JORNAL do FACEBOOK

JORNAL do FACEBOOK
para entrar clica na foto

sábado, 17 de novembro de 2018

Mãe com Síndrome de Down

Antes de respondermos a essa questão, é necessário entender quais os fatores que determinam tal possibilidade. Saber sobre a sexualidade, a fertilidade de pessoas nessa condição.

Para isso vamos nos atentar aos estudos realizados através dos tempos e de um caso concreto de uma mãe com síndrome de Down que foi capaz de dar à luz ao seu bebê de forma saudável.

Como é o Desenvolvimento e Comportamento Sexual?

Todos os indivíduos, independentemente da deficiência, são seres sexuais. Indivíduos com síndrome de Down e outras deficiências mentais que se envolvem em comportamentos sexuais, no entanto, podem enfrentar preconceitos sociais, bem como a ansiedade significativa dos pais.

O desenvolvimento de uma identidade sexual segura é uma tarefa difícil mesmo para quem não possui uma deficiência física ou mental. O surgimento de comportamentos sexuais no indivíduo com síndrome de Down alarma alguns pais e cuidadores que, com razão, temem que o déficit cognitivo de seus filhos o torne especialmente vulnerável:

Gravidez indesejada,Exploração e abuso sexualDoenças sexualmente transmissíveis.

A masturbação, uma auto estimulação rítmica da área genital, é uma parte saudável e normal da autodescoberta. A incidência de masturbação em indivíduos com síndrome de Down foi relatada como 40% nos homens e 52% nas mulheres.

A fertilidade significativamente prejudicada de ambos os sexos é evidente na população da síndrome de Down. Embora os homens tenham sido presumidos como estéril, há relato de um caso onde, um bebê masculino “normal” que foi gerado por um homem com síndrome de Down.

Já as mulheres que sofreram distúrbios possuem uma fertilidade significativa: uma série de revisões documentam as mulheres com síndrome de down que conduziram uma gravidez a termo, dando à luz a bebês com e sem síndrome de Down.

Gravidez e Síndrome de Down

Assim como em qualquer mulher, a gravidez só é considerada de risco se a gestante apresentar algum problema de saúde que justifique cuidados extras, como cardiopatia, pressão alta, diabetes ou obesidade. No entanto, a incidência dessas patologias é maior nas pacientes com síndrome de Down.

Além disso, é importante se atentar aos cuidados do pré-natal. Pois, pela falta de informação da gestante e da família, pode ocorrer que uma mãe com síndrome de Down só se consulte com um médico quando a gestação já estiver avançada.

Os cuidados durante a gravidez são os mesmos que todas as outras mulheres devem tomar, considerando em cada caso a ocorrência ou não das questões citadas acima.

O tipo de parto é definido de acordo com o estado geral da mulher e do bebê. Caso a mãe com síndrome de down tenha um problema de saúde para a qual não seja indicado o parto normal ou o bebê apresente alguma malformação, a cesárea será o método escolhido.

A vontade da paciente também é levada em consideração: se ela e sua família se sentirem mais seguras com a cesárea, o médico provavelmente realizará esta opção.

O bebê concebido em mãe com síndrome de Down apresenta maior risco de parto prematuro e baixo peso ao nascer. Para uma mãe com síndrome de Down desenvolver uma gravidez de alto risco depende em grande parte do nível cognitivo e do seu estado médico.

Obviamente, a presença das doenças citadas acima, bem como transtorno de convulsões, complica uma gravidez. A alta incidência de doença cardíaca congênita em qualquer bebê com síndrome de Down contribui para o risco na gravidez, incluindo aborto e morte neonatal. Bebê sem síndrome de Down possui um número maior deanomalias congênitas.

Gravidez Rara

Ainda são poucas as mulheres que se tornaram mãe com síndrome de down. Segundo a literatura médica, em todo o mundo, existem cerca de 50 casos documentados de mãe com síndrome de Down.

“Homens com Down tendem a ser estéril e a probabilidade de as mulheres ficarem grávidas são de 50%. As chances dessas pessoas terem uma criança com a mesma condição é entre 25% e 50%, dependendo das características de cada indivíduo “, explica Lenir Santos, presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down.

Caso Brasileiro de Mãe Com Síndrome De Down

Maria Gabriela Andrade tem síndrome de Down e seu parceiro, Fabio Marchetti de Moraes, têm uma deficiência intelectual. Ambos se encontraram quando crianças na escola da Associação de Pais e Amigos de Crianças Excepcionais (APAE).

Começaram a se gostar desde o início, mas Fabio mudou de escola por alguns anos e, quando voltou, seu amor de infância estava namorando com outro garoto, Erik, também com síndrome de Down.
Fabio não desistiu e lutou até que recuperou Gabriela: para reconquistá-la lhe dava caixas com seus doces favoritos. Desde então, eles não se separaram mais.

Os pais de ambos colocaram uma cama extra em suas casas para que eles ficassem juntos. Ambos, seus pais e os médicos acreditavam que Gabriela nunca poderia engravidar, mas estavam errados.

Há nove anos, Gabriela começou a ganhar peso. Sua mãe dizia que era porque ela comia muito, mas quando sentiram que “a barriga se mexia“, elas marcaram uma consulta com o ginecologista, que lhes disse que Gabriela estava de seis meses de gestação.

“Foi incrível, nós não podíamos acreditar. Minha filha encarou todo o processo com muita calma e ficou muito feliz. Dois meses depois, eu já estava com minha neta em meus braços “, lembra a avó Laurinda.

Valentina nasceu um mês antes do esperado, sem herdar a deficiência de sua mãe ou de seu pai. Mas, a alegria da nova família durou pouco, quando o juiz negou a paternidade da menina para Fabio porque considerava que ele não tinha o raciocínio necessário para poder exercer os cuidados de pai.

Mas, após várias semanas de lutas legais e na mídia, a Justiça mudou sua opinião.“Agora somos pais. Estamos muito felizes e preparados para cuidar da nossa pequena “, disse Fabio quando foram registrar sua filha no tribunal civil de São Paulo.

Um ano depois, em março de 2009, Gabriela e Fabio se casaram. Após o casamento, Gabriela fez uma laqueadura de trompas para evitar ter mais filhos.


Nenhum comentário: