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sábado, 7 de abril de 2018

COMO CONVERSAR COM UM AUTISTA EM SALA DE AULA?



A comunicação é essencial na vida de todos nós. Por meio dela, podemos trocar informações que fazem a diferença nas relações sociais. Na sala de aula, essa habilidade é a base para o aprendizado. Sendo assim, o ensino para autistas depende muito desse aspecto para fazer valer a didática utilizada. Veja a seguir algumas dicas que podem ajudar nessa nobre missão.

Fale sobre o assunto que interesse à criança

Como muitos de vocês já sabem, a pessoa que tem o Transtorno do Espectro Autista (TEA)costuma ter predileção a um determinado tema (personagem de desenho/filme, aviões, mapas, etc.). Então, a melhor maneira de estabelecer um primeiro contato com o aluno é através dessa atenção que você dará àquilo que o interessa. Cria-se um vínculo importante para estimulá-lo nas próximas conversas.

Use frases específicas e curtas

O ensino para autistas depende muito da forma que os educadores utilizam para se comunicar. Frases mais curtas e objetivas tendem a ser eficazes para a compreensão da criança/adolescente diante de algum novo conceito ou explicação. Isso porque a forma de processar uma informação é diferente no estudante com autismo.


Mostre paciência e disponibilidade ao ensinar

Como dito acima, o processamento de uma informação para a criança/adolescente com TEA tem suas peculiaridades e apresenta a sua própria dinâmica. É interessante que você demonstre paciência para explicar um conceito. Pergunte sempre se há dúvida, procure esclarecer algum conceito que não ficou claro, etc.

Fuja do sentido figurado

É importante não utilizar construções frasais com sentido figurado. Isso tende a confundir a criança. Ela não entende tais aplicações. Então, não diga que você está ‘morrendo de frio’, ‘caindo de sono’, ‘derretendo de calor’, entre outras frases que costumamos falar no dia a dia. É preciso estar sempre atento a isso.

Utilize recursos visuais

Um dos itens mais eficazes ao ensino para autistas é a utilização de elementos imagéticos como complemento às explicações. Uma pessoa com autismo tende a ser muito ligada a esses detalhes. Imagine o quanto suas aulas podem ser ricas com essas imagens.

Atenção para os sinais sociais

Estar atento aos sinais sociais é importante, principalmente no ensino para autistas. Isso porque a criança/adolescente com TEA pode ser alheio a esses indicativos. Portanto, é interessante ficar de olho em alguma situação caso o aluno demonstre pouco ou nenhum entendimento acerca de um cumprimento, um gesto, etc.

Caso a criança demonstre muita dificuldade, o que pode ser feito?

Se a situação ficar difícil para o entendimento da criança e sua comunicação, a melhor maneira de contornar esse problema é solicitar um auxílio maior de um profissional de fonoaudiologia e psicopedagogia. É sempre válido lembrar que o acompanhamento interdisciplinar funciona de forma eficaz, pois abrange todo o conjunto de habilidades que permeia a vida da pessoa, impulsionando o desenvolvimento cognitivo, comportamental e social.

Torne a sala de aula um ambiente convidativo

Nada melhor que proporcionar um local onde os pequenos encontrem um ambiente que desperte sua atenção e o prazer de estarem ali. Isso contribui para a socialização de todos.



SINTOMAS E DIAGNÓSTICO DO AUTISMO

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta uma grande variação dependente de cada paciente. Esse aspecto que existe deve-se, portanto, às diferentes camadas que se manifestam nas pessoas que convivem com o espectro. Isso significa que é impossível resumir os sintomas do Autismo em três ou quatro tópicos. Eles são muitos e se apresentam com maior ou menor intensidade de acordo com cada pessoa.

Quais são os sintomas mais relatados pelos pais?

Embora o TEA conte com uma diversificação sintomática, é inegável que alguns sinais podem começar logo cedo, sobretudo antes dos 3 anos de idade. Os pais devem ficar atentos a esses indicativos e procurar auxílio médico. Saiba quais são os sintomas mais comuns:

– Ausência de comunicação verbal (mesmo que a criança ainda não consiga formar palavras, é comum que ela comece a demonstrar interesse em estabelecer contato com sílabas soltas: mã, pa, lá, aí, dá);

– Pouco ou nenhum contato visual: o pequeno costuma não responder aos estímulos (há casos que podem ser percebidos já na amamentação; ou seja, o bebê não se comunica com a mãe nem mesmo pelo olhar);

– Tendência ao isolamento: a maioria das crianças gosta de socializar, mesmo as mais tímidas. No caso daquelas que manifestam sintomas do Autismo a situação é diferente (elas se isolam não por serem indelicadas, mas por algum objeto chamar a sua atenção; muito mais que qualquer outra presença. No entanto, essa situação não se aplica a todos);

– Aspecto sensorial acima ou abaixo do normal: o pequeno pode se incomodar bastante quando exposta a determinados barulhos, aromas, texturas, gostos, etc.; por outro lado, ele pode não ‘sentir’ algum corte, por exemplo. Em compensação, um simples toque pode irritá-lo bastante (por isso é extremamente importante estar sempre de olho); sensação de aperto também costuma deixá-lo inquieto;

– Crises além do normal: a diferença entre uma pirraça e uma crise que seja reflexo dos sintomas de autismo está na intensidade. Imaginemos que uma criança sem o espectro consiga chorar e falar o que sente. No autismo isso nem sempre é possível. O pequeno então encontra no choro excessivo (seguido de berro, em muitos casos) a maneira de expressar seu descontentamento. A melhor maneira para lidar com isso é tentar acalmá-la e jamais pegá-la forte pelos braços ou balançá-la.



*Os sintomas do Autismo citados acima não resumem a lista enorme de características percebidas por pais e profissionais, mas são os mais notados. O aspecto comportamental é geralmente o mais afetado.

Como é o diagnóstico?

O diagnóstico do TEA é clínico. Ele só é possível por meio da observação direta do comportamento. O especialista realiza uma entrevista com os pais a fim de colher mais informações, que serão geralmente confrontadas de acordo com os parâmetros do DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais).

Os sintomas de Autismo e as comorbidades

As crianças que convivem com o espectro podem apresentar comorbidades como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH; Transtorno Opositor-Desafiador TOD; Transtorno Bipolar, entre outros.

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COMO DIAGNOSTICAR O AUTISMO?

Todos nós sabemos que o Transtorno do Espectro Autista é objeto de estudo de pesquisadores espalhados ao redor do mundo. A complexidade que o assunto envolve tornava o diagnóstico do Autismo em algo absolutamente difícil de compreender, até mesmo para os pais das crianças que conviviam com o espectro em si.

O que aconteceu na nova edição do DSM?

Uma modificação no DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), no entanto, estabeleceu alguns critérios que podem favorecer o esclarecimento na hora em que um profissional precisar diagnosticar o transtorno com mais precisão.

A quinta edição do Manual apresentou uma nova estrutura de sintomas, cuja diferença está em um modelo de dois domínios compostos, sendo um referente ao déficit de comunicação social e outro voltado aos comportamentos ou interesses restritos.

Além disso, o DSM-V eliminou o seguinte critério: o atraso ou ausência de desenvolvimento de linguagem expressiva como ponto determinante para o diagnóstico do Autismo. Esta decisão foi tomada baseada em estudos realizados que comprovaram o fato de tal característica não ser exclusivamente notada em crianças com o espectro.

Como e quais são os critérios a partir de então?

Após a mudança trazida pelo DSM-V, mencionada acima, os critérios restabelecidos para o diagnóstico do Autismo foram os seguintes:

Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes.

a. Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
b. Falta de reciprocidade social;
c. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.

Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:

a. Comportamentos motores ou verbais estereotipados ou comportamentos sensoriais incomuns;
b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
c. Interesses restritos, fixos e intensos.

Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades.



O que são os Transtornos do Espectro Autista?

É muito importante relembrarmos o que são os TEA’s. Eles se referem a um grupo de transtornos que são caracterizados por um espectro, compartilhado de prejuízos qualitativos na interação social. Além disso, os Transtornos do Espectro Autista são também associados a comportamentos repetitivos e interesses restritos pronunciados. A complexidade do TEA está na variação de prejuízos que podem ser causados na vida das crianças. A grande heterogeneidade no fenótipo das pessoas que convivem com o Autismo também é considerável.

Quais são os processos para o diagnóstico do Autismo?

Na verdade, o diagnóstico do Autismo é clínico. Ele só é possível por meio da observação direta do comportamento. Logo depois, o especialista realiza uma entrevista com os pais a fim de colher mais informações que serão confrontadas de acordo com os parâmetros do DSM-V.

A partir do momento em que o profissional diagnostica a existência do Autismo, o passo seguinte é a proposição de uma intervenção interdisciplinar que possa oferecer ao pequeno melhores condições para o seu desenvolvimento.

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O QUE DESENCADEIA O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA?

Ao longo das décadas a comunidade científica tem voltado parte de suas atenções para os casos de Transtorno do Espectro Autista. Segundo dados do último levantamento feito pela OMS – Organização Mundial da Saúde –, a incidência do autismo é de 1 em cada 160 crianças no mundo. Estima-se que no Brasil existam 2 milhões de pessoas que convivem com o espectro. Os dados podem oscilar, considerando os casos que ainda são subnotificados, além daqueles que serão diagnosticados.

No entanto, as pesquisas evoluem graças ao empenho de especialistas e estudiosos que se debruçam sobre o assunto para encontrarem respostas e soluções. Para complementar, pode-se afirmar que existem muitas informações a respeito do que seria a causa; o que desencadeia o Transtorno do Espectro Autista. Vejam abaixo quais são elas.

Fatores genéticos influenciam a existência do autismo

Muitos estudos sugerem que o Transtorno do Espectro Autista pode ser influenciado pelo aspecto da herança genética. Essa hipótese é reforçada quando um paciente com autismo tem algum parente próximo também diagnosticado com TEA ou algum traço que pertença ao espectro.

Os mesmos levantamentos apontam que em determinados casos, cujo mais de um membro da mesma família apresente sinais de autismo, pode haver algum padrão de autismo ou deficiência que seja relacionado. Isso  reforça a ligação genética que tende a existir.

Fatores ambientais também podem estar relacionados ao TEA

Além do aspecto genético, a questão ambiental pode responder por uma parcela considerável na incidência do Transtorno do Espectro Autista ainda na fase fetal. Pesquisas afirmam que situações como estresse, exposição a substâncias químicas e tóxicas; infecções, desequilíbrios metabólicos e problemas durante a gravidez podem ser causadores de autismo. Além disso, outros estudos não descartam o uso de alguns medicamentos durante a gestação como possíveis aspectos para a ocorrência do TEA em crianças.

Aspectos genéticos e ambientais respondem podem por grande parte dos casos

Um artigo publicado no respeitado The Journal of the American Medical Association (JAMA) divulgou o resultado de uma pesquisa feita pelo Instituto Karolinksa, em Estocolmo (Suécia), onde mais de 2 milhões de crianças suecas, nascidas entre 1982 e 2006, foram analisadas.  Constatou-se que embora a hereditariedade seja um fator relevante, tal aspecto só corresponde à metade dos casos. A outra parte ficou por conta dos fatores ambientais.

Os mesmos pesquisadores chegaram aos 50% como a taxa responsável  pelo desenvolvimento do Transtorno do Espectro Autista nas crianças. No entanto, essa porcentagem já chegou a ser considerada em 80% ou a 90%. O levantamento mostrou, então, que o ambiente pode influenciar mais do que se imaginava.

Como chegar ao diagnóstico?

Os especialistas chegam ao diagnóstico do autismo por meio da observação direta e de entrevistas, realizadas com os pais do pequeno, a fim de se obter informações que possam reforçar a análise do médico.

A partir do diagnóstico, qual o próximo passo?

Contar com auxílio de uma equipe profissional que seja formada por médicos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psiquiatras, psicólogos, analistas comportamentais,fisioterapeutas, psicopedagogos e outros especialistas que possam contribuir com o desenvolvimento da criança.

Já pensou aprender profundamente sobre o Autismo para melhorar seus atendimentos clínicos, entender melhor seu filho e saber por que seu aluno apresenta determinado comportamento e como trabalhar o processo de inclusão? Em um curso online completo o Dr. Clay Brites te ensina tudo sobre TEA com fundamentação científica e de forma prática e simplificada.

BRINCADEIRAS NA ESTIMULAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO

Toda criança merece e deve se divertir. Existem atividades lúdicas e outras brincadeiras para autistas, cujo poder que elas exercem sobre os pequenos é bastante importante para a socialização e pelo estímulo. O grande barato disso tudo é o fato de os materiais para essas tarefas não exigirem alto custo, o que significa acessibilidade.

Seja na escola ou em casa, seus filhos podem ter momentos diários de distração por meio de brinquedos e objetos que promovam essas situações. Além disso, o próprio ato de brincar permite que a criança também exerça alguma habilidade, cujas intervenções trabalham com mais riqueza de detalhes.

Há que se ressaltar que o auxílio de especialistas, de uma equipe interdisciplinar, é imprescindível para a diminuição de muitos efeitos que o Autismo traz para a vida do pequeno. No entanto, as atividades que envolvem brincadeiras servem como um complemento e tanto para todos eles.

Posso chamar outras crianças?

Pode e deve, pois a socialização de seu filho é uma prática que precisa ser sempre otimizada. É verdade que existem casos distintos. Todo mundo tem uma diferença; com autistas também é assim.

Existe a possibilidade de o pequeno não se sentir muito à vontade com outras pessoas que gritam muito ou com sensação de aperto (toque excessivo, abraços, etc.). Nessas situações, o melhor a se fazer é tentar identificar alguma tarefa que não exija tanta agitação.

Vale lembrar, porém, que isso não se aplica a todas as crianças. Há aquelas que conseguem participar de brincadeiras que pedem mais ânimo e sem nenhum problema. O importante é incluir o pequeno naquilo que mais combine com seu perfil.

O que fazer para entreter na escola?

Brincadeiras para autistas também são usadas no ambiente escolar. Nesse espaço, por exemplo, há grandes chances de o pequeno trabalhar sua socialização. Os educadores têm um papel de extrema importância na condução das atividades a fim de proporcionar à criança uma interatividade proveitosa.

Dentro da sala de aula pode haver tarefas mais interessantes, tanto para a diversão do aluno como seu desenvolvimento pedagógico:

– Argilas e massinhas;

– Conteúdos folclóricos que estimulem a criatividade;

– Pintura;

– Quebra-cabeça;

– Desenhar e colorir;

– Outros.

Atenção para algumas informações

É muito importante que pais e educadores fiquem atentos quanto ao uso de alguns objetos que podem oferecer riscos nas brincadeiras para autistas. Isso porque muitas crianças com Autismo não têm aquela sensibilidade de sentir um corte ou alguma lesão, por exemplo. A questão sensorial delas é peculiar e requer cuidados.

Dicas de brinquedos/brincadeiras

– Jogos de memorização;

– Dedoches ou fantoches (a empolgação das demais pessoas é crucial no estímulo do pequeno. Sendo assim, não economize nas caras e bocas; vozes diferentes);

– Brincar de faz-de-conta: comidinhas, bolos e pães;

– Danças;

– Cirandas;

– Jogos eletrônicos;

– Outros.

Conselho com especialistas

Em caso de dúvida, procure profissionais que podem auxiliar na orientação da melhor alternativa ao pequeno. É sempre válido contar com quem entende do assunto para ajudar nossas crianças.

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