JORNAL do FACEBOOK

JORNAL do FACEBOOK
para entrar clica na foto

sábado, 25 de março de 2017

Escola tem que garantir Educação para todos

Resumo: A constituição Federal garante aos portadores de necessidades especiais o direito à educação de qualidade no ensino regular em instituições públicas de ensino. Entretanto, não há como incluir crianças com necessidades educativas especiais no ensino regular sem apoio especializado que ofereça aos professores orientação e assistência. O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre a preparação dos professores para receber em sala de aula os alunos com necessidades educativas especiais. A pesquisa foi realizada em duas escolas públicas, sendo uma de ensino fundamental e outra de ensino médio, ambas da rede estadual de ensino da cidade de Cruzeiro do Sul – Acre. A coleta de dados foi feita através de questionários aplicados aos professores que se encaixavam no perfil de amostra da pesquisa. Participaram desta pesquisa 20 professores, sendo 10 que lecionavam no ensino médio e 10 lecionavam no ensino fundamental. Os resultados mostram que alguns professores ainda estão despreparados para lidar com a educação inclusiva.
Palavras-chave: Educação, Inclusão, Professores.

SOCIAL INCLUSION: TEACHERS PREPARED OR NOT?

Abstract: The Federal Constitution ensures to the people with special educational needs the right to quality’s education in the regular education in the public schools. However, there is not how include children with special education needs in the regular education without specialized support that can offer to the teachers orientation and assistance. The present work aims to reflect on the preparation of teachers to receive in the classroom students with special educational needs. The research was realized in two public schools, one elementary school and one high school, both are state schools the city of   Cruzeiro do Sul – Acre. The survey of data was done trough of questionnaires to the teachers who fitted in the profile survey sample. The total number of teachers that participated this work was twenty, ten elementary school’s teachers and ten high school’s teachers. The results show that some teachers are unprepared to deal with inclusive education.
Keywords: Education, Inclusion, Teachers.

INTRODUÇÃO

A constituição Federal garante aos portadores de necessidades especiais o direito à educação de qualidade no ensino regular em instituições públicas de ensino. Contudo, sabe-se que os direitos constitucionais dessas pessoas não estão sendo respeitados, pois, a capacitação de professores para receber os alunos com necessidades educativas especiais é precária.

De acordo com Bueno (1999), “dentro das atuais condições da educação brasileira, não há como incluir crianças com necessidades educativas especiais no ensino regular sem apoio especializado, que ofereça aos professores dessas classes, orientação e assistência”. Assim a educação inclusiva é aquela que oferece um ensino adequado às diferenças e às necessidades de cada aluno e não deve ser vista lateralmente ou isolada mas, como parte do sistema regular. Para tanto, o quesito indispensável para a efetivação deste conceito é a formação adequada e contínua do professor (SANT’ANA, 2005; GLAT & FERNANDES, 2005).

A formação de professores é um aspecto que merece ênfase quando se aborda a inclusão. Muitos dos futuros professores sentem-se inseguros e ansiosos diante da possibilidade de receber uma criança com necessidades especiais na sala de aula. Há uma queixa geral de estudantes de pedagogia, de licenciatura e dos professores: “Não fui preparado para lidar com crianças com deficiência” (LIMA, 2002, p.40).

Acredita-se que a formação docente e a busca da qualidade do ensino para crianças com necessidades educativas especiais envolvem, pelo menos, dois tipos de formação profissional: a primeira é a dos professores do ensino regular que conte com o conhecimento mínimo exigido, uma vez que há a possibilidade de lidarem com alunos com “necessidades educativas especiais”; a segunda é a de professores especialistas nas variadas “necessidades educativas especiais” que possam atender diretamente os discentes com tais necessidades e/ou para auxiliar o professor do ensino regular em sala de aula (BUENO, 1993).

Apesar dos avanços dos ideários e de projetos político-pedagógicos, muitas instituições de ensino ainda não implementaram ações que favoreçam a formação de seus professores para trabalharem com a inclusão. Para tanto, é importante que eles compreendam o contexto sócio-histórico da exclusão e o da proposta de inclusão. Além disto, que possuam o domínio básico de conhecimentos que os auxiliem a se aproximarem das pessoas com deficiência, no sentido de integrarem com elas, obtendo assim subsídios para atuarem pedagogicamente (LIMA, 2002, p.122).

A legislação brasileira prevê que todos os cursos de formação de professores, do magistério à licenciatura, devem capacitá-los para receber, em suas salas de aula, alunos com e sem necessidades educacionais especiais, dentre os quais os alunos com deficiências. Mas será que, no cenário atual, os professores estão realmente preparados para garantir, na prática, o direito dessas pessoas? Portanto, o presente trabalho tem por objetivo refletir sobre este questionamento.

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi realizada em duas escolas públicas, sendo uma de ensino fundamental e outra de ensino médio, ambas da rede estadual de Cruzeiro do Sul – Acre. As duas instituições escolhidas para a realização desta pesquisa seguiram alguns critérios, a saber, localização na zona urbana da cidade, ter espaço físico adequado para os alunos portadores de necessidades educativas especiais e ter, no registro de matrícula da escola, alunos com necessidades educacionais especiais.

Dos profissionais que lecionavam nas duas escolas foi retirada uma pequena amostra para a realização da pesquisa, no que se encaixam os professores que tiveram sua formação na Universidade Federal do Acre – UFAC.

A coleta de dados foi feita através de questionários aplicados aos professores que se encaixavam no perfil de amostra da pesquisa. Foram no total de 20 professores, 10 lecionavam no ensino médio e 10 lecionavam no ensino fundamental.

O questionário utilizado nesta pesquisa continha seis perguntas objetivas e uma pergunta dissertativa, tendo como pontos principais saber se os professores têm noções básicas da Língua Brasileira de Sinais e noções básicas sobre o Braile; constatar se o governo já disponibilizou cursos práticos com finalidade de aperfeiçoamento da educação inclusiva para professores; identificar se os professores estão orientando, de alguma maneira, os demais alunos para a convivência com os alunos com necessidades especiais; saber o que os professores entendem por inclusão educacional e constatar se durante a sua formação houve acesso aos conhecimentos para lidar, em sala de aula, com alunos portadores de necessidades especiais.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com os resultados obtidos, 70% do total de professores entrevistados (6 do ensino fundamental e 8 do ensino médio) não tiveram na sua formação acesso ao ensino para lidar em sala de aula com alunos portadores de necessidades especiais, apontando para uma falha curricular nos anos anteriores, ou seja, houve uma formação deficiente. Ressalta-se a declaração que Bueno (1993) fez ao afirmar que um professor de ensino regular deve ter na formação o mínimo de conhecimentos para atuar com estes alunos. Acredita-se, então, que como consequência dessa deficiência curricular está o desconhecimento da LIBRAS por parte de 45% dos entrevistados (4 do ensino fundamental e 4 do ensino médio) e do BRAILE por parte de 90% destes.

Apesar disso, 90% dos docentes (todos do ensino fundamental e 8 do ensino médio) participaram de cursos oferecidos pelo governo e isso torna o quadro menos preocupante já que com essas capacitações os educadores são melhor preparados para os desafios quando na Educação Especial. Ainda assim, Alves (2009) relata que para uma educação inclusiva mais efetiva

Nenhum comentário: