, nas cidades brasileiras 25% dos deficientes são pobres, contra 12% entre a população sem deficiência.



No ano passado, a população global atingiu a marca de 7 bilhões de pessoas, a maior parte vivendo nas cidades. Até 2050 está previsto que mais de dois terços seja urbana. No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, segundo o Censo de 2010. Não é surpreendente, então, que os problemas de mobilidade e acessibilidade urbana ganhem visibilidade e impulso, ainda mais para o funcionamento econômico e social das cidades.

Acessibilidade no transporte



Em dezembro de 2004, a Lei de Acessibilidade (decreto 5.296/04 ) estabeleceu normas gerais e critérios básicos no país para melhorar a acessibilidade.  A legislação é bastante ampla e abrangente, e tem incentivado as cidades a se tornarem mais acessíveis: por exemplo, a lei requer que todos os ônibus adquiridos para o serviço publico depois de 2004 sejam adaptados para deficientes.



Segundo representantes da SPTrans, empresa que gerencia os ônibus urbanos de São Paulo, a capital paulista tem uma frota de mais de 15.000 ônibus e microônibus, dos quais 7.905 (cerca de 52,7%) são adaptados para usuários em cadeira de rodas. A empresa informa também que desde 2009 todos os ônibus introduzidos ao sistema são adaptados para uso de deficientes. Esses ônibus têm piso rebaixado, sem degraus nas portas, e, ao chegar nos pontos de parada, inclinam-se ainda mais ao solo pela ação de sistemas de suspensão, facilitando o acesso. Em outros ônibus, rampas nas portas facilitam o embarque para passageiros em cadeira de rodas ou contam com plataformas elevatórias.



A SPTrans informa também que todas as 1.300 linhas de ônibus municipais contam com veículos adaptados, com intervalo variando de acordo com a demanda existente. Ainda segundo a companhia, o tempo de embarque e desembarque para passageiros com deficiência é de 3 minutos.



A cidade também oferece o serviço Atende, criado em 1996, que é uma modalidade de transporte gratuito, porta a porta, para deficientes em cadeira de rodas. Funciona diariamente, das 7h00 às 20h00, para clientes cadastrados e com uma programação pré-agendada de viagens. Além disso, reservando com pelo menos uma semana de antecedência, oferece atendimento aos “eventos dos fins de semana” para grupos afiliados a instituições que trabalham com pessoas com deficiência. Atualmente, segundo a SPTrans, o serviço conta com uma frota de 372 vans acessíveis.



Estes são dados da prefeitura. Já para a deputada estadual Mara Gabrilli (PSDB), cadeirante que milita na defesa dos direitos das pessoas com deficiência física, “os números citados pela SPTrans podem ser enganosos”, avisa. Ela aponta “escassez de ônibus adaptados nas ruas de São Paulo”, e diz ser frequente os funcionários das empresas de ônibus “não serem treinados para operar o equipamento dos veículos adaptados e os usuários reclamarem que às vezes os veículos nem param para atender ao cadeirante”.



Para pessoas com deficiência visual ou auditiva, há outras frustrações, por exemplo a falta de avisos sonoros no interior dos veículos. Ainda, para a deputada, os problemas para os deficientes já começam antes de chegarem aos pontos de ônibus, pois, observa, “se as calçadas têm muitos obstáculos, será quase impossível a um cadeirante chegar até um ponto de ônibus sozinho”.

 O grupo vai se reunir no dia 17 de março com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para que o semáforo instalado no cruzamento da avenida Leopoldino de Oliveira com a rua Artur Machado funcione normalmente nos fins de semana, quando o equipamento fica intermitente, dificultando a passagem dos deficientes.



De acordo com um dos organizadores da mobilização, David Elias Bernardo, vários deficientes já disseram ter dificuldades em atravessar a avenida durante os fins de semana. “Acredito que isso se estende para outros deficientes, como os cadeirantes, e até mesmo quem não tem deficiência alguma, pois se existe um semáforo com a faixa de pedestre no local, é justamente para facilitar a circulação”, explica David.



Além disto, o grupo está fazendo um grande abaixo-assinado com a intenção de que seja instalado um semáforo na rotatória da avenida Fidélis Reis com Odilon Fernandes. De acordo com a deficiente visual Cássia Firmino, a manifestação é em prol de mais acessibilidade. “Se não encontrarmos alguém para ajudar na travessia, é fato que iremos enfrentar um problema, pois os veículos não param e nem mesmo reduzem a velocidade. Iremos pedir à Prefeitura para que implante um sinal sonoro em todos os semáforos de Uberaba, para acessibilidade de todos. Precisamos de melhorias, para ajudar na circulação de pedestres, não somente de deficientes, como também idosos, entre outros”, afirma.



A manifestação vai ser realizada no calçadão da rua Artur Machado, no dia 17 de março (sábado), às 8h. “Estamos convocando todos que defendem a nossa causa para que participe do ato, com o intuito de chamar a atenção das autoridades para que implantem melhorias. Vale lembrar ainda que os cadeirantes estão enfrentando dificuldades para usar o banheiro público na praça Rui Barbosa, portanto, precisa de melhorias no local. Enfim, muita coisa ainda precisa ser revista”, afirma David.

 O grupo vai se reunir no dia 17 de março com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para que o semáforo instalado no cruzamento da avenida Leopoldino de Oliveira com a rua Artur Machado funcione normalmente nos fins de semana, quando o equipamento fica intermitente, dificultando a passagem dos deficientes.



De acordo com um dos organizadores da mobilização, David Elias Bernardo, vários deficientes já disseram ter dificuldades em atravessar a avenida durante os fins de semana. “Acredito que isso se estende para outros deficientes, como os cadeirantes, e até mesmo quem não tem deficiência alguma, pois se existe um semáforo com a faixa de pedestre no local, é justamente para facilitar a circulação”, explica David.



Além disto, o grupo está fazendo um grande abaixo-assinado com a intenção de que seja instalado um semáforo na rotatória da avenida Fidélis Reis com Odilon Fernandes. De acordo com a deficiente visual Cássia Firmino, a manifestação é em prol de mais acessibilidade. “Se não encontrarmos alguém para ajudar na travessia, é fato que iremos enfrentar um problema, pois os veículos não param e nem mesmo reduzem a velocidade. Iremos pedir à Prefeitura para que implante um sinal sonoro em todos os semáforos de Uberaba, para acessibilidade de todos. Precisamos de melhorias, para ajudar na circulação de pedestres, não somente de deficientes, como também idosos, entre outros”, afirma.



A manifestação vai ser realizada no calçadão da rua Artur Machado, no dia 17 de março (sábado), às 8h. “Estamos convocando todos que defendem a nossa causa para que participe do ato, com o intuito de chamar a atenção das autoridades para que implantem melhorias. Vale lembrar ainda que os cadeirantes estão enfrentando dificuldades para usar o banheiro público na praça Rui Barbosa, portanto, precisa de melhorias no local. Enfim, muita coisa ainda precisa ser revista”, afirma David.

 Para aumentar a segurança de pedestres e chamar a atenção dos motoristas, a Prefeitura de Vassouras, no Rio de Janeiro, vem executando um projeto de revitalização que prevê várias faixas elevadas para pedestres no trânsito local da cidade.



A primeira faixa, situada na rua Avelino Gomes Silveira, em frente à Igreja de Santa Rita, no bairro Madruga, já está em construção, assim como a da rua Dr. Calvet, no mesmo bairro. São duas vias bastante movimentadas, porque dão acesso aos dois hospitais da cidade: Hospital Eufrásia Teixeira Leite e Hospital Universitário Sul Fluminense.



Além de garantir a travessia segura aos pedestres, as faixas elevadas têm como função fazer com que os motoristas diminuam a velocidade de seus veículos, já que o obstáculo colocado à sua frente funciona como se fosse um quebra-molas.

O maior benefício da faixa elevada é que o pedestre, ao atravessar, não precisa mudar de nível em relação à rua, o que facilita a mobilidade de pessoas com dificuldades físicas, além de crianças, idosos e cadeirantes. Com a faixa, o pedestre segue em linha, e não precisa descer ao nível da rua para retornar ao da calçada em seguida.



Cidades adotam faixa elevada
É o caso de Juiz de Fora, em Minas Gerais; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; e na capital de São Paulo -, que já vêm adotando a elevação da pista dos veículos à altura da calçada.

Agora, a prefeitura de Vassouras começa a implantar esta solução de mobilidade que dará segurança tanto àqueles que circulam, diariamente, nas ruas da cidade, como aos próprios motoristas, forçados a dirigir mais devagar nesses locais.

 Alvo constante de reclamações de passageiros, o transporte público começa a dar sinais de que pode melhorar. Nesta quinta-feira chegaram ao Rio três dos 30 novos trens comprados da China pelo estado, que devem começar a circular em 45 dias. No setor de ônibus, a novidade é a modernização do Terminal Alvorada, na Barra, ponto importante de parada dos corredores expressos Transoeste e Transcarioca, em construção. Com duas passagens subterrâneas e 12 elevadores, a minirrodoviária terá capacidade para, em hora de pico, embarcar 13 mil pessoas e desembarcar seis mil. A promessa é de que não haverá fila no local.



Com 13 mil metros quadrados, o terminal terá 18 lojas nos subsolos, onde ficarão farmácias, jornaleiros, banheiros, bancos 24 horas e lanchonetes, além de quatro elevadores. De acordo com o arquiteto Jozé Candido Sampaio de Lacerda, responsável pelo projeto, o estacionamento que será criado no Alvorada terá 241 vagas para carros e 19 para ônibus articulados, que têm, cada um, 23 metros de comprimento.



Obra pronta em maio



“A previsão é que a obra fique pronta em maio. Uma das passagens subterrâneas sai da Cidade da Música e vai cortar todo o terminal. A outra vai interligar as três plataformas. Nenhum passageiro vai atravessar de uma plataforma para a outra pelas vias por onde passam os ônibus”, explicou o arquiteto.



Das três plataformas, uma será para os BRTs (os ônibus de trânsito rápido da Transoeste e Transcarioca). As demais são para os coletivos que levarão os passageiros até as paradas dos corredores expressos. O aumento do espaço no terminal permitiu também que fossem criadas aberturas que vão melhorar a ventilação. As catracas serão iguais às adotadas nas estações de metrô.

Campanha fora Selena Gomes agora fernandafonsecapaulillo
 Vamos fazer nossa brasileira ter maior seguidores do mundo.

Bora instagram seguir espalhe para maior munero de pessoas pessivel.

Não exclua repasse por favor.

sábado, 3 de junho de 2017

Conheça esportes das Para olimpíadas

0Bocha

Estreante do programa paraolímpico em Nova Iorque-1984, a bocha pode ser disputada até por paralisados cerebrais severos que se utilizem de cadeiras de rodas. Não há grandes mudanças na regra original da modalidade e é permitido o uso das mãos e dos pés, além de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento dos membros superiores ou inferiores. A bocha pode ser disputada nas categorias individual, dupla ou equipe e, no Brasil, é regida pela Associação Nacional de Desporto para Deficientes.

Medalhistas brasileiros:

Dirceu Pinto
- Pequim, 2008: 2 ouros
- Londres, 2012: 2 ouros

Eliseu dos Santos
- Pequim, 2008: 1 ouro, 1 bronze
- Londres, 2012: 1 ouro, 1 bronze

Maciel Santos
- Londres, 2012: 1 ouro

Canoagem

Estreante no programa olímpico, a canoagem velocidade adaptada pode ser disputada por atletas com qualquer tipo de deficiência físico-motora, em três classes funcionais: LTA, onde o atleta utiliza braços, tronco e pernas para auxiliar na remada; TA, na qual o atleta utiliza apenas o tronco e os braços; e A, em que o atleta só tem a possibilidade de utilizar o movimento dos braços. Assim como na disputa olímpica, o mais rápido de cada bateria vence. Os caiaques utilizados tem suas adaptações de acordo com as habilidades funcionais de seus tripulantes.


Ciclismo

No início dos anos 1980, apenas deficientes visuais tinham direito a competir no ciclismo. Mas já na Paralimpíada de Nova York, em 1984, paralisados cerebrais, amputados e deficientes visuais foram incluídos. Há disputas em equipe e individuais, sempre sob as regras da União Internacional de Ciclismo, que define mudanças sobre os tipos de segurança e classificações dos atletas. No Brasil, a Confederação Brasileira de Ciclismo regulamenta da modalidade. O ciclismo paralímpico divide-se entre ciclismo de pista, com provas de contrarrelógio, perseguição e velocidade, e ciclismo de estrada, com provas de contrarrelógio e resistência.

Esgrima

A esgrima é aberta apenas para atletas com deficiência locomotora e as regras são seguidas da Federação Internacional de Esgrima, mas o Comitê Executivo de Esgrima do Comitê Paralímpico Internacional é que faz a administração. As cadeiras de rodas são fixadas no solo e têm a movimentação proibida por regra, uma das poucas mudanças em relação ao programa olímpico da modalidade.

Medalhistas brasileiros:

Jovane Guissone
- Londres, 2012: 1 ouro

Futebol de cinco

Exclusivo para deficientes visuais, o futebol de cinco teria sido praticado por cegos pela primeira vez no Brasil na década de 50, mas foi a partir dos anos 80 que a modalidade se organizou, de fato. As partidas são realizadas em uma quadra de futsal adaptada e a bola tem guizos internos para que possa ser identificada. A torcida deve ficar em silêncio e apenas comemorar gol. Há também um guia, que fica atrás do gol e pode orientar os jogadores. Goleiros têm visão total e não podem ter atuado em competições da Fifa nos últimos cinco anos. São quatro jogadores na linha e um na meta.

Futebol de sete

O futebol de sete surgiu no fim dos anos 70 e rapidamente se popularizou. É praticado por homens com paralisia cerebral, decorrente de sequelas de traumatismo crânio-encefácilo ou AVCs. As regras da Fifa sofrem adaptações básicas e o campo tem até 75m x 55m, além de traves menores. Seis jogadores na linha e um no gol. Cada partida tem dois tempos de 30 minutos.

Goalball

Criado de modo informal no fim dos anos 40, o esporte foi incorporado ao programa paraolímpico em 1980 – quatro anos depois, mulheres também puderam competir na modalidade. O goalball tem a peculiaridade de apenas aceitar atletas paraolímpicos e com deficiência visual. A quadra tem dimensões idênticas à de vôlei e é jogada por trios com bolas que têm guizos internos – logo, se exige silêncio da torcida. Partidas têm dois tempos com 10 minutos. A Confederação Brasileira de Desporto para Deficientes Visuais cuida do esporte.

Halterofilismo

Disputado por paralímpicos desde Tóquio-1964, o esporte reuniu homens e mulheres pela primeira vez em Sidney-2000, a segunda Paralimpíada com halterofilistas. Atletas com deficiências físicas nos membros inferiores ou com paralisia cerebral podem competir, sempre deitados no chamado aparelho supino. A exemplo do modelo olímpico, os participantes são separados por pesos.

Medalhistas brasileiros:

Márcia Menezes
- Dubai, 2012 (mundial): 1 bronze (até 79 kg)

Hipismo

Apenas o adestramento compõe o programa paraolímpico no hipismo, incorporado de maneira definitiva em Sidney-2000. Atletas com vários tipos de deficiência têm direito a participar em provas mistas, com disputa entre homens e mulheres. Na modalidade, não só amazonas e cavaleiros recebem medalhas, mas também os cavalos.

Medalhistas brasileiros:

Marcos Alves (Joca)
- Pequim, 2008: 2 bronzes

Judô

Primeira modalidade de origem asiática a fazer parte do programa paraolímpico, o judô compõe os Jogos desde 1988. Até então, só participavam homens com deficiência visual.  As mulheres passaram a ser aceitas apenas em Atenas-2004. São três categorias praticadas, isso de acordo com a possibilidade visual de cada um. A Federação Internacional de Esportes para Cegos  é quem administra a modalidade no País.

Medalhistas brasileiros:

Antônio Tenório
- Atlanta, 1996: 1 ouro
- Sydney, 2000: 1 ouro
- Atenas, 2004: 1 ouro
- Pequim, 2008: 1 ouro
- Londres, 2012: 1 bronze

Daniele Bernardes
- Atenas, 2004: 1 bronze
- Pequim, 2008: 1 bronze
- Londres, 2012: 1 bronze

Natação

Desde a primeira Paralímpiada, em Roma-1960, a natação compõe o programa e pode ser disputada por homens e mulheres. Atletas com quase todo tipo de deficiência, como visual e física, competem em piscinas de tamanho idêntico aos dos atletas olímpicos. As regras são dispostas pelo IPC Swimming, órgão responsável pela modalidade no Comitê Paralímpico Internacional. Adaptações sutis são feitas nas largadas, viradas e chegadas.

Medalhistas brasileiros:

Adriano Lima
- Atlanta, 1996: 1 bronze
- Sydney, 2000: 3 pratas, 1 bronze
- Atenas, 2004: 2 ouros
- Pequim, 2008: 1 bronze

André Brasil
- Pequim, 2008: 4 ouros, 1 prata
- Londres, 2012: 3 ouros, 2 pratas

Daniel Dias
- Pequim, 2008: 4 ouros, 4 pratas, 1 bronze
- Londres, 2012: 6 ouros

Edênia Garcia
- Atenas, 2004: 1 prata
- Pequim, 2008: 1 bronze
- Londres, 2012: 1 prata

Phelipe Rodrigues
- Pequim, 2008: 2 pratas
- Londres, 2012: 1 prata

Remo

Pequim-2008 marcou a entrada do remo para o programa paralímpico. O equipamento possui alterações sutis para que possa ser praticado, mas não às características de cada competidor. Atletas com os mais diferentes tipos de deficiências podem competir, sendo que a separação de classes definida de acordo com o grau de limitação.

Medalhistas brasileiros:

Josiane Lima
- Pequim, 2008: 1 bronze (dupla mista com Elton Santana)

Rugby em cadeira de rodas

Com equipes de quatro jogadores e oito reservas, dada a quantidade de contato físico entre os participantes, o rugby em cadeira de rodas é praticado em quadras de basquete com 28m x 15m. Apesar de adotar regras bastante específicas para os paraolímpicos, mantém a essência do esporte praticado de maneira convencional. A Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas controla a modalidade, integrada ao calendário paraolímpico por completo em Sidney-2000.

Tênis de mesa

Uma das modalidades mais tradicionais dos Jogos Paralímpicos, o tênis de mesa é jogado por homens, mulheres e duplas com paralisia cerebral, amputados ou cadeirantes – as competições são divididas entre atletas andantes ou cadeirantes. A Federação Internacional de Tênis de Mesa cuida do esporte, cujas regras têm mudanças muito sutis aos parâmetros olímpicos. A raquete pode ser amarrada na mão do atleta para facilitar.

Medalhistas brasileiros:

Luiz Algacir da Silva e Welder Knaf
- Pequim, 2008: 1 prata

Tênis em cadeira de rodas

Criado em 1976, o esporte chegou ao programa paraolímpico em Seul-1988. Em Barcelona-92, passou efetivamente a valer medalhas e a reunir homens, mulheres ou duplas. Pessoas com deficiências na locomoção têm direito a participar.

Tiro com arco

Com regras praticamente idênticas às da Federação Internacional de Tiro com Arco, a modalidade paralímpica tem seu próprio comitê administrador no Comitê Paralímpico Internacional. É permitida a participação a tetraplégicos, paraplégicos e pessoas com limitações de movimento nos membros inferiores. Estes podem escolher entre competir em pé ou sentados em bancos.

Tiro

Só homens puderam competir pela primeira vez no tiro adotado nos Jogos Paralímpicos de Toronto, no Canadá, em 1976. O Comitê de Tiro Esportivo do Comitê Paralímpico Internacional rege a modalidade, cujas disputas são masculinas e femininas. Pessoas amputadas, paraplégicas, tetraplégicas e com outras deficiências motoras podem competir e há mudanças específicas em relação à regra do esporte olímpico.

Triatlo

O triatlo também faz sua estreia nos Jogos Paralímpicos de 2016. São 750m de nado, 20km de ciclismo e 5km de corrida, sendo que o tempo gasto na transição entre nado, ciclismo e corrida também é computado no tempo total de prova. Vence o atleta que realizá-la no menor tempo.
Participam do esporte pessoas com diversos tipos de deficiência, desde cadeirantes, amputados até atletas com deficiência visual. As cinco classes do Paratriatlo são definidas pela União Internacional de Triathlon, através de um sistema de pontuação específico, e reconhecidas pela sigla PT.

Vela

Um dos mais recentes esportes incorporados ao calendário paraolímpico, a vela provém de parceria entre a Classe de Vela Day Sailer, o Clube Paradesportivo Superação e o Clube Municipal de Iatismo em São Paulo, a partir de 1999. Em 2003, o Comitê Paralímpico Brasileiro reconheceu a adoção. Pessoas com deficiências locomotora ou visual podem competir, sempre em barcos adaptados à realidade dos paraolímpicos. Há competições nas categorias individual, em duplas ou trios.

Voleibol sentado

Nos Jogos Paralímpicos de 1980, na Holanda, o voleibol sentado passou a efetivamente valer medalha, realidade hoje que também inclui mulheres. Com os princípios básicos do esporte olímpico, sofre mudanças em relação ao tamanho da quadra e à altura da rede. Podem participar atletas amputados e com outros tipos de deficiência motora. A Organização Mundial de Voleibol para Deficientes é responsável por administrar o esporte.



*colaborou Ana Freir

Tênis em cadeira de rodas

Criado em 1976, o esporte chegou ao programa paraolímpico em Seul-1988. Em Barcelona-92, passou efetivamente a valer medalhas e a reunir homens, mulheres ou duplas. Pessoas com deficiências na locomoção têm direito a participar.

Tiro com arco

Com regras praticamente idênticas às da Federação Internacional de Tiro com Arco, a modalidade paralímpica tem seu próprio comitê administrador no Comitê Paralímpico Internacional. É permitida a participação a tetraplégicos, paraplégicos e pessoas com limitações de movimento nos membros inferiores. Estes podem escolher entre competir em pé ou sentados em bancos.

Tiro

Só homens puderam competir pela primeira vez no tiro adotado nos Jogos Paralímpicos de Toronto, no Canadá, em 1976. O Comitê de Tiro Esportivo do Comitê Paralímpico Internacional rege a modalidade, cujas disputas são masculinas e femininas. Pessoas amputadas, paraplégicas, tetraplégicas e com outras deficiências motoras podem competir e há mudanças específicas em relação à regra do esporte olímpico.

Triatlo

O triatlo também faz sua estreia nos Jogos Paralímpicos de 2016. São 750m de nado, 20km de ciclismo e 5km de corrida, sendo que o tempo gasto na transição entre nado, ciclismo e corrida também é computado no tempo total de prova. Vence o atleta que realizá-la no menor tempo.
Participam do esporte pessoas com diversos tipos de deficiência, desde cadeirantes, amputados até atletas com deficiência visual. As cinco classes do Paratriatlo são definidas pela União Internacional de Triathlon, através de um sistema de pontuação específico, e reconhecidas pela sigla PT.

Vela

Um dos mais recentes esportes incorporados ao calendário paraolímpico, a vela provém de parceria entre a Classe de Vela Day Sailer, o Clube Paradesportivo Superação e o Clube Municipal de Iatismo em São Paulo, a partir de 1999. Em 2003, o Comitê Paralímpico Brasileiro reconheceu a adoção. Pessoas com deficiências locomotora ou visual podem competir, sempre em barcos adaptados à realidade dos paraolímpicos. Há competições nas categorias individual, em duplas ou trios.

Voleibol sentado

Nos Jogos Paralímpicos de 1980, na Holanda, o voleibol sentado passou a efetivamente valer medalha, realidade hoje que também inclui mulheres. Com os princípios básicos do esporte olímpico, sofre mudanças em relação ao tamanho da quadra e à altura da rede. Podem participar atletas amputados e com outros tipos de deficiência motora. A Organização Mundial de Voleibol para Deficientes é responsável por administrar o esporte.



*colaborou Ana Freir

Nova tecnologia para Deficientes visuais

Quase todo o dia desponta uma tecnologia que, a princípio, deve facilitar a vida das pessoas. Com os que possuem deficiência visual é a mesma coisa. Pesquisadores se concentram em explorar o potencial da tecnologia vestível, como é chamada a porção que busca soluções de acessibilidade. Do ponto de vista de mercado, os números se justificam: a Organização Mundial da Saúde (OS) aponta  246 milhões de pessoas que sofrem de perda moderada ou severa da visão.

Para pessoas com deficiência visual, existe o braille, sistema de escrita em relevo criado por Louis Braille no século 19, formado por 64 símbolos resultantes da combinação de seis pontos, dispostos em duas colunas de três pontos, que é interpretado pelo tato. Com o tempo, foram surgidos recursos de acessibilidade à informação, como a audiodescrição, uma espécie de tecnologia assistida que amplia as possibilidades de entendimento. E novos programas, e aplicativos.

Porém, ainda existem muitas dificuldades para os cegos se locomoverem com segurança nas ruas das nossas cidades. Calçadas quebradas e com buracos, árvores, postes, sacos de lixo e orelhões no meio do caminho. Por tudo isso, sugere a gerente técnica da Associação Catarinense para Integração do Cego (Acic), Maristela Sartorato Bianchi. Para ela, é preciso que as cidades sejam pensadas também para esta parte da população.

_ A tecnologia ajuda, mas uma gentileza ou um ato educado pode fazer a diferença quando se anda nas ruas, na fila de um banco, em ônibus lotados.

A tecnologia, na medida em que se torna acessível aos cegos, é ferramenta indispensável para devolver a autonomia e oferecer nova realidade a quem tem deficiência visual. Conheça alguns aplicativos, com preços ainda elevados  

LEITOR DE TELAS

Entre os cegos, uma das ferramentas mais populares é o leitor de tela para computadores. O software de interação via áudio com o micro permite que o cego tenha uma vida online completa. Agora, as expectativas se voltam para mais uma passo nesse mundo de inclusão digital, nova realidade com a linha braile. A linha braile é a conexão direta e completa do deficiente visual com o mundo digital; em braile.

CONTAR DINHEIRO

Cego tem uma grande dificuldade em reconhecer o valor das notas de dinheiro. Nos Estados Unidos, um aplicativo para iPhone, o LookTel Money Reader, ajuda deficientes visuais a reconhecer o valor das notas de dólar. A novidade é que o LookTel Money Reader identifica o Real, totalizando 20 moedas de países diferentes. O aplicativo está em português e funcionamento é simples: basta apontar a câmera do iPhone para a nota e o programa lê, em voz alta, o valor do dinheiro.

LEITOR AUTÔNOMO

Através de uma microcâmera e um software de reconhecimento de texto, o equipamento fotografa o documento e o transforma em áudio para que o usuário possa ouvir o que está escrito. Ainda que disponíveis no Brasil, são importados e caros. As linhas brailes e os leitores autônomos podem ser encontrados em algumas redes de ensino e até em instituições. Em algumas bibliotecas existe um scanner, com as mesmas funções do leitor autônomo. O equipamento é capaz de reconhecer e ler qualquer texto. Outro novo dispositivo que chama a atenção é a máquina fusora, que permite uma experiência tátil para o cego além do braile.

IDENTIFICAR OBJETOS

Cegos também podem contar com o aplicativo LookTel que, ao ser apontado para algum objeto, diz ao usuário o que ele é. O aplicativo age como um reconhecedor de objetos, podendo servir também como um leitor de texto e identificador de lojas, por exemplo.

FAZER COMPRAS

Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, desenvolveram um dispositivo que pode ajudar pessoas com deficiência visual a interagirem com objetos de uma maneira diferente. A invenção é chamada de ¿EyeMusic¿ e faz algo bem ousado: escaneia o ambiente e converte as imagens em áudio por meio de um óculos equipado com câmera e fones de ouvido. O objetivo é auxiliar pessoas cegas a realizar tarefas cotidianas, como compras no supermercado.

BRAILLE PARA EMOÇÕES

Pesquisadores desenvolveram uma espécie de código Braille para as emoções, que permite que os cegos ¿enxerguem¿ as emoções dos outros. Uma ajuda e tanto para pessoas que precisam compensar as informações que a visão não lhes dá com outros sentidos, como o som. Para ajudar a resolver esse problema, o grupo de pesquisas de Réhman desenvolveu tecnologia baseada em uma webcam, um aparelho eletrônico do tamanho de uma moeda e um ¿mostrador tátil¿ que fica em contato com a pele do usuário. A informação visual captada pela câmera é transformada em padrões vibratórios que são passados para o usuário por meio do mostrador tátil. O primeiro passo para usar a tecnologia é aprender os padrões das diferentes expressões faciais.

"As pessoas acham que por ter a deficiência, os cegos não têm desejo sexual", diz especialista  

Conheça a história de amor entre os cegos Josiane e Marcos

A alquimia que faz as pessoas cegas se apaixonarem


1

Fique atento e seja respeitoso no trato: não existe deficiente visual, mas pessoa com deficiência visual

2

Peça para a pessoa segurar o seu braço, nunca puxe ou empurre

3

Ao retirar-se de uma sala, informe a pessoa cega, pois é desagradável falar para o vazio

4

Não evite palavras como “ver”, “olhar” ou “cego”, pois também são usadas por pessoas cegas

5

Se encontrar um cego acompanhado de um guia vidente e desejar alguma informação sobre a pessoa, dirija-se diretamente a ela, não usando o acompanhante como interlocutor

6

Não retire a pessoa cega de onde ela está: primeiro pergunte aonde ela quer ir

7

Dê preferência à passagem do cego, pois ele precisa de mais espaço para usar adequadamente a bengala

8

É considerado cego a pessoa que apresenta desde ausência total de visão até alguma percepção luminosa que possa determinar formas a curtíssima distância

9

Toda criança gosta de receber presentes, as cegas também: ofereça uma bengala e incentive a usá-la, para não depender de bengalas humanas

10

Se tiver que presentear um cego pense que um cão guia pode ser uma alternativa, mas leve em conta que um animal fica caro. Além disso, cria uma dependência muito grande que muitas vezes atrapalha a autonomia da pessoa em caso do cão adoecer